Capítulo 3: Uma noite em Havana

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Rodrigo finalmente acordou, pôs os óculos e notou a ausência do parceiro no aposento, foi ao banheiro para urinar e desceu até o primeiro andar a procura do sulista. Victor estava planejando sobre o que poderia preparar para o almoço, não queria comer comida congelada novamente, sentia um pequeno remorso pelos hábitos não saudáveis, pensava, mas foi atrapalhado por uma sensação estranha, algo misterioso segurou uma de suas nádegas momentaneamente e deu um pequeno aperto.

- Fon-Fon. -Disse Rodrigo

- Vai se ferrar.

- Desculpa, não consegui me segurar. -Abraçou o outro- Está fazendo o café da manhã?

- Café da manhã? Já é almoço, burro. Você dormiu a manhã inteiro, parecia um cadáver.

- a. -Reagiu- Precisa de uma ajudinha?

- Eu nem sei o que fazer. Não quero ficar só comendo porcaria.

- Você não tinha comprado macarrão? Vamos fazer.

- Eu comprei, mas de der tudo errado?

- Se tudo der errado, deu errado e fim.

- Super motivacional. Já pensou em escrever um livro?

- Queria que eu falasse o que?

- Você tem razão. Vamos logo com isso.

- Tu comprou o molho?

- Bem, não.

- Por que tu comprou o macarrão se não comprou o molho do macarrão?

- Eu não sei. Estou indo comprar agora.

- Nada além do que a sua obrigação.

- Vai se ferrar.

Gemaplys foi comprar o molho e Saiko, ardilosamente, procurou uma receita de macarrão na Internet para não fazer tudo errado e evitar passar vergonha na frente do companheiro. Em apenas alguns minutos, Victor voltou com o molho.

- Aqui está o molho.

- Ótimo.

Rodrigo encheu uma panela com água e pôs em cima de uma das bocas do forno para aquecer o líquido, quando a água começou a ferver, quebrou um pacote de macarrão na metade e deixou submerso dentro do recipiente, deixando cozinhar até ficar al dente, posteriormente escorreu a água e reservou a massa. Refogou uma cebola em uma panela, despejou o molho e, por fim, colocou o macarrão, misturando tudo.

- Macarrão pronto. -Disse Saiko.

- Nossa primeira receitas juntos. -Victor deu um breve beijo na testa do namorado.

- Que viadagem!

- E esse vai ser o acompanhamento do macarrão?

- Que acompanhamento?

- Esse linguição aqui, 'ó -Victor aperta o pênis alheio.

- Mano, 'cê pegou no meu pau?

- Eu? Eu não, é tudo ilusão de óptica.

- 'Cê pegou no meu pau! Que gay! Credo!

- A gente já fez coisa pior.

- Cala a boca. Vamos terminar a comida.

- Tudo bem, tudo bem. Vamos

Eles colocaram pedaços de carne que Victor comprou para fritar em uma frigideira, servindo junto com o macarrão. Quando tudo estava pronto, foram comer.

- Bem, está melhor do que eu imaginava.
- Disse Victor.

- Claro, foi eu que fiz.

- É digerível, deve ser melhor do que comida de prisão.

Em rumo às bolasOnde histórias criam vida. Descubra agora