(O capítulo contém história de abusos sexuais, ou seja, fica no critério do leitor se ler ou não.)
Capítulo 7.
SN pov.:
Meus olhos estavam inchados perante a insônia que estava me atacando de madrugada. Estava chovendo intensamente e as nuvens chocavam-se repetidamente sem nenhuma trégua - nenhuma luz estava acessa no apartamento, nenhuma voz era escutada pelos meus ouvidos aguçados. Não conseguia respirar devido ao meu edredom fazer um caminho das pontas do meus pés até o topo da minha cabeça - Eu estava assim desde tarde - Cada vez que eu escutava um trovão chocar com o solo, eu tremia e tampava os meu ouvidos violentamente. Eu estava apavorada.
- abro meu olhos imediatamente quando escuto a minha porta abrir lentamente, mas não escutando nenhum passos vindo em minha direção. - estava com medo, já que a única coisa que eu tinha escutado o dia inteiro era a chuva, exceto pela a minha porta abrindo. - "é um demônio?" - pergunto para mim mesma, mas logo esquecendo essa hipótese quando escuto pequenos passos e leves. - era de um humano.
-" você vai acabar morrendo de falta de ar." - diz a voz rouca que eu conhecia. Era Aki - "se eu fosse cego eu pensaria que você era uma borboleta mutante" - eu não ousava falar com Aki nem sequer uma única palavra.
-"eu quando eu era criança não fazia essa birra toda" - sinto minha cama afundar com um peso de um humano sentado nela.
"deve ser porque você nasceu já com 50 anos de idade." - respondo Aki depois de dias ignorando sua presença. - " o que você quer comigo, monge?"
-" você não veio comer na mesa de noite, então eu trouxe um chá." - Aki se explicava para mim. - "então, por favor, levante dessa cama antes que eu tire esse seu casulo peludo a força de você".
-Sem nenhuma escolha diante daquela situação que eu estava, eu me remexo no meu edredom tentando tirar forças imaginarias dentro do meu corpo, mas falhando miseravelmente quando percebo que não tinhas forças.
- "venha, eu te ajudo." - na tentativa de tirar o edredom sem me assustar, Aki levemente começa a puxar o edredom grosso para baixo para eu me acostumar.
A primeira coisa que vejo é a face angelical de Aki com seus cabelos presos em um rabo de cavalo espetado e com sua típica roupa de casa: uma calça moletom preta e uma camisa estranhamente grande e confortável.- nada fora do padrão
-"você está pálida, parece que a chuva acabou realmente com você, não é?" - perguntava Aki oferecendo a caneca de chá que tinha feito para mim. - "faz tempo que eu não te vejo perder a linha desse jeito. Pensei que você tinha já lidado com essa situação" - argumentava me dando a caneca.
-"eu não vou conseguir lidar com isso até os meus pais morreram, você sabe disso, não sabe?" - pergunto olhando para os olhos azuis de Aki, visto que seus olhos marinhos pairavam sobre mim. - "sabe.."
-"em izumo, aonde eu morava, as pessoas costumavam a falar que o mundo estava dividido, que os seres humanos eram considerados pessoas boas e os demônios os seres ruins." - suspiro, mas logo continuando. - "e quando eu era criança eu acreditava, mas depois eu fui me perguntando se o meu pai era um demônio no corpo de um humano, já que ele fazia as maiores atrocidades comigo." - falo olhando para um ponto qualquer do meu quarto, logo seguida rindo nasalmente com um semblante triste.
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"você já deve imaginar o que ele fazia comigo, não é? Era quase todos os dias quando ele chegava bêbado em casa. Eu tinha esperança que minha mãe pudesse descobrir, mas depois de um tempo eu soube que quando ele fazia isso comigo na minha casa, ela estava no quarto ao lado escutando e fingindo que éramos uma família pobre normal. E você quer saber mais? Um dia eu tentei parar ele empurrando ele e pedindo pra ele se afastar, eu tinha 12 anos na época, mas então ele surtou comigo e me jogou pra fora de casa sem nenhuma roupa sequer no corpo em um chuva e fez os cachorros me morderem, então ele pegou isso como mania e fazia esse método sempre." - termino a história passando os dedos suavemente nas minhas cicatrizes amostras para o Aki bisbilhotar.- aki me olhava com os seus olhos azuis neutros e surpresos com a minha confissão que eu nunca tinha falado para ele. Suas mãos estavam juntas brincando uma com a outra -" você ainda tem contato com ele?" - Aki pergunta querendo obter mais informações sobre a minha vida, mas nego respondendo ele.
-"talvez eles estejam vivos, mas eu espero que no fundo do coração que não, principalmente o meu pai" - comento fechando os olhos e deslizando suavemente sobre a minha cama macia de lençóis brancos, porém logo abrindo meus olhos perplexas quando vejo meu melhor amigo se deitando junto comigo e me abraçando. -
-"você não vai conseguir dormir sozinha, então vamos dormir antes que o sol se ponha, caso ao contrário, você vai ficar mais pálida." - comentava com seus olhos fechados ignorando totalmente meu olhar curioso sobre as suas bochechas rosas..
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-oi, gente! Vocês gostaram desse capítulo?
passando pra avisar que tem grande chances de eu não publicar mais essa semana. Peguei uma virose e estou com muita febre e vomitando! Mil perdões. Espero que vocês tenham compreensão comigo. 🥳💋🥳
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Romance"𝘖 𝘢𝘮𝘰𝘳 𝘥𝘢 𝘮𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘷𝘪𝘥𝘢 𝘵𝘦𝘮 𝘶𝘮 𝘯𝘰𝘮𝘦 𝘦 𝘦𝘭𝘦 𝘴𝘦 𝘤𝘩𝘢𝘮𝘢 𝘔𝘢𝘬𝘪𝘮𝘢, 𝘰 𝘋𝘦𝘮𝘰𝘯𝘪𝘰 𝘥𝘰 𝘤𝘰𝘯𝘵𝘳𝘰𝘭𝘦."