SUSAN GILBERT
Estava terminando uma reunião com o novo fornecedor de tecidos e rendas quando recebi uma ligação da secretária do meu pai pedindo para que eu fosse até a empresa para encontrá-lo.
O que será que ele queria depois de tanto tempo sem se comunicar comigo?
Me permiti ter o privilégio da dúvida e segui em direção à empresa depois de tentar ligar para Vinnie, que não soube dizer o motivo da ligação repentina para o meu número.
Após alguns minutos presa no trânsito infernal de Nova Iorque, adentrei o hall da empresa, onde recebi diversos olhares.
Todos ali me conheciam.
Algumas pessoas me olhavam confusas, outras arriscavam um sorriso.
Cumprimentei todos que cruzaram meu caminho até o elevador. Esperei o mesmo chegar até o térreo e quando as portas se abriram uma surpresa me aguardava:
Meu pai.
Ele vestia o de sempre: uma camisa social branca, sua inseparável gravata vermelha e uma calça social preta. O cabelo, coberto com uma fina camada de gel, parecia ter sido penteado repetidas vezes para trás, e a barba estava alinhada como sempre.
-Susan, minha filha! Quanto tempo! - meu pai se aproximou de mim e me puxou para um abraço, que retribuí.
- É... Já faz algum tempo desde a última vez em que nos vimos. - respondi.
Entramos no elevador e fomos até a cobertura do prédio, onde ficava a sala do meu pai. No caminho até lá ele fez algumas perguntas casuais, parecendo demonstrar interesse em saber o que eu havia feito nos últimos dois meses.
Quando chegamos em sua sala, sentei-me na cadeira que ficava em frente a mesa onde ele trabalhava.
- Eu sei que você provavelmente está achando tudo isso muito estranho...- meu pai disse.
- Estou mesmo. Fiquei surpresa quando sua secretária me ligou pedindo para que eu viesse até aqui. - respondi.
-Eu te devo um pedido enorme de desculpas, Susan. - o homem em minha frente abaixou a cabeça.
Apesar de estar confusa com o que estava acontecendo, permaneci em silêncio, esperando até que ele terminasse seu discurso.
- Eu fiquei muito chateado quando você recusou meu pedido para tomar conta da empresa assim que eu me aposentar. Você é a minha filha mais responsável e por isso confiei este cargo a você.
-Já conversamos sobre isso, pai...
-Sei disso, querida, e queria que soubesse que agora eu entendo o seu lado. Fui egoísta de querer que você seguisse com o legado da família sem ao menos perguntar o que você queria para sua vida, e fui um péssimo pai ao virar as costas para você quando ouvi um não como resposta. - ele fez uma pausa, algumas lágrimas escorriam pelo seu rosto. - Senti muito a sua falta nesses dois meses, Susan. Principalmente nos churrascos em família nos finais de semana, que você sempre fazia questão de aparecer. Eu peço desculpas.
Durante toda a minha infância e adolescência eu tive meu pai ao meu lado, me apoiando e me ensinando a nunca desistir dos meus sonhos, por mais inalcançáveis que eles pudessem ser.
Ele esteve comigo quando eu fiz minha primeira tatuagem e eu lembro de como ele ficou bravo. quando eu apareci em casa com um piercing.
Ele foi a primeira pessoa para quem eu contei, ainda durante a adolescência, que eu gostava de garotas. Eu ainda conseguia lembrar do seu abraço apertado, dos olhos cheios de lágrimas e sua boca dizendo:
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THE RAIN - EMISUE
RomanceNoiva há 3 anos e pressionada pela família para se casar, Emily Dickinson começa a se questionar sobre seu relacionamento, porém, o que ela menos esperava era se apaixonar pela estilista de seu vestido de casamento ADAPTAÇÃO AUTORIZADA. A história f...