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- Já arrumou suas coisas?

- Sim.

Pego só uma bolsa, pois não poderiam me trazer muitas coisas.

- Até a próxima, Aysha.

- Prefiro morrer a voltar pra cá. - Saio de meu quarto.

- Não deveria falar isso, senhorita Amber.

- Quem veio me buscar, Cléo? - Mudo de assunto.

- Senhorita Amber...

- Quem, Cléo?

- Jaden.

Engulo seco.

- Tudo bem.

- Tudo bem, mesmo?

- Claro, de qualquer jeito eu iria acabar indo lá. É a minha casa.

Ela abre a porta para eu sair.

- Até, Aysha.

- Até nunca mais.

Saio pela porta e vejo Jaden encostado na escada.

- Aysha... - Ele vêm me abraçar.

Ele tem um cheiro bom.

Odeio que, não importa o quanto tenha magoado meu coração, o restante de mim jamais recebe o memorando de que deve rejeita-lo.

Se um cientista descobrisse uma forma de alinhar o coração e cérebro, não haveria tanta agonia no mundo.

- Vamos pra casa... - Ele diz.

Casa...

"Casa" deveria ser o lugar que queremos ir, não o lugar que queremos fugir.

Sempre achei que casa seria meu lar, mas aquela casa não tem nada a ver com meu lar.

Lar deveria ser um lugar aonde você se sentisse bem, não um lugar apenas pra morar.

- Entre no carro. - Ele abre a porta do nosso carro e pega minha bolsa.

Ele coloca a bolsa no banco de trás e entra no carro.

- Quer escutar música?

Não respondo.

- Vou colocar Baby Came Home 2 / Valentines, continua sendo sua favorita, não?

Eu nem me lembro como é escutar música.

- "Well, don't you sit in front of me and wait for me to talk, you van call me up, plone works two ways, you know?"

Eu sabia o quanto aquela música importava para ele, e ele sabia o quanto aquela música importava para mim, pois é a nossa música, literalmente nossa.

- "This time, baby, yeah, I think that I'II be just fine. I wist I could say the same for you"

Tenho certeza que fiz merda cantando essa parte da música, pois digamos que... era real, e talvez ele saiba disso.

- "I, yeah, I do, I (hey)" - Ele termina a música e desliga o rádio.

Coloco minha mão na marcha do carro e ele coloca a dele encima da minha entrelaçando nossos dedos.

- Senti sua falta, pequena...

Engulo seco e tiro a mão da marcha.

Ele me olha confuso.

- Eu fiz algo? - Saio do carro e entro em nossa casa.

Ela estava do mesmo jeito que avia estado quando saí.

What did you make me becom? Onde histórias criam vida. Descubra agora