01 | Adultos responsáveis

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LORENA DA SILVA - 24 ANOS

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LORENA DA SILVA - 24 ANOS

O cheiro de suor impregna minha alma enquanto eu tento me manter lúcida, acordada o suficiente para convencer meu melhor amigo que nós somos adultos responsáveis que temos que acordar cedo amanhã para trabalhar e por esse motivo, precisamos sair desse pagode e ir pra casa. Agora.

Maurício - Relaxa, piranha! Aproveita que a vida é uma só. - ele se afasta e incorpora ao sambar num gingado de fazer inveja, indo dançar no meio de pessoas que nós nunca vimos na vida.

— Mau! - eu tento mais uma vez, passando a alça da minha bolsinha pelo pescoço com medo de perder ou de alguém roubar, nunca se sabe. — Amigo, lembra... Nós somos professores e temos que está no colégio em, hum... - olho rapidamente no meu smartwatch e arregalo os olhos ao ver que ja são duas da manhã.

Maurício - O que foi, piranha? - ele chega perto, olhando também — Eita! - ri de nervoso. — É, né... Pegar o caminho de casa.

— É, né? Menos de cinco horas para nós dois ficarmos apresentáveis para as nossas crianças. - o lembro porque se não for eu a fazer isso, não é ninguém.

Ninguém que ele ouça.

Maurício - Argh! - ele pega meu rosto com as duas mãos e reina ao espremer minhas bochechas. — Por que eu virei teu amigo mesmo?

— Porque você era um interesseiro que queria pegar meu irmão e achou que eu era uma boa maneira de chegar nele. - sorrio falsa. — Tomou otário, duas vezes, porque ele é hetero.

Infelizmente.

Maurício - Piranha má! Você é uma piranha muito má. - ele beija a ponta do meu nariz e me solta. — Mas eu amo o seu tomou otário.

Sorrio fofa diante dos seus olhinhos castanhos que me fitam com carinho.

Eu amo tanto esse macho com m minúsculo que as vezes até me arrependo de ter demorado tanto pra me tornar amiga dele na faculdade onde nós nos conhecemos.

Maurício - Me olha assim não, que eu apaixono. - sinto seu braço passar pelo meu ombro — Bebeu que tanto?

— Só umas cinco latinhas... - bocejo, com sono. — E você?

Caminhamos colados um no outro rumo ao outro lado da rua, onde eu tiro o motorola da minha bolsa e chamo um uber. Rapidinho devolvendo o aparelho pra bolsa.

Maurício - Uma... - arqueio minha sobrancelha em descrença. — Uma dúzia! - nós dois rimos. — Até parece que eu ia sair lá do chifre do boi pra vim aqui pro rabo e beber só uma latinha, né? Claro que não.

— Chifre do rabo de quem? - fico confusa, mas ele só sabe rir. Alegrinho demais sob o efeito do álcool que bebeu.

Eu mereço...

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