16 - Canibal em causa própria

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Vigias o que vê
E não se cala!
Os olhos, amigo,
São a janela da alma.

Alma esta ardil,
Tendenciosa como é,
Crua e vil.

Há de se dosar o que se vê,
Para que nenhum inoportuno exemplo
Caiba a mim refazer,

Entre ser marionete e macaco de imitação,
Prefiro furar meus olhos
Num surto etéreo de indignação.

Tal qual um canibal culto,
Que faz da própria extirpação
Um modo tolo de iluminação.

um lugar para chorar e não ser ouvidoOnde histórias criam vida. Descubra agora