A ligação

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Eu não faço ideia das horas, mas sei que Bill passou tempo suficiente no escritório para me deixar ansiosa e impaciente. Decido olhar em volta, então saio da sala de estar secundária, atravesso a cozinha e me deparo a uma sala de jantar formal com uma mesa de madeira comprida de 10 lugares, ali há um belo quadro que toma conta da parede do cômodo e uma escultura de girafa ao canto.

Continuo olhando adiante e me deparo com a sala de estar principal, fico extasiada com a beleza do lugar, uma enorme sala de recepção é totalmente cercada por painéis de vidro de parede a parede, um sofá largo em formato de L toma conta de boa parte do cômodo, a leveza do ambiente em plano aberto é equilibrada pelo calor das lareiras italianas a lenha com uma televisão acima, tudo aqui é belo e equilibrado, abro uma das portas de vidro e deparo com o deque da piscina, depois retorno a casa e continuo estudando todo o andar até não ter mais o que vasculhar, em seguida subo as escadas a procura do Bill.

O andar superior é composto por um longo corredor com portas do lado esquerdo e direito, reconheço uma delas, no centro ao lado direito, como sendo o quarto em que acordei, imagino que a última seja a suíte máster, logo sem conter minha ansiedade caminho em direção e paro em frente a mesma, sei que pode não ser uma boa ideia, principalmente se ele estiver lá, mas não consigo resistir a curiosidade então coloco minha mão na maçaneta e giro.

A porta se abre mostrando um quarto amplo e deslumbrante, o guarda-roupa toma conta da lateral do cômodo, seguido de uma bela cama queen, as paredes também são cercadas por painéis de vidro revelando a vista da floresta que vive ao ao redor da casa dando uma vista incrível ao local, percebo também que há um banheiro mas resolvo não abusar da sorte, retorno ao corredor e fecho a porta. 

Começo a ouvir uma voz abafada e percebo que está saindo da porta atrás de mim, dou meia volta e chego mais perto na tentativa de identificar o que está sendo dito

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Começo a ouvir uma voz abafada e percebo que está saindo da porta atrás de mim, dou meia volta e chego mais perto na tentativa de identificar o que está sendo dito.

''... Eu sei, mas já dei a minha palavra não vou voltar atrás... Ela não confia na policia local, sinceramente depois do que me contou nem eu.... não, ela não sabe.... Sim, acredito que ela esteja dizendo a verdade... O Stellan não precisa saber de nada, sou eu quem vou te pagar!... Isso não é da conta dele!... Eu não preciso me explicar para você... ''

Empurro a porta com cuidado e espio pela fresta.

''... För bövelen! Okej! Vou pedir para ele ficar com as meninas... Certo, que seja! Só consiga o que pedi mais breve possível, obrigado.''

Ele parece bem irritado, decido fechar a porta e sair dali o mais breve possível, mas ele é mais rápido e antes que pudesse fechá-la percebe que eu estou ali e diz

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Ele parece bem irritado, decido fechar a porta e sair dali o mais breve possível, mas ele é mais rápido e antes que pudesse fechá-la percebe que eu estou ali e diz

''Espiar pela porta além de infantil é falta de educação, sabia?''

O tom de raiva não passa despercebido e apesar do meu receio, escancaro a porta e entro no escritório, cruzando os braços o encaro, deixando uma expressão surpresa em seu rosto.

''Estava entediada lá em baixo, então sai a sua procura, a propósito quase me perco dentro dessa casa absurdamente grande.''

''É exatamente por isso que o meu escritório fica ao fim do corredor, para não ser incomodado.''

''Quer que eu vá embora? É só devolver a minha arma e saio tranquilamente pela porta da frente. Na verdade, eu gostaria de saber, onde você a pôs?''

''Nós já tivemos essa conversa e eu não quero que vá embora. Agora sobre a arma, considerando que você estava sequestrada e conseguiu fugir, suponho que na realidade ela não te pertença.''

''E o que vai fazer? Devolver ao remetente?''

''Não, mas imagino que ela seja útil para buscar por digitais, talvez nos leve a um dos homens que te sequestrou.''

''Dificilmente, provavelmente só o levará a um dos capangas.''

''Ótimo.''

Ele estala a língua e senta na cadeira detrás da mesa, ele parece cansado, olha ao redor um pouco perdido em pensamentos e fala

''Por que toda vez que fala comigo sinto que não está me olhando de verdade?''

É sério? Essa pergunta era a última coisa que esperava ouvir e não consigo esconder a expressão confusa em meu rosto

''O que quer dizer?''

''Você sempre me lança um olhar perdido, ou evita me olhar. Já disse não tenho intenção de tocar em você, então não há necessidade de me temer.''

Que fofo, se não tivesse me deparado com tantos homens babacas talvez até me simpatizasse com ele, parece ser um homem bonito, diferente de todos os outros que fui obrigada a servir de escrava sexual.

''Esse não é o motivo.''

''E qual é?''

''Eu tenho problema de visão, desde que fui levada perdi meus óculos e não enxergo bem sem eles.'' Respondo, tentando não transparecer minha vergonha.

''Certo, vou cuidar disso.''

''Posso tomar um banho agora?''

''O quê? Óbvio que não! Ainda precisa fazer o exame.''

''Já discutimos isso.'' 

Imito o seu tom de voz de forma sarcástica, o que faz rolar os olhos. Apesar do seu mau humor continuo

''Não posso me dá o luxo de ser vista passeando em um hospital, além do fato de estar suja e ferida, preciso de um banho.''

''Eu sei disso. Por isso contratei uma equipe de médicos de confiança, eles irão realizar o exame aqui, meu advogado também, vocês irão conversar sobre o que aconteceu, e para isso é importante que ele saiba de tudo Alessia, preciso que esteja preparada para essa conversa .'' 

Ele frisa a última parte para me fazer entender a importância de ser honesta, como talvez já tenha percebido que não fui.

''Sim, senhor.'' Respondo baixo.

''Só Bill, está bom.'' Ele diz e sorri

 ''Venha, vou preparar algo para almoçarmos.''

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