Capítulo 4

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Edward's POV

— Pode entrar. — Falei sem tirar os olhos do documento.

Eu ouvi a porta se abrir e logo em seguida ser fechada

— Sei que o senhor deve estar muito ocupado, mas há algo que preciso dizer-lhe.

Tirei os olhos do papel e a fitei mulher à frente da minha mesa. Geórgia permanece em pé aguardando minha resposta. 

Embora a Saetang Cosmects Industry possua muitos funcionários, eu me lembro muito bem dos seus cabelos longos e escuros.

Apontei para a cadeira à minha frente, indicando para que ela se sentasse, e me encostei nas costas da minha cadeira.

— Do que se trata? — Perguntei.

— Eu me reuni com o meu pessoal e tivemos a ideia de fazer um projeto para ajudar nas vendas. — Ela faz um pausa. — Acho que é algo que devemos tentar.

Eu deveria ouvir a explicação, mas eu estou lotado de trabalho e cada minuto desperdiçado é valioso.

— Ok. Preparem o projeto para ser apresentado apresentado.

— Certo. — Ela assentiu, sorrindo. — Vou deixar o senhor trabalhar.

A Geórgia saiu da minha sala e pude voltar a trabalhar.

• • •

A minha atenção foi roubada pela vigésima vez naquele dia, quando alguém abriu a porta da minha sala.

Levantei o rosto e vi o Marco parado na porta. Meu amigo passou os olhos por toda a extensão da sala até que se cruzaram com os meus.

— Cara, esse seu escritório é maior que o meu quarto. — Ele fecha a porta e se aproxima. — Eu me sinto humilhado.

Eu tinha que dar um pouco de razão ao Marco. A minha sala é grande e espaçosa. Havia uma estante que ocupa toda a parede à minha esquerda. Uma janela enorme com vista para a cidade atrás de mim. E do meu outro lado, uma mesa de mais de 10 lugares e um sofá.

— O quê é que você tá fazendo aqui?

— Vim te chamar pra almoçar. — Marco responde e se senta na cadeira à minha frente.

— Não vai dar cara. Eu tô com muito trabalho. Não dá mesmo.

Meu amigo me encarou sério.

— Nem pensar que vou deixar você almoçar aqui sozinho. Você me deve uma saída, lembra? — Revirei os olhos. 

Marco foi me visitar no meu apartamento no dia da minha chegada e ele me chamou para sair, mas eu não aceitei porque estava exausto da viagem.

— Eu não posso sair e deixar isso tudo aqui. — Falo apontando para os papéis em cima da minha mesa.

— A gente só vai almoçar e em menos de uma hora você tá de volta. Vou te levar num dos melhores restaurantes. É pertinho.

— Fica pra outro dia. Eu vou pedir algo à Emie  pra eu comer.

— Não. Você não vai pedir a sua secretária gata pra te trazer comida. —Ele diz, caminhando em direção a porta. — Você vem almoçar comigo e tá decido.

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