V | ☽

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— Jeongin, Jeongin, Jeongin.

   Ele riu e desligou o motor. — Está só repetindo o meu nome ou tem alguma coisa para me dizer?

— Estou repetindo porque agora eu posso, mas tenho uma pergunta.

— Qual?

— Você faz curso de teatro?

— Sim.

— Que bom. Tem muito talento.

   Ele me encarou. — Obrigado.

— E poesia? Sua mãe escolheu para você o nome de um poeta. Gosta de poesia?

— Está com medo de sair do carro?

— Ao contrário de você, eu não sou ator. — Eu estava com medo de estragar os planos dele de reatar com o ex por causa da minha terrível falta de talento dramático.

— Não precisa ser. Viemos como amigos, lembra? Não precisa fingir nada.

— Certo. — Ele levou a mão à maçaneta da porta. — Espera! Quero arrumar o seu cabelo.

— Sério?

— Sério. Seu cabelo fica muito bonito pra cima, você quer estar bonito não é? — Achei que ele sairia do carro, mas, em vez disso, Jeongin se virou para mim com ar cansado. Peguei rapidamente o gel na bolsa, antes de ele mudar de ideia. — O segredo é usar pouco. — O gel era azul e prometia superfixação, então eu espremi na palma a quantidade equivalente a uma moeda pequena, esfreguei as mãos e passei o produto no cabelo dele. — Seu cabelo é ótimo. Só parece que foi a sua mãe que cortou.

— Você nem conhece a minha mãe.

— Bom, qualquer mãe. — A parte da frente ainda estava meio caída, então passei uma última camada de gel e sorri. — Pronto.

— Missão cumprida?

Olhei para ele e percebi que, para ajeitar seu cabelo, eu havia eliminado a distância entre nós. Recuei.

— Sim, ele vai estar apaixonado quando a noite acabar.

— Nunca pensei que o cabelo tivesse tanto poder.

Ele continuava olhando para mim, aquele olhar que parecia vasculhar minha alma, depois sorriu. Meu coração deu um pulo que me surpreendeu, e eu abaixei a cabeça. Tirei o celular e o coloquei no bolso enquanto ele abria a porta e descia do carro. Quando enfiei a bolsa com o que restava dentro dela embaixo do banco, ele já estava abrindo a porta do meu lado. E me ajudou a descer. Depois de travar as portas, ele olhou para a casa e eu vi que respirava fundo, os ombros subindo e descendo com o movimento do ar entrando nos pulmões.

— Está nervoso? — Perguntei, um pouco surpreso.

— Talvez. Obrigado por ter vindo comigo.

— Tudo bem.

— Bom, vamos lá.

— Jeongin?

— O que é, Hyunjin? — Ele disse enfatizando o meu nome pra me provocar.

— Nada. Eu só queria dizer o seu nome.

    Ele sorriu, e era isso que eu esperava. Ele só precisava relaxar. Eu sabia que Minho queria que eu o mantivesse longe do ex, mas quem era eu para impedir se o que ele realmente queria era reatar o namoro?

Entramos e contornamos a lateral da casa até um portão que estava só encostado. — Ah, olha só isso. A casa do seu ex tem o mar nos fundos.

Eu sabia que estávamos perto da praia, porque podia ouvir as ondas e também sentir a brisa do mar, mas não percebi que a casa ficava tão perto.

The Fill-IN Boyfriend ఇ hyunin ఇ HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora