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    Em alguma parte do meu cérebro, provavelmente a parte sensata que parecia ter desaparecido neste momento, eu sabia que deveria desistir e ir embora, preservar o que restava da minha dignidade. Em vez disso, abracei a cintura dele com mais força e colei o rosto em seu peito.

Definitivamente não era a razão que estava em comando da minha mente e sim o desespero, e mesmo sabendo que não era nada atraente, eu não conseguia evitar.

— Hyunjin, sinto muito.

— Você não pode simplesmente esperar? Eu disse aos meus amigos que você estava vindo.

— Você só quer que eles me vejam não é?

— Não é verdade. É que a gente namora faz 3 meses e você nunca os conheceu. Eles acham que eu sou um mentiroso.

Na verdade, só o Doyun. Ele sempre tentava jogar os meus amigos contra mim, sua última teoria era que eu teria inventado sobre namorar nos últimos meses. Então sim, eu queria que eles vissem que eu não estava mentindo, que era Doyun quem tentava acabar com a nossa amizade e dividir o grupo.

— Hm, namorava né. — Eu disse baixinho e engoli seco, não imaginava que ele terminaria comigo bem no estacionamento da festa, eu gostava dele, mas agora que ele tinha se mostrado um babaca eu só queria que ele entrasse, provasse que existia, desse um soco no estômago de Doyun e depois fosse embora. Só isso! É pedir muito?

— Eu já disse que sinto muito. — O garoto repetiu e olhou para trás distraído com um carro que tinha acabado de chegar, estacionando perto de onde estávamos um casal desceu do banco de trás. Não os reconheci. — Eu preciso ir. A viagem de volta é longa. — Ele se desgrudou de mim e se afastou.

     Cruzei os braços e respirei fundo finalmente encontrando o que restava de dignidade no meu corpo. Um pouco tarde demais. — Vai.

— Você devia entrar, está lindo.

— Cara, é a festa dos meus amigos e eu não tenho um acompanhante porque o meu namorado acabou de terminar comigo. Acho que eu não quero entrar lá e comemorar. — Ri sem humor. — Mas é sério, você não pode me xingar ou algo do tipo? Não posso te achar legal depois disso. — Engoli o que sentia, pensando que apesar de tudo o garoto era realmente legal.

    Ele sorriu brincalhão e aumentou o tom de voz, quase gritando: — Não quero mais falar com você. Acabou. Entre lá sozinho.

— Odeio você, babaca! — Entrei na brincadeira e ele riu subindo na moto e mandando um beijo. Fiquei olhando até ele sumir e então finalmente tirei o sorriso do rosto e sentei na calçada. Não podia entrar lá e deixar Doyun achar que estava certo o tempo todo, na verdade, eu nem queria mais entrar, não tinha ânimo nenhum.

   Eu estava sentado em algum degrau aleatório dentro de um estacionamento após levar um fora, além de estar vestido como um cavaleiro jedi, realmente era uma situação patética que eu não imaginava viver no dia de hoje.

— Você está bem?

Ouvi uma voz que não conheci, e logo que levantei a cabeça vi um cara descendo do carro que tinha chegado um pouco antes.

    O que aquele garoto estava fazendo no carro? Será que ele tinha escutado a conversa? Por que ele ficaria o tempo todo dentro do carro enquanto tinha uma festa rolando? Então lembrei: o casal que tinha descido do carro. Ele tinha ido levar alguém, provavelmente a irmã ou irmão. Dei uma avaliada no cara enquanto o mesmo esperava por uma resposta, ele era bonito.

— É...você escutou? — Perguntei.

— Um pouco. Tem algo em que eu possa ajudar?  

—Não, a não ser que você queira fingir ser meu namorado e entrar comigo nessa festa. — Disse irônico, mas logo sorri, poderia funcionar né? — Você é daqui? — Se sim, eu nunca tinha o visto.

The Fill-IN Boyfriend ఇ hyunin ఇ HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora