• Four.

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Meu dia já começou perfeito, varrendo uma loja inteira e organizando prateleiras bagunçadas. Enquanto eu resolvia isso Joe atendia os poucos clientes que vinha.

-Ei o movimento sempre é assim? – pergunto

-Sim, muita das vezes os garotos da reserva vem comprar algo pra comer ou comprar alguma peça de carro e moto, mas as peças são apenas por encomenda, caso isso acontece você me chama – ele diz

-Entendi

-No sábado e domingo é sua folga – ele diz

-Ok

Volto a arrumar algumas coisas, tem tantas coisas vendendo aqui, como algumas besteiras de comer, produto de limpeza e varias outras coisas que me faz querer organizar cada espaço possível.

(...)

Estava no caixa colocando balas no pote, enquanto Joe foi comprar nosso almoço, e logo o sino da loja bate.

-Olá bem-vindo – quando olho era o Lahote

-A oi, não sabia que trabalhava aqui

-Comecei hoje, no que posso ajudar?

-Joe tá ai?

-Não saio pra comprar o almoço- digo fechando o pote de bala.

-Droga, ele não deixou uma caixa com você não?

-Não – digo – Ele já deve estar voltando

-Saquei, volto mais tarde – ele diz saindo

O que ele tem de bonito ele tem de babaca...

(...)

Já estava voltando para casa, o Lahote disse que ia voltar na loja mais não voltou, o resto do dia foi tranquilo e já peguei meu pagamento de hoje, não é muita coisa, mas vou conseguir ajuntar e dar para a Helena.

Complicado mal saber cuidar de você própria e ainda ter que cuidar de uma criança, o bom disso é que a Helena nunca me deu trabalho, amanhã vou ter que ir levar o dinheiro dela e espero não ser vista.

Chat.

-Helen, Helen

-Você foi embora e deixou a bomba em nossas mãos...

-Se eu for pego eu te entrego

Chat.

Era apenas mais uma mensagem como qualquer outra que eu recebia desde o "acidente proposital".

(...)

Hoje o Joe pediu pra mim fechar a loja, ele tinha um encontro ou sei lá o que, fiz o que ele pediu e logo entrei no meu carro pegando a pista em direção a casa da minha tia, não demorava muito já que fazia pouco tempo que ela se mudou para Seattle.

Chego em sua casa depois de três horas dirigindo, o que passou voando, pego minha bolça e bato na porta e logo ela abre.

-Oi querida – ela diz

-Para de graça Stefani – digo entrando na casa

-Helen – logo Helena vem correndo e me abraça.

-Oi meu amor, como você esta?

-Com saudades, quero morar com você – ela diz fazendo biquinho

-Por enquanto não pequena, mas logo você vai.

-Irmã, eu não gosto da tia Stefani – ela sussurra em meu ouvido

-Eu sei, mas ela é a única coisa boa da família do papai que pode nos ajudar – digo

-Eu ouvi – Stefani diz

-Aqui estar o dinheiro dela

-Só isso?

-Sim só isso, logo eu trago mais – digo

-Sabia que o Marcos e a gangue dele veio aqui – ela diz

-Quando ele vier de novo manda ele se fuder

-Fuder – Helena repete

-Não pode falar isso, vai pro seu quarto já já eu subo – digo e ela sobe

-Sabe que ele vai te encontrar né?

-Quando ele fizer isso ele pode saber que eu vou estar esperando sentada – digo

-E ele vai meter uma arma na sua cabeça como fez com o seu pai – ela diz

-Ele mereceu – digo

-Foi você que mandou não foi, Marcos é caidinho em você é logico que você que pediu – ela diz se levantando

-Eu sei o que eu fiz, e eu não quero mais ouvir o nome dele – digo subindo

(...)

Depois de colocar a Helena para dormir, fui embora, mais três horas de carro até minha casa, eu mereço, ainda bem que amanhã eu estou de folga, dormir horrores... assim eu espero.

Segredos Paul Lahote.Onde histórias criam vida. Descubra agora