Capítulo 7

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Harry parou na frente da porta do seu apartamento, hesitando. As luzes do corredor piscaram acima deles, deixando Harry tonto.

— Harry? — Draco questionou suavemente, cutucando-o levemente. — Você não vai destrancar?

Harry piscou, olhando para a chave em sua mão. — Oh. Certo. Uhm... Sim.

Draco parecia confuso, então Harry respirou fundo e girou a chave, abrindo a porta.

Harry não percebeu o quão ruim parecia até ter alguém com ele.

Caixas de comida para viagem estavam espalhadas por todas as superfícies. O lugar estava um caos; papéis espalhados e pregados contra a parede oposta. Tachas, fios e post-its os cobriam e os conectavam. Harry correu para se trocar, não querendo olhar para o rosto de Draco. Quando voltou, encontrou Draco estudando as fotos, notas e recortes de jornais na parede.

— Você está perto.

Harry franziu a testa, ajustou a camisa. — Hm?

Draco deu um tapinha na foto de um Comensal da Morte. — Você está perto. Ele está escondido na Irlanda, como você suspeitava. Eu o vi andando pela mansão enquanto eu estava recuperando minhas coisas.

Harry pegou um post-it, pegando uma caneta do chão e escrevendo apressadamente 'Malfoy Manor, Wiltshire, Ireland' nele e colando em seu retrato.

— Obrigado.

Draco assentiu. — Então... Você realmente não consegue parar de bancar o herói, não é?

Harry sorriu cautelosamente. — Eu só peguei dois desde que a guerra acabou.

— É melhor do que toda a força Auror já fez, — Draco retorquiu facilmente, cutucando Harry com o cotovelo. — Agora vamos. Tenho certeza que seus amigos estão esperando.

Harry suspirou, mas acenou com a cabeça, dando um passo para trás para voltar para a porta. Ele não pôde deixar de notar o olhar de Draco, examinando sua roupa com apreciação. Era simples - calça azul-escura, quase preta, um par de sapatos bonitos e uma camisa cinza com algumas joias - uma pulseira de corrente, um relógio e anéis de ferro preto.

— Não deixe que te digam que você não se arruma bem, Potter.

Harry não pôde deixar de sorrir levemente. — Obrigado, Malfoy, — Ele atirou o sobrenome de volta para ele enquanto Draco ria.

— Merlin, nós éramos intoleráveis.

— Sem dúvida, — Harry concordou, estendendo o cotovelo dramaticamente. — Bem, vamos agora? Estou pronto.

Draco bufou baixinho, enganchando seu braço ao redor de Harry, parecendo excessivamente elegante ao fazê-lo. — Vamos, senhor.

***

Draco esperava que Harry se afastasse assim que eles aparatassem no bar, mas surpreendentemente, depois de largar o braço de Draco, pegou sua mão. Draco olhou incrédulo.

A mão de Harry se encaixou perfeitamente na sua, ou melhor, sua mão se encaixou perfeitamente na de Harry. O contraste perfeito. As mãos de Harry eram grandes e escuras, seus dedos grossos e calejados. Os nós dos dedos tinham uma fina camada de pelos escuros que, à medida que subiam pelos braços, ficavam mais grossos e ásperos. Draco, por outro lado, era valorizado por amantes anteriores por suas mãos pequenas e delicadas com dedos longos e finos, unhas perfeitamente aparadas e uma palidez que Draco ainda não havia encontrado ninguém que comparasse. Qualquer cabelo que ele tivesse era tão claro e fino que era impossível dizer que existia em primeiro lugar.

Sex Addiction | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora