O caso dos ratos

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Já se passavam das onze da manhã de primeiro de julho e Anninka ainda roncava em sua cama

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Já se passavam das onze da manhã de primeiro de julho e Anninka ainda roncava em sua cama. O cansaço da noite anterior fez a menina dormir durante quase doze horas consecutivas, e ela completaria essas doze horas se algo não a tivessem perturbando fazia alguns minutos.

"Ninka, aqui é o Mike. Na escuta? Câmbio." Michael Wheeler repetiu pela milésima vez não desistindo de chamar a atenção de sua amiga. Queira sua presença para ajudá-lo a resolver seu baita problemão. O sono ainda fortíssimo no corpo da menina contribuiu para que ela entendesse nada do que estava sendo dito, só sabia que alguém a perturbava no que ela achava ser sete da manhã.

Lewandowski coçou seus olhos tentando acostuma-los à realidade, esperou que sua alma voltasse ao corpo e que seu cérebro parasse de identificar o idioma de seu perturbador pessoal como alemão. "Ninka, aqui é o Mike. Na escuta? Câmbio." O mais pálido repetiu não desistindo de uma resposta. A loira revirou seus olhos antes de agarrar brutalmente a máquina infernal e responder a seu amigo.

"Mike, são sete da manhã. Que merda!" Ela foi direta em manifestar sua frustração em supostamente acordar cedo. "O que? Sete mais quatro, você quis dizer, né?" O menino ironizou causando um pequeno choque da parte da menina. "Deu a medonha!" A loira exclamou se sentando em sua cama, depois olhou no relógio de ponteiro e verificou se era mesmo real o que seu amigo dizia.

O relógio marcava onze e trinta e oito da manhã, a garota realmente não imaginou que subir aquele maldito monte fosse a render um coma interminal. "Preciso que você venha aqui em casa. É urgente!" Wheeler falou tudo muito rápido e Anninka quase não entendeu. "E o que tem de tão urgente? Enfiou uma azeitona no nariz de novo?"

Supôs relembrando o acontecido do mês anterior, Wheeler nomeou o acontecido como urgente e emergente pelo simples fato de que já estava chorando de desespero por não ter conseguido tirar de forma alguma. "O quê? Não! A gente combinou que íamos esquecer isso!"

O garoto reclamou inconformado, apenas ele e Anninka sabiam disso, ele decidiu confiar nela por saber que ela seria a única que o ajudaria sem espalhar para o grupo, mas sabia que seria zoado para sempre por ela. "Não dá." A loira riu pondo os pés no chão sem medo, afinal naquela estação do ano era mais fácil a madeira queimar seu pé do que causar nela um choque térmico.

"Tá, mas o que tem de tão urgente?" Ela caminhou com o aparelho até o banheiro e quase fez escândalo pelo susto que levou com sua aparência decadente que viu no reflexo do espelho. "O Hopper me obrigou a mentir para a Onze. Não dá pra explicar por aqui, só vem logo! Vou chamar o Lucas e o Will."

Ditou tudo em uma só respiração e encerrou a comunicação, não dando tempo a sua amiga de questionar algo sobre o que ele quis dizer. "Então tá bom, então, né?" A loira de heterocromia setorial deu de ombros e começou seu processo para melhorar a aparência, não para agradar alguém, mas para não confundi-la com um zumbi ou pertencente de um quarto branco, começando com um banho.

H𝕖ᴛ𝕖ʀᴏᴄʜʀᴏᴍɪᴀᵐᵃˣⁱⁿ𝕖 ᵐᵃʸᶠⁱ𝕖ˡᵈOnde histórias criam vida. Descubra agora