Está na escuta, Suzie?

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Sábado

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Sábado.

Era noite de vinte e nove de junho de 1985. Anninka Lewandowski estava presa em seu quarto. Literalmente!

A porta do seu quarto fora trancada para fora enquanto a loira estava tomando um belo e refrescante banho, isso arte de Ewa Lewandowski. A mais nova das polonesas percebeu a falta de seu pincel de pontas finas, logo deduziu que a autora do sumiço do utensílio fora a sua irmã mais velha, não era tão difícil imaginar que ela tinha feito isso, afinal sua fama condizia com o feito.

"Ewa, abre esta merda desta droga desta porta!" A loira de olhos verdes pediu pela quinquagésima vez enquanto batia freneticamente na porta vermelha de seu quarto, sem resultados. "Eu não vou deixar você sair até me dizer onde está a porcaria do meu pincel!" A loira de olhos castanhos repetiu sua condição novamente.

"Eu já falei que não fui eu, inferno! Abre!" Anninka bateu na porta, dessa vez mais forte. "Eu não acredito em você." Ewa balançou a chave de forma bruta para fazer barulho afim de que sua irmã ouvisse, tendo um resultado. "Ewa, a gente vai se atrasar!" A irmã a lembrou do compromisso marcado com o grupo aquela noite.

"Então me devolve a droga do pincel logo." "Como eu vou te devolver se eu nem tô com ele?" A loira gemeu tentando conter a sua raiva para não arrombar aquela porta por si só, isso a renderia em encrenca com a sua mãe. "A Madonna vai assistir o filme com a gente hoje, acredita?" A loira mais nova ironizou, dando a entender que ainda não acreditava em suas palavras.

"O que tá havendo?" Karol finalmente tomou coragem para sair do quarto depois de escutar a barulhada causada pelos gritos e as batidas. "Essa maluca que você chama de filha me trancou no quarto e não quer abrir!" Anninka dedurou parecendo irritada com o tempo que estava presa lá dentro, o tempo se resumia em mais de meia hora.

"Fiz isso por que ela pegou o meu pincel e não quer me devolver." Ewa devolveu da forma mais neutra possível pensando que estava certa. "Eu não fiz isso, sua desnaturada!" "Isso foi uma autocrítica?" Ewa debochou e Anninka pôs sua língua para fora, mesmo sabendo que ela não veria.

Karol soltou uma leve risada ao entender o mal entendido em que as duas filhas estavam metidas. "Ewa, não foi a sua irmã que pegou o seu pincel." A mulher informou depois de balançar a cabeça em negação. "Eu sabia! Eu..." A menina comemorou sem nem raciocinar o que disse a mais velha, mas depois de o fazer, franziu o cenho. "Não?"

"Não. Você se refere a esse pincel?" A loira mais velha caminhou até o fim do corredor e abriu uma gaveta de um criado-mudo, um lugar meio inusitado para por um móvel mas as mulheres da casa não estavam ligando para moda ou normalidade, de lá ela tirou exatamente o pincel que pôs suas filhas naquela situação.

H𝕖ᴛ𝕖ʀᴏᴄʜʀᴏᴍɪᴀᵐᵃˣⁱⁿ𝕖 ᵐᵃʸᶠⁱ𝕖ˡᵈOnde histórias criam vida. Descubra agora