Me sento no sofá. Meu pai está na minha frente, em pé.. 𝘌𝘴𝘵𝘰𝘶 𝘯𝘦𝘳𝘷𝘰𝘴𝘢.
- Pai.. Se eu fiz alguma coisa, me desculpa - Abaixo a cabeça.
- Você fez alguma coisa? - Ele pergunta.
- Eu não sei!! - Digo.
- Então se acalma - Ele sorri.
- .. Tá - Passo a mão no olho.
- Então, eu sei que você está acostumada tendo só você e as vezes eu em casa - Ele diz. - Mas, eu consegui um jeito de ficar mais em casa - Meu pai fica nervoso.
- Ah.. Que bom - Sorrio.
- Não é só isso - Ele suspira. - Sua mãe.. Não foi uma boa mãe mas... - Ele para de falar. - E-Então.. Faz um te-tempo - Suspiro.
- Respira. Eu não vou te julgar - Continuo sorrindo.
- Eu conheci uma mulher.. - Diminui o sorriso.
- Está namorando? - Pergunto.
- É - Ele diz.
- Bom.. Isso é bom, né? - Sorrio.
- Você.. Acha bom? - Ele pergunta.
- Está feliz? Se sim, também estou - Digo. - Continue - Cruzo minhas pernas.
- Expulsarão ela do apartamento que ela mora.. Domingo - Ele diz.
- Oh.. Tadinha - Digo. - Você quer que.. Ela more aqui? - Pergunto.
- Era a ideia mas.. Eu queria ouvir sua opinião. Você também mora aqui, é um direito seu dizer se se sente bem ou não com a ideia - Sorrio.
- Pai. Tudo bem.. Ela é legal? - Pergunto.
- .. É - Ele sorri.
- Deixa ela morar aqui - Digo. - Se ela te faz feliz, ela também me faz - Ele começa a chorar. - ... Pai. Por que o senhor está chorando? - Pergunto.
- É que.. M-Me desculpa p-por não ser um pai me-melhor - Ele diz. - Eu não sei aonde você vai, quem são seus amigos, com quem você sai.. - Ele limpa as lágrimas. - Mas.. Eu prometo que vai ser diferente - Sorrio.
- Tudo bem, pai. Não chore - Digo. - Me conte mais sobre a sua namorada - Falo.
[...]
Meu pai vai chamar a namorada dele, a Amaya, para almoçar amanhã em casa. Tenho um bom pressentimento sobre ela. Estamos no mercado. Ele disse que iria fazer um macarrão bem temperado com um molho diferenciado. Eu gosto da comida dele. Estamos no corredor de macarrão. Pegamos espaguete.
- Kim, eu vou aproveitar para pegar uma caixa de ovos para a gente, não tem lá em casa - Concordo. - Já volto - Ele sai.
Olho para frente e vejo o.. Mikey passando no corredor da frente. Ele me olha.. 𝘗𝘢𝘳𝘦𝘤𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘴𝘰𝘮𝘰𝘴 𝘰𝘣𝘳𝘪𝘨𝘢𝘥𝘰𝘴 𝘢 𝘴𝘦 𝘦𝘯𝘤𝘰𝘯𝘵𝘳𝘢𝘳. Reviro os olhos. Seguro o carrinho para virar-lo para o outro lado, mas, o Mikey vem correndo até mim, segurando a frente do carinho, impedindo que eu vire.
- Mikey, solta! - Digo.
- Espera! - Ele reclama.
- O que foi?! - Reclamo.
- Depois que você saiu. Eles ficaram preocupados com você. ELES! - O loiro diz. - E eles também queriam saber o que aconteceu pro seu pai te ligar, não que eu me interresse - Suspiro.
- Diz pra eles que eles podem relaxar que não era nada muito sério - Sorrio. - Agora pode soltar meu carrinho? - Pergunto.
- .. E s-se eles perguntarem o q-que era..? - Reviro os olhos.
- Eu digo que quando encontrar com eles eu digo - Falo. - Mais alguma coisa? - Pergunto.
- E-Então... Não.. - Ele solta o carrinho. - Na verdade.. Sim. Você deixou essa pulseira no seu bolso - Ele me entrega uma pulseira.
- Caraca.. Eu estou procurando ela a alguns dias - Digo. - Encontrou na.. Na lanchonete? - Pergunto.
