Capítulo 21 - A verdade, sempre cruel

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Povs Sn

Desço do carro e estou prestes a entrar na clínica quando vejo Zane parado na esquina

Oque será que ele está fazendo por aqui? Essa rua é quase deserta, não tem muito o que fazer por aqui a não ser que esteja procurando por uma esteticista

Como se eu não conseguisse me controlar, vou em direção a ele

Sn: Zane? - ele me olha, um misto de confusão e timidez, eu acho

Zane: Sn, oi - ele fala sem jeito

Sn: Faz um tempo já - ele assente - Como você está? - a pergunta é genuína

Zane: Bem, tudo bem eu acho e você? - agora ele parece desconfortável

Sn: Tudo bem - ele sorri

Um silêncio constrangedor se forma

Sn e Zane: Eu ...

Zane: Você primeiro - agradeço

Sn: Eu só queria dizer que eu sinto muito pela forma que a gente terminou, eu estava, acho que ainda estou em uma fase muito confusa na minha vida, não foi justo com você, sinto muito - ele assente

Zane: Obrigada por isso - seu tom é meio indiferente

Oque me deixa um pouco surpresa, eu acho

Ele parece inquieto, como se quisesse sair dessa situação logo

Sn: E a Desirée? Como ela está? - falo como se não conseguisse segurar, acho que foi essa pergunta que me trouxe até aqui

Ele me olha confuso

Zane: Desirée? - assinto

Sn: É, vi vocês no centro outro dia - ele fica ainda mais inquieto

Zane: Vocês se conhecem? - seu olhar cai para algo além de mim, ele fica ainda mais inquieto

Sn: Ela é uma amiga do meu namorado e ... - me viro para olhar oque está causando tanta inquietação nele, ele aproveita meu momento de distração e pressiona um pano contra minha boca e nariz enquanto seu outro braço me prende contra ele

Tento me soltar me debatendo contra ele, mas ele é muito forte e o cheiro do pano começa a tomar conta dos meus sentidos, não tenho tempo de resistir

Minha cabeça começa a girar, sinto minha visão ficar turva e meu corpo ficar fraco

...

Sinto uma dor forte atingir meu rosto me fazendo despertar, sinto imediatamente uma dor de cabeça forte, meus olhos estão pesados, pisco algumas vezes, minha visão ainda está turva, vejo alguém a minha frente

Pisco mais algumas vezes, é uma mulher, outra dor forte atinge meu rosto, sinto minha bochecha sangrar

Xxx: Acorda porra - sua voz está distante

Ouço passos

Xxx: Que merda é essa? - imediatamente reconheço sua voz

Zane

Sinto meus pulsos amarrados à cadeira, meus pés não, mas estou fraca de mais pra levantar

Xxx: Você disse pra acordar ela - seu tom é ansioso

Zane: Não assim, ficou maluca? - ela ri

Xxx: A culpa é sua, você usou muito e agora ela não acorda por nada, além do mais o objetivo aqui não é que ela saia inteira, ou vai me dizer que o corno está com pena dela? - ela ri - Acorda seu idiota

A dona da máfia Onde histórias criam vida. Descubra agora