Enid Sinclair Pov
Acabei de sair da cirurgia, e fui até Yoko que estava na recepção com algumas fixas.
— Demorou hein.
— Pois é! Muitas para atender?
Ela assente e suspira pesado.
— Parece que os pais dessas coitadinha não cuidam delas, eu ainda tenho 12 para atender e 7 para retorno.
Levantei às sobrancelhas surpresa, todos os dias tem uma quantidade maior que outras especialidades. Yoko me entregou a ficha com o número do quarto e eu já sabia quem era.
— Ele acordou quando você tava na cirurgia, é uma criança bem animada esse garotinho.
Sorri fraco e me despedir da Yoko indo na direção do quarto do meu paciente.
Bati três vezes e escutei um "entra".— Desculpa a demora, a cirurgia foi de risco.
Falei entrando e escutei um "WOW", olhei para frente e sorri quando vejo o garotinho com a boca entreaberta e seus olhos arregalados.
— Boa tarde, Eugene.
— Mamãe... É uma anja?
Ri do seu comentário e escuto a risada da mãe dele.
— É um anjo. Você me acha um anjo, pequena abelha?
— Ah! Como a senolita sabe meu nominho?
Eu reparei que ele estava com uma película de abelha.
— Talvez porque você tá segurando uma abelha fofa?
Ele rir e me aproximo da sua cama.
— Quando eu estava fora, sentiu algo pequeninho?
— Ele tentou comer, mas acabou colocando tudo para fora.
A mãe dele fala e eu presto atenção em tudo.
— Vou falar uma coisinha, você sabe que se continuar assim vai ter que colocar a sonda e ela não é legal para você.
— Moxa, o que é somba?
Ri novamente e olho para ele.
— É sonda. A sonda é como um tubinho parecido com esse que está passando o soro para você, a diferença é que vai ser na sua barriga para ter os nutrientes e os cálcio pra você.
Eugene me olha assustado e abraçou a sua mãe.
— Calminha, nós médicos só usamos a sonda quando o paciente tá precisando muito, por enquanto você ainda pode tentar de novo, mas se não conseguir, vou optar a colocar a sonda.
Ele assentiu e olhou para meu jaleco. Esqueci de falar, quando cada criança que eu atendo pega amizade comigo, ela escreve o nome dela quando entram e quando saem.
— De quem saum esses nomi?
— São de todas as crianças que eu já atendi, e todas elas já saíram do hospital. Quer dizer, a maioria.
— Eu posso esceve meu nominho?
Sorri e tirei uma canetinha do bolso do jaleco.
— Pode!
Ele pega a canetinha e procura um local em branco do meu jaleco, achei fofo a sua feição de curioso e depois veio seu sorriso.
— Podi se aqi? — Olho para onde ele apontou — No coação?
MEU DEUS!! QUE MENINO FOFO!!!
Assenti, sinto um pouco de cócegas ao sentir a ponta da canetinha no jaleco, ele sorrir e me devolve o objeto.
— Ponto! Eu gotei de vuce, tia...
— Enid, mas pode me chamar de tia Nid.
Ele me olha surpreso e sorrir mais largo.
— O Matias já falou da tia Nid pra eu!
Fiquei confusa, tinha várias crianças que eu atendi com o nome "Matias", até o filho da Yoko!
Ele apontou para o meu antebraço, olho e solto uma pequena risada.
— Ah! Você é amigo do Matias Tanaka Barclay?! Ele já passou um bom tempo aqui, mas o motivo foi teimosia.
Ele rir e assente.
— Eu gotei muto de vuce tia!
— Que legal, mas agora, vamos ver como essa pressão e o seu coração está, tá bom?
— Tá bom!
Tiro o estetoscópio colocando em em meus ouvidos e direcionando ao seu peito.
— Respira fundo, carinha.
Eugene respirou fundo e depois de alguns segundos soltou o ar que estava segurando. Fiz isso nas suas costas e mais uma vez em seu coração.
— Poso iscuta tabem?
Sorri travessa sendo acompanhada por Eugene, coloquei o estetoscópio nele e direcionei ao meu coração respirando fundo.
Ele ficou concentrado, mas depois arregalados seus olhos surpreso.— Wow! Que legal!
— Tá escutando filho?
Ele assentiu sorrindo, tirei o estetoscópio e coloquei de volta do meu pescoço.
— Agora a pressão.
Coloquei o medidor de pressão em seu pulso e comecei a bombear, fazendo apertar o seu braço. Ele mexe o braço.
— Fica quietinho para funcionar, tá? Já tá acabando.
Escuto seu "humrum" e continuei, afrouxei a pressão do medidor e tirei do seu pulso.
— A pressão dele está um pouco baixa, mas é como eu falei, você precisa pelo menos tentar comer, quando se sentir cheio não vai precisar comer a comida, senão pode acontecer a mesma coisa que aconteceu mais cedo.
— Maise, se eu naum senti fome...?
— Aí fica difícil. — Fiz uma careta e escuto sua risada. — Se não sentir, tenta pelo menos 1 colherzinha, tá bom?
Ele assentiu e sorriu. Agora entendi a fala da Yoko.
— Você é bem risonho, né? Seu sorriso é lindo.
Os dois sorriram ao mesmo tempo. Eita... Acho que já sei porque o sorriso dele é lindo, puxou da mãe.
— Bom, por enquanto você tá em observação, mas você está bem melhor de quando chegou. E isso é bom.
Baguncei um pouco seus cabelos, fazendo ele ficar com um bico fofo nos lábios.
— Vejo você mais tarde.
— Obrigada doutora, como se diz, filho?
— Obigado, tia Nid!
Sorri e pisquei para o garoto.
— De nada e até mais tarde!
Sai do quarto e fui até a recepção, guardei a ficha do Eugene e peguei algumas fichas que era das crianças de Yoko. Eu ajudo a Yoko quando estou sem pacientes.
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Um Coração Para Bater Por Você °•Wenclair•°
FanficEnid Sinclair, uma pediatra muito famosa em sua especialidade, sendo alegre, agitada e adora crianças. Mas um dia, ela atende um paciente que tem leucemia, com o tempo se passando ela se aproxima mais do garoto e da mãe dele. Wednesday Addams, uma m...