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No almoço Jaden decidiu que devíamos ir ao gramado perto do lago para procurar a chave do meu dormitório.

- Você lembra aonde avia deitado? - Ele fala caminhando pelo gramado.

- Não, só me lembro que a grama era fofinha.

- Ótimo. - Ele segura minha cintura e me dá uma rasteira me derrubando na grama.

- Jaden!

- Veja se a grama é fofinha, Aysha.

- Não, não é! - Me seguro em suas pernas e o puxo para baixo. - É fofinha Jaden!?

- Sua... Vadiazinha! - Ele me empurra.

Me levanto e empurro ele, então ele fica embaixo de mim.

- É a "vadiazinha" que manda aqui, Hossler.

Então saio de cima dele e foco em procurar a chave do dormitório.

Ele segura meu maxilar forte fazendo eu olhar diretamente para ele.

- Não existe vadiazinha nenhuma acima de mim. Escutou? Ou vou ter que repetir?

- Não encosta em mim! - Puxo sua mão de meu maxilar e saio do local.

(...)

Vou caminhando rápido para o bloco 2 sem olhar para trás.

Subo as escadas correndo e chego no sétimo andar. Vou em direção as janelas e abro a última como meu pai avia ensinado. Pulo ela, subo as escadas, me sento na mureta de concreto e acendo um cigarro.

O que caralhos o Jaden tem na cabeça!? Ele acha mesmo que eu sou aquelas vadias que babam ovo nele pra transar com ele!? Que aceita qualquer merda e fica quieta, aceitando!?

Ele só pode estar de brincadeira.

Acendo outro cigarro e jogo o outro fora, deito a cabeça para trás e observo as nuvens se moverem lentamente.

Jogo o cigarro fora e a acendo outro... E outro, outro e outro...

- Sabia que estaria aqui... - Ele fala se aproximando de mim.

Ignoro ele totalmente.

- Para com isso, já deve ter fumado uns vinte. - Ele toma o cigarro de minha mão e apaga ele.

- Me deixa em paz! Que merda você tem na cabeça!? - Pego um cigarro da blusa que ele avia me emprestado e ele joga fora.

- Esses são meus cigarros!?

- Ninguém mandou você me dar a sua blusa!

- Porra, Aysha! Isso não é a merda de um Malboro Nigth!

- Que merda é então!?

- Me dá a caixa.

- Não até você não me contar.

- Eu mandei me dar a caixa!

- Não. Vai fazer o que!? Me bater!? - Meus olhos enchem de lágrimas.

Eu jogo a caixa no pé dele e ele a chuta. E então ele me puxa para seu peito me abrasando.

- Eu nunca faria isso com você, pequena...

Abraço ele mais forte.

(...)

- Tudo sobe controle? - Ele pergunta acariciando meu cabelo.

- Tudo sobe controle... - Ele dá um beijo em minha cabeça.

Ele se afasta de mim, e confesso que queria que continuasse ali me abraçando.

- Eu achei a sua chave. - Ele me entrega a chave. - Gostei do chaveiro.

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