Capítulo 2 - O peso da verdade

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Povs Sn

Abro os olhos lentamente, minha visão ainda está meio turva então pisco algumas vezes

Agora consigo ver com clareza os rostos preocupados ao meu redor, estou deitada em um sofá

Olho ao redor e ainda estou no escritório, minha mãe segura minha mão enquanto Alex passa um pano gelado em meu rosto

Mãe: Filha você está bem? - assinto para não deixar a mesma preocupada mas confesso que minha cabeça ainda gira

Sn: Quero me sentar - Alex e minha mãe me ajudam

Alex: Tem certeza que está tudo bem? - ele fala preocupado

Sn: Sim, oque exatamente aconteceu? Eu tive uns sonhos muito estranhos, sonhei que vocês queriam que eu acreditasse que meu pai, meu papa era um mafioso, isso não existe - dou uma risada incrédula

A sala permanece em silêncio, olho ao redor, os rostos preocupados e sérios me deixam confusa

Alex: Não foi um sonho Sn - seu tom é sério

Sn: Ah para, vocês querem mesmo que eu acredite nisso - dou outra risada

Raphael: Chega - ele bate na mesa me assustando - Chega dessa palhaçada, não temos tempo pra isso, você já está bem grandinha e eu não vou ficar aqui medindo palavras com você, chega até ser engraçado o fato de você ser a filha mais inteligente dessa família, a mais próxima dele e não ter percebido nada - ele ri

Raphael: Uma construtora - outra risada - Garota, você é capaz de ser a melhor aluna da sua turma de engenharia e não é capaz de perceber uma empresa de fachada? Seu pai nunca falava muito sobre o trabalho, você nunca viu um funcionário, ele falava constantemente que você ia ser a herdeira e você nem nunca viu a empresa, nem sequer uma vez e nunca desconfiou de nada? Ou seu pai era um excelente mentiroso, que eu não duvido ou você é muito mais bu... Inocente do que eu imaginei - ele fala fazendo a raiva subir em mim

Sn: Chega você dessa merda, eu não vou ficar aqui ouvindo você falar isso do meu papa, tem que está muito chapado pra achar que eu vou acreditar nessa merda toda - vou em direção a porta mas um homem alto e moreno entra na minha frente me impedindo

Raphael: Você não vai pra nenhum lugar, agora senta na porra dessa cadeira - ele grita

Me viro pra ele

Sn: Não vou? Quem vai me impedir? Você? - falo em deboche

Alex: Sn não dificulta as coisas - seu tom é calmo

Sn: Dificultar as coisas? Você só pode tá brincando, vocês todos, muito bom o teatrinho mas o meu pai era um homem bom e descente, jamais vou acreditar nessa merda - falo com a voz falha

Raphael: Ninguém está dizendo o contrário - ele me faz rir

Sn: Deixa de ser sínico, vocês querem enfiar essa ideia ridícula de que meu pai é um ... Ele me interrompe

Raphael: Um mafioso, queira você ou não, seu bisavô era, seu avô era e seu pai era, o mais importante, imponente, calculista e que matava a sangue frio, e nada do que você disser vai mudar isso e ele ainda sim era bom porque ele fazia isso pela família - ele me deixa mais brava

Essas palavras me dão um banho de realidade, pela primeira vez no dia

Sn: Eu não me lembro de ter pedido pra ele matar ninguém ou fazer seja lá oque for que ele fazia por mim - grito

Raphael: Mas ele fez e você também vai fazer, e se precisar você vai matar pela sua família, você vai assumir essa porra e pronto - ele é frio

Sn: Não - grito e a raiva se forma em seu rosto

A dona da máfia Onde histórias criam vida. Descubra agora