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Ele não sabe como se sentir sobre o Jordan mesmo antes dele começar a namorar seu pai. Claro que tem diversos adjetivos para descrevê-lo: irresponsável, impulsivo, sem modo na maior parte do tempo. Porém, é diferente agora, ele gosta do homem mais velho de uma maneira que não consegue descrever.

Não é da maneira que gosta de Jon ou Dick. É mais similar do eu gosto de Bruce e isso faz as engrenagens em sua cabeça pararem de funcionar, entrando em um lugar emocional que prefere não ir agora. Então, Damian ignora isso e expressa seus sentimentos em uma grande pintura verde.

Localizados em uma parede numa sala abandonada, que Alfred permitiu que usasse de estúdio, incontáveis tons de verde se misturavam em uma pintura de natureza. Como se o céu verde começasse a tomar conta da escura floresta. Desde que a cor foi dissipada na mansão, ficou mais suportável também.

— Damian você não pode escapar a gala. — A voz de Dick anunciou sua entrada no cômodo. — Wow, então esse é o projeto que Alfie disse que você estava trabalhando. Parece incrível, passarinho. — Elogiou bagunçando seu cabelo.

Damian bufou, removendo a mão e abaixando os pincéis.

O silêncio se instalou por um tempo, ouvindo o eco dos outros membros da família lutando e se preparando de fundo. Ambos encarando a pintura.

— Queria ter terminado antes de Hal voltar.

— É grande demais pra isso, não?

— Sim. Meu prazo era o Dia dos Pais.

Damian congela, não tendo notado as palavras que saíram de sua boca antes de as verbalizar. Grayson esbugalhou os olhos, limpando sua garganta e olhando para ele. Muito quieto para o homem que é normalmente.

E só saíram desse momento quando Alfred bateu na porta e avisou que Bruce estava os chamando, pedindo que Damian corresse para colocar seu terno. Realizaram o que lhes foi dito.

Dick sabe como esconder os sentimentos melhor que ele, então tentou evitar toda a família durante a noite em favor de lidar com os pensamentos sobre a situação de mais cedo.

[...]

Obviamente Hal Jordan seria a pessoa intrusiva que o encontraria na varanda do jardim após a gala.

Tinha esperanças de que todos estivessem tão cansados de pessoas ricas ao ponto de o derem um tempo.

— Escute, Bruce em miniatura: eu sei que não é algo dos Waynes de compartilhar seus sentimentos, todavia, eu não ligaria caso você quisesse, certo? — Escuta os passos do homem parando ao lado dele. — Tipo, pode me contatar a qualquer momento que quiser. Menos quando estou em missão, porque eu responderia alguma merda. — Ele brinca bagunçando seus cabelos.

Era uma coisa que Jordan gostava de fazer e Damian não desgostava. O fazia se sentir daquele jeito estranho de novo.

— Não importa, pai. Me deixa em paz.

De novo aquele silêncio constrangedor. Damian sentiu seu corpo começar a tremer. Ansiedade? Não, ele não se sente desse jeito. Não foi criado para ter esses sentimentos desnecessários.

Assim como não sente conforto quando os braços de Hal o puxam para um abraço, muito menos ao piloto disse se acalme. Sua cabeça mandava um sinal para se debater e escapar do aperto; seu coração o fez deitar a cabeça no peito do homem e devolver o contato.

— É-é muito para processar. — O tom de Jordan estranhamente sem a confiança usual. — No entanto... Não ligo de você me chamar desse jeito... Se é algo que quer, claro. — Adiciona movendo sua mão para cima e para baixo nas costas do mais novo.

Damian pensa em várias coisas para dizer de volta, apenas para fazer o Lanterna Verde voltar ao normal. Entretanto, uma se destaca.

— Fiz uma pintura pra você. Não está terminada ainda, mas..., mas, queria que soubesse disso.

Mesmo sendo quase um sussurro inaudível, sentiu Hal dando uma risadinha e pode imaginar o sorriso no rosto do outro.

— Eu adoraria a ver um dia, Damian.

JordanOnde histórias criam vida. Descubra agora