Nove

126 14 2
                                    

A mestiça ficou pasma. Estava novamente no ambiente hospitalar e aquele cheiro de assepsia e o barulho de máquinas assustou grandemente
-Oh Céus! Mamãe,Papai? Cadê vocês? Eu não quero morrer! Socorro!
-Moça,ei se acalma!
-Mas eu não quero ficar aqui! Eu quero voltar para minha casa! Eu ...eu quero meu gato de volta!
-Olha moça,você desmaiou de fome! Por acaso se nega a comer por algum problema pessoal?
A mestiça olhou para o chão completamente sem graça
-O meu gato sumiu. Por minha causa.
A enfermeira olhou com pena e tentou animar ela
-Acontece que os gatos normalmente são independentes. Todavia eles retornam aos seus donos,cedo ou tarde.
-Mas e porque ele ainda não voltou?
-Olha, respira fundo e tente seguir descansando.

-Sobrinha?
-Tia. Ah tia ...estou tô apavorada! Será que ele vão me furar de novo e fazer a tal biópsia ou..
-Marinette,se acalma! Tenho novidades para você!
-C-Como assim?
-Cat Noir!
O gatinho,logo que avistou a mestiça com semblante abatido e completamente pálida,pulou no colo dela
-Princesa,me perdoa?
-Oh meu naninho! Oh céus! Sem você,eu....eu me recusei comer e beber.
-Nathalie Sanceour?
-Sim doutora.
-Podemos conversar.

-Fiquem aí os dois e não aprontem. - disse Nathalie Sanceour com ar séria porém tranquila
-Gatinho,nunca mais iremos nos separar,ok? Seja a barreira que for,você e eu seremos unidos!
-Eu que juro jamais te deixar ainda que me doa princesa.

-Sobrinha, parece que você precisa retorna ao colégio!
-Mas porque?
-Porque você vai participar de um ensaio de teatro com outros alunos.
-Mas eu não sei se
-Fique calma. A doutora me chamou para dizer que você já está liberada.

-Vamos Cat Noir?
-Agora.

De volta ao François Dupont,a mestiça brincava com seu gatinho durante a ausência do professor de teatro

-Olha Cat Noir,eu estou tentando desfilar com esses saltos da tua Nath. O que acha?
Os olhos dele brilham
-Incrivel! Você está maravilhosa!
-Ah, obrigada pelo elogio, gatinho.
E a mestiça ficou imaginando uma passarela com inúmeros espectadores
-E com vocês, Dupain Cheng.
Ela,com certa tranquilidade, conseguiu desfilar com saltos médios da tia. Caminhou alguns passos,deu um leve rodopio, balançou os cabelos curtos e sorria
-Aplausos! Aplausos para ela...- miou Cat Noir,trazendo uma rosa branca na boca para entregar a ela
-Obrigada gatinho.
.

Alguém surgiu aplaudindo de longe , detrás do palco
-Ai Meu Deus? Quem será gatinho?
-Não sei princesa. Mas estou aqui.
-Bravo! Magnífico. Esplêndida. Como uma boa modelo deveria ser.
A mestiça não reconheceu o homem pois ele usava além do terno cinza claro, óculos escuros da Prada, boina.
-O senhor séria quem mesmo? - pergunta a franco chinesa com timidez misturada ao medo
Ele naturalmente retirou seu disfarce e sorri
-Para alguns sou um cretino,para outros um ídolo. Mas para a Mademosseille,me chame apenas de Sr Agreste.
A mestiça ficou perplexa e gaguejando disse
-M-Monsieur A-Agreste? Oh mil desculpas por não reconhecer ...eu juro que...
-Não precisa ficar apavorada,ao menos que isto signifique admiração!
-O quê faz aqui? Pensei que a Rossi fosse a sua favorita!

Ele caminhou tranquilamente até ela e olhou, encarando:
-Mas eu queria que você trabalhasse aqui na Agreste Corporation imediatamente! Aceita ou tem alguma oportunidade que tenho certeza que não é melhor que essa ...- indagou o estilista parisiense bastante convicto de sua opinião

A triste e o gatinho Onde histórias criam vida. Descubra agora