18. Side effects

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Na sexta-feira seguinte, Maya estava animada para fazer sua vigésima sessão do tratamento, contando com essa já estava chegando à metade dos tratamentos de radiação. Aquela manhã tinha sido como qualquer outra. Carina teve uma reunião cedo no hospital, o que acabou levando as gêmeas mais cedo pra creche. E Maya foi trabalhar na estação logo depois que elas saíram.

Maya estava mais animada porque ela e Carina estavam de folga o fim de semana inteiro, algo que não acontecia com frequência, e elas tinham planos de levar as gêmeas ao parque para um encontro com Harper e Scout no sábado de manhã.

Maya estava um pouco mais cansada do que antes desta semana, mas ainda não estava tão ruim. Ela ia para a cama mais cedo do que o normal na maioria das noites, e isso estava ajudando a amenizar o cansaço.

Maya trabalhou pela manhã, Carina foi buscá-la na estação para levá-la para a radioterapia. Ela também trouxe o almoço para elas dividirem do restaurante favorito de Maya para elas comerem após a sessão de tratamento da bombeira antes que tivessem que voltar aos seus trabalhos.

De volta à estação, Maya não estava se sentindo muito bem, primeiro uma dor no estômago que a princípio ela pensou se tratar de fome, mas seria impossível já que ela havia almoçado. Ela tentou esquecer daquele incômodo e passou a trabalhar na papelada sobre a mesa.

À medida que o dia passava, porém, seu estômago não se acalmava. Na verdade, ela teve que deixar a papelada de lado por um momento. Ela foi até a gaveta da escrivaninha depois disso, tirando um frasco de Imodium que a Dra. Eliza havia recomendado que ela tivesse à mão caso isso começasse a acontecer, tomando um comprimido e esperando que isso acalmasse seu estômago.

Além disso, à medida que a tarde avançava, ela se sentia cada vez mais exausta, lutando apenas para manter os olhos abertos enquanto terminava de encaminhar alguns e-mails para o Chefe do Batalhão. Ela pediu pra chamar Andy até sua sala, e pediu que lhe cobrisse pois não aguentaria mais trabalhar o restante do expediente.

Ela sabia que a radiação poderia deixar as pessoas cansadas, mas ela não imaginava o quanto. Ela se sentou no sofá do seu escritório, pegando o telefone.

Ela pensou em ligar para a esposa, mas decidiu apenas tirar uma soneca no sofá e depois dirigir para casa quando estivesse um pouco mais descansada. Ela desligou o telefone, fechando os olhos e adormecendo quase imediatamente.

Ela não tinha ideia de quanto tempo ela dormiu, mas a próxima coisa que ela sentiu foi uma mão gentil em sua testa.

"O que?" ela disse, abrindo os olhos, encontrando sua esposa parada na frente dela, "Como você está aqui? Você não deveria estar no trabalho?"

"Um passarinho me ligou e me disse que minha esposa cancelou seu expediente antes da hora e que não estava bem", disse Carina, levantando uma sobrancelha, "Por que você não me ligou?"

"Foi a Andy?" Maya perguntou enquanto se sentava, sabendo que a bombeira era a única pra quem falou.

"Sim", disse Carina enquanto Maya se apoiava nela pesadamente, "Você está bem?"

"Meu estômago não está se sentindo muito bem hoje", disse Maya, "Embora eu tenha tomado um pouco de Imodium uma hora atrás, e até que amenizou um pouco, espero que ajude. E eu estou tão cansado. É como se tudo estivesse me atingindo de uma vez."

"Sinto muito meu amor," Carina suspirou, esfregando suas costas, "Você está pronta para ir para casa?"

"Sim", Maya assentiu, "eu ia ligar para você e dizer a você, mas então me sentei e simplesmente não conseguia manter os olhos abertos."

"Bem, deixe-me levá-la para casa e para a cama", disse a italiana, "Você pode dormir o resto do dia, ok?"

Maya assentiu, bocejando um pouco quando Carina se levantou antes de ajudar sua esposa a se levantar também.

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