Capítulo 2 - Como tudo aconteceu

12 2 0
                                    

(Narração)

16 anos se passaram desde a visita de Lord Voldemort à mansão Malfoy, a partir daquele dia tudo havia mudado, a família que era feliz, agora estava despedaçada, a casa que estava repleta de alegria agora, somente a escuridão e o medo estavam cada vez mais frequentes, pois o aniversário de Draco estava chegando, por medo e por tudo que havia acontecido naquela tarde.

Assim como Draco, mais uma criança havia sido amaldiçoada naquele mesmo ano, este era Harry James Potter, o eleito para acabar com o reinado de poder de Lord Voldemort, o que preocupava seus comensais, por isso Lucius e os demais servidores fizeram de tudo para que Draco não conhecesse o garoto e não mantivesse uma relação saudável com Potter, o que mais tarde talvez mudasse.

(Harry Potter)

Estava sentado na mesa da Grifinória quando professor Dumbledore se pôs em frente à tribuna do salão, onde meticulosamente nos anunciou um novo estudante, que pelo entendido havia sido transferido por problemas em sua antiga escola, suspiro, mais um problema  vindo para cá.

Olho em direção à porta, onde um garoto alto, magro, de cabelos loiros como gelo e olhos tão azuis quanto o céu adentrava, o loiro se dirigia para a seleção, onde o chapéu achou interessante colocá-lo na casa Sonserina, o que particularmente eu ja sabia, afinal todo bruxo mau é sonserino não é mesmo?

Intrigado sobre o que poderia ter acontecido, resolvo perguntar pessoalmente para Dumbledore, que me explica o que houve para o tal garoto que eu ainda não sabia o nome ter sido transferido com tamanha urgência no meio do ano letivo.

Dumbledore então me explica que o garoto acabara por explodir uma sala de aula em meio a uma crise nervosa, suspiro surpreso, então tinha algo que ele deve esconder de todos, algo por baixo daquele rostinho bonito e cabelos bem arrumados, algo que poderia mudar totalmente o rumo da história..

Agradeço ao professor e logo somos liberados para os dormitórios, quando vou sair do local, me esbarro com o tal garoto, que me olha com um olhar superior, então o mesmo estende sua mão para mim e se apresenta

— Prazer, Malfoy... Draco Malfoy, você deve ser Harry Potter, o famoso salvador do mundo bruxo... Ja ouvi muito sobre você...

Olho sua mão e não a aperto, o fazendo me olhar surpreso e logo fechar sua expressão, guardando suas mãos em seus bolsos e me olhando com uma certa raiva ou ódio, que fiz questão de retribuir.

— Malfoy não é? Deve ser filho de Lucius, um comensal que só faz merda e ainda se mete em encrencas. Ele deve ter falado de mim é claro, mas saiba que eu não sou nada do que ele deve ter dito sobre mim!

Falei tentando intimidá-lo para que ele saísse da minha frente, mas a única coisa que aconteceu foi ele ter me olhado de cima a baixo com um sorriso de escárnio e deboche, me fazendo ferver por dentro, quem ele pensa que é?

— Escute, saia da minha frente e não cruze meu caminho Malfoy, eu não quero que minha vida fique pior me envolvendo com o tipo de gente que você é, destruidor de salas de aula!

Comento em alto e bom tom para que os demais escutassem, então vejo Malfoy sair da minha frente com a cabeça um pouco baixa, vejo ele desaparecer pelo corredor enquanto eu me mantinha parado observando sua sombra sumir, confesso que foi interessante achar alguém que bate de frente comigo, isso é excitante!

(Draco Malfoy)

Fui transferido... Novamente, desde meu aniversário de 16 anos tenho passado por momentos meio... Fora de controle, onde eu perco totalmente qualquer controle que tenha sobre minha mente, como se outra pessoa se apossasse de meu corpo. Me lembro da primeira vez que isso aconteceu, eu estava em meu quarto, por um momento um calor absurdo tomou meu corpo, depois uma dor insuportável na região do estômago, que me fez gritar de dor, naquele momento tudo ficou vermelho, eu não conseguia enxergar muito bem, apenas me olhei no espelho e consegui enxergar presas afiadas, veias negras e olhos vermelhos tomando conta de mim, e isso doía, doía de uma tal maneira que eu parecia que não iria suportar e que morreria a qualquer momento.

E então eu apaguei

Quando acordei, ja estava de volta ao normal, deitado em minha cama, minha cabeça doía e latejava, olho para o chão e o que eu vejo? Marcas de sangue negro, eu sabia de uma coisa graças aos meus estudos, isso só poderia significar uma coisa.

Maldição...

Foi ai que eu descobri que sou um amaldiçoado, foi ali, naquele momento que eu finalmente entendi o desgosto de meu pai, foi ali que eu finalmente entendi o porque dele ter me  tirado da sua vida,  eu sou uma aberração... Eu sempre fui... Por isso ele nunca aceitou um abraço meu, por isso eu nunca podia chamar ele de papai, mesmo quando pequeno...

Chegava no salão principal da nova escola, chamada Hogwarts, logo todos os olhares caíam em mim o que talvez fosse bom... Mas provavelmente era muito ruim, aquilo seria um julgamento? Eu mal entro e ja sou julgado? Talvez essa escola seja a pior de todas...

Após toda a refeição do local, me dirigi até a porta, onde acabo esbarrando em um garoto de olhos verdes esmeralda e cabelos negros como a noite sem estrelas, o observo por alguns segundos quando suas orbes verdes encontram as minhas, logo me recomponho , arrumando minha postura e o reconheço... A cicatriz...

Me apresento para ele e vejo que sou rejeitado, ele diz coisas sobre meu pai e eu sorrio em deboche, por mais que tenha doído ouvir aquilo, logo ele diz que ele não é nada do que eu ja ouvi e eu continuo o olhando, até que chega no momento em que ele me atinge com as palavras de um modo como ninguém nunca atingiu, ele fala sobre o acidente da outra escola, aquilo me matou por dentro novamente, senti insuficiência no ar que respirava e abaixei a cabeça fitando o chão, logo saio do local me permitindo soltar algumas lágrimas ao meio do caminho.

Assim que chego em meu quarto que ja estava arrumado caso eu tivesse uma crise nervosa ele não explodisse. E então me sentei na cama, olhando para minhas mãos vendo ambas começarem a escurecer, fecho as mãos e grito, um grito dolorido e que me faz libertar aquela coisa...

Meus olhos ficam vermelhos e as presas aparecem, as unhas crescem e eu começo a me arranhar, só parando quando o sangue negro começa a escorrer, e então eu choro, um choro sentido e que doía para sair.

Chorei até voltar à minha forma humana, logo que isso acontece, me levanto me arrastando até o banheiro e limpo meus braços, fazendo os curativos, assim que termino, me jogo na cama e adormeço, um sono profundo que provavelmente só despertaria no dia seguinte...

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: May 01, 2023 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

𒆜Are we really enemies? 𒆜 ~ DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora