Airbnb

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Acordo em um quarto desconhecido, com uma dor pulsante na cabeça. Forço-me a abrir os olhos e imediatamente sinto náuseas. Sento-me, na esperança de aliviar a tontura, e observo o ambiente com mais atenção. As lembranças começam a se formar lentamente em minha mente. Recordo-me do quarto de hóspedes, de ter tirado minhas lentes de contato novas após tomar banho e de querer descansar. Mas, depois disso...

Eu o vi. Meu pior inimigo e meu maior pesadelo estavam diante dos meus olhos. Andras estava parado à minha frente, com sua risada maléfica, como se eu fosse sua bonequinha novamente. Lutei contra ele, desejei matá-lo, mas ele conseguiu me imobilizar e agora estou aqui. Será que ele me sequestrou novamente? É possível que eu esteja em um hotel? Nenhuma das Red Houses em que estive se parece com este lugar... Mas minhas memórias estão confusas. Quanto mais me esforço para pensar, mais estranhos parecem os acontecimentos recentes. Como ele conseguiu passar pela segurança sozinho? Como me tirou da casa e me trouxe até aqui? O que aconteceu com o Bill? Ele prometeu que nada me aconteceria...

Onde estão minhas lentes?... Ótimo, cega de novo.

Olho ao redor, em busca de algo que possa servir como arma, e acabo encontrando um abajur. Em outras circunstâncias, isso me faria rir, mas minha adrenalina está tão alta que não consigo me distrair. Pego o abajur e o seguro com firmeza, então saio à procura do meu inimigo. Percorro um corredor, ouvindo vozes abafadas ao fundo. Caminho na direção do som e chego à porta de onde os ruídos vêm, porém, decido não abri-la. Não consigo distinguir as vozes, e, além disso, não acredito que poderia enfrentar todos os capangas sozinha. Opto por escapar sorrateiramente.

A casa em que estou é de estilo rústico, com dois andares, mas é menor do que a de Istvan. Desço as escadas silenciosamente e avisto um homem vestindo preto de costas para mim. Aproximo-me lentamente e, quando estou próxima o suficiente, concentro todas as minhas forças no punho e desfiro um golpe forte nele. Ele cai e, ao vê-lo no chão, percebo que há uma arma em sua cintura. Rapidamente, solto o abajur e a pego, mirando na direção dele. Ele se vira, encarando-me surpreso. Sem dar tempo para sua defesa, atiro em sua perna.

Em questão de segundos, com o barulho do disparo, outros homens aparecem, aponto a arma para eles;

''Alessia!'' Ouço uma voz familiar mal conseguindo acreditar que seja verdade, minha adrenalina está alta e minha mente não consegue raciocinar corretamente. Todo o meu foco está direcionado em fugir daqui.

''Alessia, por favor pare'' A voz está mais próxima agora, a suavidade de seu timbre começa a me trazer de volta

Incapaz de acreditar, inclino um pouco a cabeça em sua direção;

''Bill'' Falo ao reconhecê-lo, imediatamente largo a arma e encurto a distância entre nós, abraçando-o.

Ele é real e está aqui. Ele manteve sua promessa de não me abandonar. Choro em seu peito pelo medo que senti. Quando consigo me acalmar um pouco, questiono.

"Como é possível estar aqui? Eu o vi! O Andras, ele estava lá na casa e agora estou aqui... Eu não entendo... Ele também sequestrou você?"

Com os olhos carregado de compaixão, Bill responde

"Está tudo bem, você está segura. Você teve uma alucinação e pensou que eu fosse ele."

''En-então... Eu ma-machuquei você?'' Pergunto confusa me esforçando para lembrar

''Paul, leve o agente 62 para o carro estacionado nos fundos da casa, por favor'' Bill fala enquanto passeia a mão pelo meu cabelo

''Agente?'' Pergunto sem entender

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⏰ Última atualização: Nov 30, 2023 ⏰

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