Capítulo 6

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Perto do final da sessão, Draco notou Harry fazendo as malas e lançou-lhe um olhar questionador. — Você não tem mais pacientes para atender?

— O único paciente que eu tinha para hoje remarcou.

Draco assentiu lentamente. — Você talvez- Erm, deixa pra lá.

Harry lançou-lhe um olhar questionador. — Não, vamos, o que você ia dizer?

— Eu-Estava-Pensando-Se-Você-Talvez-Queresse-Vir — Draco deixou escapar, o rosto corando enquanto ele desviava o olhar. Harry sorriu. Fofa.

— Eu adoraria.

A cabeça de Draco girou tão rápido que Harry ficou surpreso por ele não ter quebrado o pescoço no processo. — Espera, sério?

Harry levantou uma sobrancelha. — Para alguém normalmente muito confiante em tudo o que faz, você parece estranhamente nervoso em apenas me convidar.

Draco corou. — Sexo é uma parte natural da vida, estou acostumado com isso. A única amiga que tenho é a Pansy, e ela é minha melhor amiga há anos. Isso... Isso é algo diferente para mim.

Harry sorriu tranquilizadoramente, estendendo a mão para apertar gentilmente o ombro de Draco. — Não há nada para ficar nervoso sobre Draco. Eu não vou julgá-lo por nada. Essa coisa toda foi ideia minha em primeiro lugar.

O loiro assentiu cautelosamente, esfregando a nuca. — Err, obrigado.

Harry sorriu mais uma vez, desligando o computador antes de se virar para encarar Draco. — Bem? Estou pronto quando você estiver.

O loiro estendeu a mão, corando quando Harry a pegou com um sorriso suave, apertando gentilmente antes de sentir a força da aparatação levando-o para fora de seu escritório antes de pousar no portão de uma casa modestamente elegante. Não era exatamente o que Harry esperava. Era pequena, uma casa de dois andares com mais terreno do que propriamente construído. Havia um elfo doméstico na frente, regando algumas plantas no parapeito de uma janela.

— Cheguei, Tulipa. Como estão as flores?

O elfo doméstico virou-se, radiante. — Draco! Tulipa está tão feliz em vê-lo. As flores estão indo bem desde que você adicionou um pouco de fosfato extra.

Draco sorriu, caminhando pelo caminho de paralelepípedos em direção à casa. — Isso é ótimo. Como está esta flor? — Ele perguntou provocando, ajoelhado na frente da elfa doméstica que ria alegremente, abraçando-a gentilmente.

— Tulipa está ótima, obrigado senhor. Quem está acompanhando você?

Harry, ainda estupefato pela interação de Draco com o elfo, piscou silenciosamente. — Este é Harry, Harry Potter. Ele veio me visitar.

— Olá Harry Harry Potter! — Tulipa sorriu, fazendo Draco rir.

— Por favor, apenas Harry, — Harry tropeçou em suas palavras, corando. — Olá, Tulipa.

— Tulipa vai preparar alguma comida para vocês dois? — O elfo doméstico perguntou animadamente, mudando de pé para pé. Ela estava usando um pequeno macacão, que Harry achou interessante e adorável.

— Eu gostaria de um smoothie, se você não se importar. Harry?

— Huh? Oh, sim, um smoothie parece ótimo.

Draco revirou os olhos, pegando o pulso de Harry e arrastando-o para dentro da casa. — Eu posso dizer que você está em choque, — observou o loiro, fechando a porta atrás dos três. — Tulipa é uma elfa livre da mansão, mas ela me seguiu quando me mudei.

O elfo doméstico estremeceu. — Mestre Lucius era vil e nos machucou. Draco nos curava e cuidava de nós quando fôssemos feridos pelas costas dele. Tulipa e sua família são muito gratos por ele.

— Isso é muito gentil da parte dele. — Harry apertou a mão de Draco, incapaz de tirar o sorriso de seu rosto.

Draco corou enquanto Tulipa corria em direção à cozinha, que Harry podia ver da sala onde ele estava. Havia um grande balcão com um conjunto de portas de vaivém estilo saloon dividindo os dois quartos. — Então... aqui fica a sala de estar, cozinha, à esquerda fica o banheiro e a sala de jantar. À direita fica a escada e o porão, e no andar de cima há alguns quartos, um escritório e outro banheiro.

— Sua casa é linda. — Draco parecia se envaidecer com o elogio como um filhote recebendo leite. — Quem são esses? — Harry perguntou, apontando para a mesa de centro, onde residia uma grande variedade de pedaços de lixo e pedaços de metal enferrujados.

Draco sorriu timidamente. — Desculpe, a Tulipa adora colecionar as coisas que encontra. De vez em quando ela as coloca para olhar. Estas são todas do jardim.

— Isso é adorável.

— Realmente é, — Draco suspirou com adoração, um sorriso suave enfeitando suas feições.

— Você disse um jardim, são apenas as flores na frente?

— Não, há outro jardim nos fundos. Tulipa adora me ajudar no jardim, mas ela prefere flores, então ela normalmente fica na frente com as rosas e tal. — As palavras de Draco saíram rápidas e ligeiramente arrastadas, como se estivesse com medo de ser interrompido.

— Calma, — Harry persuadiu gentilmente, apertando a mão de Draco. — Não precisa se apressar. Estou aqui para ouvir o quanto você precisar de mim, tudo bem?

Draco corou, mas assentiu. — Mau hábito que peguei, desculpe.

— Não se desculpe.

— Draco! Harry! Tulipa preparou sucos de frutas!

Draco sorriu orgulhoso para a elfa doméstica, pegando os óculos dela. — Muito obrigado querida, estes parecem incríveis.

— Tem mais se você quiser-

— Você pode comer, — Draco introduziu com um sorriso suave, — aproveite e beba também.

A elfa apertou a barra do macacão e sorriu apreciativamente, voltando para a cozinha.

Draco entregou a Harry um copo de uma bebida congelada rosa cremosa com chantilly, uma cereja e um canudo rosa combinando.

Draco corou, segurando sua bebida. — Saúde, suponho.

Harry não pôde deixar de sorrir, batendo a borda do seu copo no de Draco. — Saúde.

Eles passaram duas horas conversando antes de Draco insistir em se arrumar, desaparecendo no andar de cima por uns bons trinta ou quarenta minutos antes de reaparecer, e o queixo de Harry quase caiu.

Era uma roupa simples, mas foda-se se ele não a fazia parecer incrível. Calça preta, faixa única de cinto preto e botão branco enfiado na calça. Cada peça de roupa se ajustava perfeitamente ao seu corpo para acentuar cada curva, desde os quadris até a cintura e a bunda, e Harry não conseguia desviar os olhos.

— -rry? Harry?

Harry saiu de seu estupor, balançando a cabeça levemente. — Desculpe, o quê?

Draco estava vermelho brilhante. — Eu ia perguntar se esta roupa está boa?

— Oh, uh, sim, parece ótimo, — Harry gaguejou, seu próprio rosto ficando vermelho.

— Você não vai se trocar? — Draco perguntou, levantando uma única sobrancelha. Harry olhou para suas roupas e praguejou.

— Eu teria que passar no meu apartamento, vou usar isso.

Draco inclinou a cabeça, fazendo um biquinho. — Mas você vai ficar desconfortável com a mesma roupa o dia todo.

Como Harry poderia dizer não para aquele rosto?

Sex Addiction | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora