Capítulo 11

7 0 0
                                    

Edward's POV

A água fria caia livremente sobre mim, limpando o meu corpo, menos a minha mente que não pensa em outra coisa a não ser aquele beijo da Amanda.  

Ainda conseguia sentir os lábios delicados dela e o seu cheiro doce de frutos silvestres impregnado no meu nariz. 

Pensar na Amanda estava me enlouquecendo aos poucos, e depois do que aconteceu naquele corredor do hotel, só piorou. 

Nunca pensei que ficaria assim, louco por alguém que trabalha na minha empresa. É provável que não seja eticamente correto, mas não consigo evitar. Ademais, ela namora. Pode ser que ela tenha se arrependido e se sentido culpada pelo beijo, mas eu pedi para ela me impedir, mas ela não o fez. E eu também não tive o controle. 

Parece que quando ela está perto tudo à minha volta deixa de existir.

Desliguei o chuveiro, quando percebi que estava a muito tempo no box. Vesti uma roupa confortável e fui assistir TV. A noite estava fria e agradável para descansar para a semana.

Alimentei os meus peixinhos e voltei para o sofá. Procurei por algo interessante nas aplicações do celular, mas não encontrei nada que fosse capaz de fazer a minha mente pensar em outra coisa que não a Amanda.

Atirei o celular para o sofá e soltei uma bufada de ar, frustrado. Precisava de uma distração. Decidi, então, sair de casa. Talvez isso ajude.

Entrei no meu carro e conduzi até o El phant em uma velocidade reduzida para aproveitar o caminho. 

Deixei o carro estacionado do lado de fora e escolhei uma mesa afastada. Logo, uma morena veio me atender e a mesma trouxe o meu pedido. 

O ambiente estava agradável. O estabelecimento apresentava menos movimentação em relação à última vez que estive aqui. 

Apreciei a comida enquanto observava as pessoas à minha volta. Levei copo à boca e bebi um gole do meu refrigerante.

— Edward? — Uma voz feminina despertou a minha atenção. Reconheci de imediato a loira se aproximando com um sorriso nos lábios. — Que surpresa te encontrar aqui. O que faz aqui sozinho? — Sylvia quis saber.

Encarei a loira diante de mim. Dentre todas as pessoas que pensei e encontrar, ela é a última.

— Apenas relaxando.

— Ah, que legal!

— E você? 

— Acabei de sair do trabalho e, como estava por perto, decidi vir aqui comer alguma coisa. — Assenti e a loira sorriu. — Você se importa se eu te fazer companhia? — Olhei para ela.

Talvez a sua companhia pode ser uma boa distração. Além disso, me sentiria mal se recusasse.

— Claro que não. Senta. — Apontei para a cadeira à minha frente e ela se acomoda no lugar. 

— Não pensei que você fosse fã de refrigerante. — Ela exclama, parecendo indignada. 

Olhei para o copo meio cheio e sorri.

— Pois é. Eu não posso ir trabalhar com ressaca e má disposição. Como bom presidente, eu tenho que ser um bom exemplo. Não acha?

AmantesOnde histórias criam vida. Descubra agora