19. Could you stay forever?

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Estar em licença médica acabou sendo a melhor escolha possível para Maya levando em conta como estava se sentindo nas últimas semanas com a intensidade do tratamento. Mesmo sem trabalhar, a bombeira ainda estava dormindo muito durante o dia, normalmente não se levantando nem mesmo após Carina já ter saído com as gêmeas para o Grey Sloan. Carina sempre deixava algo para ela comer, geralmente algo como mingau de aveia ou uma banana ou algo simples que era fácil para seu estômago não reclamar.

Umas das coisas difíceis que a bombeira vinha sentindo era o fato de não conseguir mais beber café, porque bastava uma pequena xícara para seu estômago reclamar. Ela queria tomá-lo apenas pra se manter mais acordada mas ela teria uma escolha difícil se tomasse essa decisão, ou era tomá-lo e passar horas infelizes por conta do estômago. Ela tomou a decisão de não tomá-lo, e mesmo indo pelo caminho certo isso não impediu que ela ficasse mais mal-humorada que o normal.

Maya geralmente tentava se levantar e tentava fazer algo em casa já que odiava ficar parada, embora Carina sempre insistisse que não precisava fazer isso. Maya disse a ela que era bom para ela se levantar e se movimentar. A bombeira muitas vezes passava parte da manhã do lado de fora relaxando quando o tempo permitia, às vezes descansando e às vezes lendo revistas sobre notícias das demais estações da cidade ou até pesquisando mais sobre seus planos de ser chefe de batalhão, tentando usar seu tempo de folga do trabalho para pesquisar por coisas que muitas vezes não tinha tempo de ler enquanto estava.

Alguns dias, no entanto, ela estava muito exausta para fazer mais do que deitar no sofá ou na cama e apenas assistir TV. Ela se viu assistindo a muitos programas, desde assuntos do momento, quanto culinária e até reportagens sobre bombeiros de outros países.

A agenda dela não era a única que parecia muito diferente desde que ela saiu de licença médica. Carina levava as gêmeas à creche todas as manhãs e, dependendo de seu horário de trabalho, ela ia fazer alguns partos marcados para aquela data, ou se não tivesse, apenas fazia suas atualizações de prontuários rotineiras e voltava para casa e trabalhava de lá para que pudesse ajudar Maya o máximo que pudesse. A bombeira insistiu que ela estava bem em casa sozinha, mas Carina não estava acreditando em nada disso.

Além disso, estar em casa ajudava Carina a trabalhar melhor, não sentada em sua sala se perguntando como sua esposa estava e se ela estava bem. Carina sabia que era um pouco irracional, mas ela realmente não se importava.

Carina também estava levando Maya para suas consultas diárias de radiação.

Todas as segundas-feiras, desde que começou o tratamento, Maya fez uma coleta de sangue apenas para verificar seus níveis sanguíneos, que estavam estáveis nas primeiras cinco semanas. No entanto, esta semana, no início da semana 6, a contagem de glóbulos brancos de Maya começou a cair um pouco. Dra.Eliza decidiu fazer um segundo CBC na quarta-feira, o que revelou que o número de Maya ainda estava baixo, mas não havia caído mais.

Sua coleta de sangue na sexta-feira revelou que seus números estavam um pouco mais baixos do que antes. Ela não estava em um risco extremamente alto, mas a Dra.Eliza disse a ela para ficar em casa, evitar pessoas que estivessem doentes e usar uma máscara quando estivesse em público, incluindo vir para seus tratamentos na semana seguinte.

"Há alguma coisa que possamos fazer para que eles voltem a subir?" Maya perguntou depois das informações dadas pela a doutora

Carina queria responder, mas preferiu esperar pela resposta da doutora.

"Na verdade não," Dra.Eliza disse: "Se eles continuarem a declinar na próxima semana, vou passar alguns medicamentos para ajudar, mas quero ver como vai o fim de semana antes de adicionarmos outro medicamento. Faremos outra coleta de sangue na segunda-feira e decidiremos a partir daí o que fazer. Para o fim de semana, vá com calma, não saia em grandes multidões e descanse."

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