A dona da máfia

Capítulo 1 - Conhecendo a verdade

Povs Sn

Um mês se passou desde a morte do papá e tudo ainda continua sem cor, sem graça, sem alegria. Ele dava vida pra essa casa enorme que agora mesmo repleta de gente parece ainda mais vazia, ele me fazia rir até mesmo quando estava brava, me lembro das nossas inúmeras brincadeiras quando criança e das piadinhas internas

De longe a nossa brincadeira favorita era esconde-esconde

Me lembro de esconder no enorme armário do corredor, sempre no mesmo lugar mas ele sempre fazia o mesmo mistério longo pra me achar, de dentro do armário conseguia ouvir a risadinha da Sabina atrás da cortina, ela sempre escapava do papá enquanto ele me achava, eu ainda tenho certeza que ele facilitava pra ela - esse pensamento me faz sorrir

Quantas vezes ele deixava de ir trabalhar para ficar brincando comigo e com minhas irmãs e quando crescemos nada mudou, claro não brincávamos mais, mas passávamos horas conversando sobre tudo

Mamãe vivia brava por ele faltar muito ao trabalho, ela sempre dizia que aquele lugar sem o papá virava uma bagunça que depois ele teria que resolver e por consequência ele ficaria sobrecarregado e estressado

Não me lembro de tê-lo visto nenhuma vez assim

Mas sempre que ela ficava brava por esse motivo não demorava muito pois papá dava um jeito de fazer ela ceder com suas palhaçadas, o final era sempre o mesmo, ela acabava cedendo e aos poucos um sorriso ia surgindo nos lábios dela, eu e as meninas gritavamos "vai mamãe" até um sorriso largo se instalar em seus lábios e então o papá a pegava nos braços e a girava por toda a sala

Nour ia correndo com suas pequenas perninhas até o som e a nossa música preferida, corazon partio de Alejandro Sanz tocava enquanto dançávamos por toda a sala

E Agora? Bom agora só me sobraram essas lembranças inúteis e dolorosas

Lágrimas silenciosas escorrem dos meus olhos, elas não podem me ouvir, preciso ser forte por elas

Xxx: Linda? - olho em direção a porta tendo a visão do loiro alto e com melancolia nos olhos

Corro em sua direção e me jogo nos braços do mesmo que me envolve em um abraço apertado, meu porto seguro

Zane: Estou aqui agora linda - ele me aperta mais forte

...

Uma batida forte na porta é ouvida seguida por uma voz que reconheço bem

Alex: Sn, posso entrar? - pergunta o moreno

Sn: Entra Alex - a porta se abre lentamente revelando o moreno com os olhos cobertos com uma de suas mãos

Alex: Está todo mundo vestido né? - ele nos faz rir

Sn: Claro seu idiota - ele ri

Assim que seu olhar caí sobre mim ele suspira pesadamente

Sn: Tudo bem? - ele assente

Alex: Sim mas tem alguém que quer ver você - seu tom é estranho

Sn: Quem? - ele não responde - Tem que ser agora? - ele assente - Tá, já estou in.... Ele me interrompe

Alex: Agora Sn - seu tom é grosseiro e me deixa assustada

Ele nunca levanta a voz é sempre gentil

Zane: Ei, vai com calma cara, tá tudo bem? - ele fala incomodado

Alex: É melhor não se meter, vamos Sn - fico confusa mas me levanto da cama indo em direção ao mesmo, Zane vem atrás