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As mãos grandes do moreno desceram até a sua bunda apertando antes de pegar você no colo, o gesto repentino fez você puxar com mais força os fios escuros do homem o fazendo soltar um gemido baixo. Ele subiu as escadas até o quarto abrindo a porta com o pé e te largando em cima da cama, ele te olhou por um segundo antes de sussurrar algo que você não entendeu e tirar a blusa rapidamente a jogando em um canto.

Lambeu os lábios enquanto se posicionava por cima de você, lhe beijando de forma faminta. Você tinha seus dedos engrenhados no cabelo do mais velho, arfando enquanto sentia a sua boca descer até o seu pescoço, chupando ali a pele e descendo até o seu peito ainda coberto pela blusa que usava, rapidamente se livrando dela e beijando os seus seios ainda cobertos pelo soutien. Fechava os olhos sentindo os lábios do moreno em contacto com a sua pele, as mãos dele subiram pelas suas coxas até o fecho do seu soutien quando um barulho irritante começou a tocar.

Era a campainha.

— Mas que merda!- disse ele se levantando e indo até a porta.

Você ficou imóvel na cama, pensando apenas no que tinha acabado de acontecer, e no que quase aconteceu. Decerto não esperava que nada disso se sucedesse quando tocou na campainha de Suna, há uns quarenta minutos atrás.

Pegou a sua blusa jogada no chão e a vestiu de uma vez seguindo até as escadas, pronta para ir embora. Andava em passos lentos à medida que os barulhos do andar de baixo ficavam mais altos, parou perto das escadas, se aproveitando para ouvir de que se tratava.

— Já está atrasado quase uma semana cara, o Kuroo não vai ficar nada feliz.- disse uma voz desconhecida.

— Eu já falei que estou tratando disso, só preciso de mais uns dois dias, tive uns imprevistos com os caras da Johzenji.- ao ouvir as palavras de Suna você se aproximou um pouco mais para ver de quem se tratava.

— É, eu vi isso...- disse um homem baixo com o cabelo descolorido pelo ombro enquanto massageava as têmporas, ele estava de costas para as escadas.- Em que porra você estava pensando quando decidiu quebrar a cara do Terushima? Desse jeito vai perder a aliança com a Nekoma.

— Ele anda mexendo com uma conhecida minha esses dias e agora não larga do meu pé, eu resolvo.- Suna cruzou os braços e olhou para as escadas, fazendo contacto visual direto com você. No fundo, ele sabia que você estava ali o tempo todo, mas nem por isso a sua expressão suavizou ao ver você.

— Acho melhor que resolva, não queremos ter de lidar com os seus brinquedinhos de novo.

— Não tenho nada com ela, o Yuji que nos viu juntos umas duas vezes e agora fica me ameaçando.

— Então, digamos, se ele fizesse algo com ela você não se importaria, né?

Suna não respondeu. Por mais que você quisesse saber a resposta, ele não disse nada, te olhando apenas com um olhar apreensivo. Você não foi a única a reparar no olhar do moreno, pois esse logo foi seguido pelo homem na sua frente quase dando de caras com você.

Você subiu rapidamente as escadas na tentativa de não ser notada, o que claramente não resultou.

— Mas que merda Rintarou?!- disse o homem enraivecido enquanto subia as escadas, seguido por Suna.

Não tinha para onde ir, você estava encurralada no quarto onde há minutos atrás era despida, sem saber o que fazer. Tentou manter a calma ao ver que o homem loiro tirava uma arma do cos da calça e a apontava na sua direção.

— Puta merda o que é que fiz?...- sussurrou.- Me desculpem, não era suposto eu ainda estar aqui e já estava de saída.- levantou os braços. Um silêncio ensurdecedor se fez presente.

— Qual é seu nome?- perguntou o homem de cabelos dourados sem qualquer expressão.

— S-S/N.

— Você não deveria brincar na casa de drogados, S/N.

— Mas que merda Kenma?!- disse Suna puxando o homem pelo ombro.- S/N vai para casa.

— Você não acha que eu mereço pelo menos uma explicação sobre o que está acontecendo? Que história toda é essa? Drogado? E desde quando somos apenas conhecidos?

Embora talvez tivesse falado demais, as suas palavras fizeram o rosto de Kenma se abrir ligeiramente. Ele guardou a arma.

— S/N vai para casa, finge que nada disso aconteceu e se possível, finge que não me conhece, para o seu bem e para o meu.

— Ela não vai para casa.- disse Kenma se aproximando de você e te estendendo a mão.- Sou Kenma Kozume, sócio do seu não apenas conhecido.

— Encantada.- disse ao apertar a mão do homem, hesitante.

— S/N, quer tomar um café comigo? Posso esclarecer algumas coisas para você.

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Estar por vontade própria no carro do cara que há menos de meia hora tinha uma arma apontada para você era sem dúvida algo que você nem nunca tinha pensado, mas hoje estava sendo um dia estranho. Toda a viagem estava sendo extremamente silenciosa e a sua ansiedade já estava te matando, mas valeria a pena. Suna jamais te contaria sobre o porquê de ele agir da maneira que age e fazer as coisas que faz, mas Kenma contaria, ele não parecia gostar muito do moreno, o que era estranho visto que eles eram supostos sócios. Sócios do quê exatamente? E que história de drogado foi aquela?

Você se sentia cada vez indo mais fundo no poço de água turva e imprópria para consumo, e não tinha um cheiro nada agradável.

"Consume" (Suna x Leitora) - pt/brOnde histórias criam vida. Descubra agora