Estrada Fantasma

A caligrafia no livro (11)

JPOV

"Então é assim que as coisas são." Arrastei meus sapatos contra as pedras na frente do galpão, enfiando as mãos nos bolsos de trás enquanto esperava sua reação. Eu tinha adiado contar a Quil sobre meu relacionamento com Edward, mas não podia manter esse segredo. Em breve, estaríamos juntos e ele saberia tudo sobre isso. Seria melhor se ele ouvisse isso de mim.

Minhas patrulhas até agora estavam com Leah e Seth, que estavam por dentro do segredo. Ao endireitar os ombros, preparei-me para enfrentar sua possível desaprovação. Quil era um dos meus melhores amigos, mas não tínhamos discutido nada assim.

"Você e Cullen, hein?" Ele encolheu os ombros largos, a testa confusa em concentração. "Você teve um imprint ou algo assim?"

"Não." Respirei fundo e caminhei em direção à porta, virando a cabeça para olhar o espaço vazio onde meu carro costumava estar. O lugar parecia abandonado sem meu carro e as ferramentas pareciam abandonadas. Parecia que uma parte do meu passado se foi para sempre. Meu coração batia dolorosamente quando eu pensava sobre os momentos divertidos que eu tive lá com Bella, quando tudo parecia tão simples quanto ganhar o amor dela.

Olhando para Quil, eu me perguntei se meus amigos estariam comigo nesta parte da minha jornada enquanto meu lobo uivava por dentro. Ele não queria ficar sozinho.

Quil deve ter visto algo em minha expressão. Ele caminhou em minha direção e desajeitadamente deu um tapinha no meu ombro. "Está tudo bem, Jacob. Acho que eu deveria ter previsto isso, com o jeito que você e o sanguessuga se encaravam o tempo todo."

Eu abracei seu corpo corpulento. "Obrigado, cara."

Ele deu um passo para trás e enfiou as mãos nos bolsos. "Sem problemas. O vovô diz que o amor assume muitas formas ou algo assim."

Soltando um profundo suspiro de alívio, sorri para ele e levantei minhas sobrancelhas em questão. "Você acha que os outros aceitarão isso tão facilmente?"

Quil deu passos largos em direção à casa. "Não pense que o bando vai incomodá-lo. Estávamos preocupados com suas reações à morte dela, sabia?"

Eu balancei a cabeça e olhei para baixo; o som estaladiço do cascalho sob os pés me irritava. Eles realmente achavam que eu era tão frágil?

"Não me afetou como Edward, você deveria tê-lo visto." Peguei o telefone e fiz uma careta para ele; não havia mensagens de Cullen.

Quil parou na frente da porta, sua testa franzida em preocupação. "Só não deixe Cullen brincar com você do jeito que Bella fez."

Tentando amenizar a situação, brinquei: "Pensei que você tinha uma queda enorme por ela."

"Não me cegou para o jeito que ela manteve você pendurado."

"Edward não fará isso." Eu balancei minha cabeça e sorri com carinho. "Você deveria ver quando ele está..."

"Chega, Jake." Quil sorriu travessamente para aliviar suas palavras. "Ou eu vou te contar sobre meus sonhos molhados."

"Nada que eu não tenha visto quando nos transformamos."

Ele deu de ombros e olhou para o céu nublado. "O tempo deve estar bom esta noite, espero. Temos peixes maiores para fritar." Ele olhou para a floresta. - Os malditos caçadores estão de volta. Quase atiraram em Mara.

"Eles fizeram? Quando?" Meu coração batia em um ritmo acelerado; embora eu quase não falasse com a garota, ela era uma boa pessoa.

"Você estava patrulhando ao longo do rio, eu acho." Quil apontou para a floresta. "Seguimos a trilha. Levaram-nos para o sul, para..."