Hi, It's Jisung Here | minsung

(📞) cáp. 4 | quando se menos espera...

Oi oi, voltei! Creio que não demorei tanto dessa vez :)

E aí vai mais um capítulo pra vocês, um pouco maior que o último, hehe. Inclusive adorei saber que vocês gostam de capítulos mais longos, porque eu sempre acabo me empolgando e escrevendo mais 😅😅

Enfim, aproveitem a leitura e vejo vocês nas notas finais 💜

Ps.: Perdoem qualquer errinho :)

(✧⁠*.)

Modéstia a parte, Minho achava o gostinho de sua comida ótimo.

O rádio em cima da geladeira da cozinha animava o ambiente na estação principal de Daejeon enquanto ele terminava de cortar o restante dos legumes, disposto a fazer sushi para ele e para a mãe. Costumavam comer os enroladinhos japoneses às sextas, como uma recompensa de fim de semana, mas ele estava inspirado, com suas músicas favoritas o fazendo companhia e o ventinho fresco da tarde entrando pela janela. Decidiu dobrar a porção que normalmente fazia, pois lembrou o quanto Bang Chan também gostava de sushi, e queria levar um pouco para ele na manhã seguinte.

O arroz já dava indícios de ficar pronto na panela pelo cheirinho que aos poucos encobria a cozinha. Achava um tanto chatinho ter que cozinhar os grãozinhos brancos no fogão, e vinha juntando dinheiro pra comprar uma panela elétrica só para aquilo. Seu porquinho ao lado do rádio aos poucos ia ficando cheio, e todos os fins de semana era abastecido com moedinhas postas por sua mãe. Pelas suas contas não faltaria muito mais que um mês para conseguir comprar a panela.

Se balançava de um lado pro outro ao som de Always, do Bon Jovi, enquanto tirava a tampa da panela e provava um pouco de arroz na mão. Do jeitinho que ele gostava.

Um resto de kimchi da noite passada esquentava no fogão; Minho queria testar se ficaria tão bom como condimento quanto o salmão e os legumes que costumava usar, e faria uma parte com ele e outra com os recheios normais. Não era uma receita coreana, claro, mas estava a fim de inovar um pouco, e tinha quase certeza de que ficaria gostoso.

Não tinha certeza de quando começara a cozinhar verdadeiramente, mas depois que começou o jardim de infância e sua mãe passou a trabalhar quase que em tempo integral, precisou fazer as refeições por si mesmo, tanto para si quanto para a Lee mais velha.

Sua mãe corria tanto que mal tinha tempo de fazer uma comida decente para os dois, e mais se preocupava em dar de comer ao filho do que saciar sua própria fome. Os macarrões instantâneos foram seus maiores aliados na época, mas depois de Minho se oferecer pela primeira vez a preparar uma refeição foram raras as vezes em que precisou parar diante do fogão para cozinhar. Era difícil acreditar que Minho conseguia se virar com os programas culinários da TV e alguns poucos livros de receita que ela tinha guardado, mas era quando ele punha os pratos na mesa que via o quão bem o filho cozinhava.

Alguns minutos depois já tinha tudo o que precisava para montar os sushis; enrolou uma fileira de alga no arroz junto a uma porção de kimchi, e logo ao lado outra com salmão e legumes. Ao final cortou as fileiras em várias rodinhas e pôs em um prato, com shoyu e gergelim ao lado. Sua mãe prometera chegar antes das sete para que pudessem comer juntos, e depois de pronto pôs tudo na geladeira, deixando descansar para mais tarde.

O sol agora se punha aos poucos, mostrando que não faltava muito para sua mãe chegar do trabalho. Tinha mais uma pilha de tarefas da escola esperando para serem feitas em seu caderno, e por mais que ele quisesse adiar precisava fazê-las. Tudo valia nota, afinal, e era tudo o que ele precisava.

Deixou a estação tocando baixinho na cozinha e seguiu pra sala, se jogando no sofá. Suas revistas de música repousavam em uma prateleira ao lado da TV formando uma pilha, indicando que precisavam ser lidas. Sempre que os artistas lançavam singles novos não era incomum as revistas serem vendidas aos montes nas bancas, e Minho nunca deixava de comprar alguma. Tinha preguiça de ler, sim, mas eram até que boas para passar o tempo.