IV | ☽

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     Eu estava uma pilha de nervos. O que eu devia vestir para ir a uma festa informal de aniversário como namorado de mentira? Liguei para Seungmin e para Jisung pedindo ajuda para escolher a roupa, tentando manter a mesma rotina pré-encontro de sempre.

     Com uma lata de Coca muito gelada na mão, Seung entrou no meu quarto e sentou na cadeira da escrivaninha. Ji se acomodou na cama, ao lado das roupas que eu havia tirado do armário.

— Essas são as melhores opções até agora?

— Sim. — Peguei a primeira possibilidade, um short e uma camisa de tecido fino, e fui me vestir no closet.

— Cadê o Doyun? — O Kim perguntou.

— Ele disse que não podia vir.

     Prometi a eles que ia tentar e, apesar de não querer a presença do outro garoto ali, liguei para a Doyun e o convidei para vir.

— Falei com ele quando vinha para cá.

— Ah, legal. Ele mudou de ideia?

— Ele disse que não foi convidado.

Saí do closet meio vestido. — O quê? Eu liguei e disse para ele vir. Isso não foi um convite?

   Seungmin suspirou, como se não soubesse em quem acreditar.

— Vocês precisam se acostumar um com o outro.

     Eu tinha que encontrar uma solução, porque não queria continuar com esse drama na faculdade. Então começamos a falar em como faríamos pra nos ver mais frequentemente já que Seungmin iria para outra faculdade. Pus a roupa e voltei ao quarto.

— São só 3h de viagem, a gente vai se ver constantemente.

— Você quase não via o Jihoon, e ele era seu namorado.

— Exatamente. Ele era só o meu namorado. Você é o meu melhor amigo há cinco anos. Vai ser muito diferente.

     Han se juntou a Seungmin na cama e o abraçou. Corri e abracei do outro lado.

— Tudo bem, gente.

— A gente só precisava de um abraço. — Eu o apertei com mais força.

— Vou sentir saudade de vocês.

Abracei ele mais uma vez e fiquei em pé.

— Acho que a roupa é essa. — Ele disse.

Senti que o mesmo precisava mudar de assunto. — Você acha? — Dei uma volta. — Tem cara de churrasco? Tem até bolso para guardar o celular.

— Estou tão confuso. Quem é o cara? Não consigo superar o fato de você não ter contado nada sobre ele.

— É um encontro às cegas. Não sei nada sobre o cara.

— Quem arranjou? E desde quando você concorda com esse tipo de encontro? — Hesitei. Eu nunca tinha tido um encontro às cegas antes, mas acho que aceitaria se confiasse em quem fez o arranjo.

— É um cara da minha turma de política. O garoto é irmão dele.

— O quê? Um garoto da sua turma armou um encontro entre você e o irmão dele e você aceitou?

— Eu devo um favor a ele.

— Por quê?

— Não tenho sido muito legal com ele e seus amigos.

— Ah, entendi. É tipo caridade. Tem certeza de que é seguro?

— Não. Quer dizer, sim, é claro que é seguro. E não, não é caridade. — Eu me virei para me olhar no espelho. — E aí? Sim? Não?

The Fill-IN Boyfriend ఇ hyunin ఇ HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora