Capítulo 12

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POV Emma Myers

Fiquei na minha cama assistindo Netflix, o gelo tinha derretido e eu não estava nas condições de descer pra buscar algo, meu corpo ainda doía um pouco pela surra que levei, os arranhões nos meus braços estavam ficando mais evidentes e bem vermelho

Moleques do caralho

Uma raiva surge em mim, raiva dos meninos, como podem bater em mulher? Será que eles pensaram nas mulheres que tem na família deles? Mas ao mesmo tempo raiva de mim, sua idiota, se não tivesse procurado o pior não estaria nessa situação

Tenho que agradecer a Jenna, agradecer de forma adequada, sinto que um simples obrigado não é suficiente

Escuto o portão principal ser aberto, insinuando que meu pai havia chegado, grito por ele para vim até meu quarto

- Emma? - Escuto a voz do meu pai do outro lado da porta e ele bate na mesma pedindo permissão pra eu entrar

- Pode entrar - Falo e continuo deitada na cama

- Minha filha, chegou mais cedo hoje por que? - Ele pergunta

- Não cheguei mais cedo, pai... Eu apanhei - Falo e abaixo a cabeça

- Você o que? - Meu pai diz incrédulo, levanto um pouco minha camisa pra que ele possa ver os hematomas na minha barriga - MEU DEUS, MINHA FILHA QUEM FEZ ISSO?

- Um garoto, mas teve dois que participaram também, um destruiu meu material e o outro ficou de vigia

- EU VOU MATAR ESSES MOLEQUES - Ele se levanta da minha cama totalmente enraivado e sai do meu quarto

- PAI, O QUE VAI FAZER? - Grito na tentativa dele ouvir

- O que eu vou fazer? - Meu pai retorna pro meu quarto e me fita - Eu vou destruir a vida deles e dos pais deles, é isso que eu vou fazer - O mesmo vai em direção ao seu escritório, estava com curiosidade pra saber o que ia fazer, então me levantei com dificuldade e fui até ele, levei uma surra mas não fiquei aleijada

- Pra quem vai ligar? - Digo me escorando na porta do seu escritório

- Pro diretor, quero eles bem longe de você - Ele diz e eu sinto que talvez não seja o certo

- Mas pai... Eu merecia a pisa que levei - Digo e sinto meus olhos lacrimejar

- Como é Emma? Você tá ficando louca? Drogaram você minha filha?

- Pai eu sou uma filha da puta desgraçada, eu fiz bullying com eles e eles se vingaram, eu paguei pelos meus erros - Começo a chorar e meu pai vem em minha direção, apoia os braços em meus ombros e enxuga minhas lágrimas com o polegar do seu dedo

- Filha... Você não é essa coisa que você acabou de dizer - Ele começa a falar - Todos nós erramos Emma, todos nós e a melhor forma de concertar um erro é pedindo desculpas, estou decepcionado com você mas isso não justifica eles te agredirem, além de serem covardes por bater em mulher, uma mulher linda que é a minha filha, minha única filha, eu não vou permitir isso e depois que eu resolver essa situação, vamos conversar melhor, entendido? - Ele diz e eu murmuro um sim

- Eu... Eu vou precisar de um celular novo - Digo e ele me fita - Eles destruíram o meu

- Eles vão comprar outro pra você minha filha

- Pai... não faça os pagar, você tem dinheiro pra comprar os Estados Unidos inteiro

- Tá... Depois eu compro outro pra você, mesmo sabendo que esse não é o certo... Filha eles só tem bateram ou tocaram onde não deveria também?

- Só bateram...

Ele me senta na cadeira e pega seu celular ligando pro diretor da escola

- Alô?... Aqui é o senhor Myers, pai da Emma... Minha filha foi agredida na escola por um indivíduo desgraçado e teve mais dois cúmplices, ela está com machucados por todo o corpo, eu exijo a expulsão dos três agora, IMEDIATAMENTE... Qual o nome deles Emma?

- Eu não sei pai, não falo com eles... Também não sei a turma

- Ela não sabe o nome e nem a turma... AMANHÃ?... POR ACASO ESSA MERDA DE ESCOLA NÃO TEM CÂMERAS?... Tá... Tá bom... Façam algo a respeito a isso, se minha filha voltar pra casa agredida de novo o negócio vai ficar muito feio, MUITO FEIO - Ele grita e depois desliga o telefone

- E então?...

- Amanhã nós vamos na escola pra uma reunião... Enquanto isso vá descansar

- Tá bom... - Me viro pra sair do seu escritório e o mesmo me questiona

- Quem te trouxe pra casa machucada? - Fico paralisada e me viro pra lhe responder

- Eh... Uma amiga

- Naomi?

- Não... Foi outra menina da minha sala

- Ah sim... Então tá certo, vá dormir - Vou em sua em direção e lhe dou um abraço e o mesmo fica surpreso

- Eu sinto sua falta pai - Digo sentido as lágrimas caírem - Você me dava um pouco mais de atenção quando eu era criança

- Filha... Me desculpe por não ser o melhor pai do mundo, mas pra mantermos o que temos eu preciso trabalhar

- Eu entendo... Eu te amo mesmo assim papai

- Eu também te amo minha menina, eu também te amo - Ele diz e dá um beijo na minha testa

Saio do escritório e vou pro meu quarto deitando na minha cama e deixando o tempo passar até cair no sono

[...]

POV Jenna Ortega

Sinto a bosta da luz do sol na minha cara e meu despertador do meu celular tocar, eu não preciso de despertador, mas fui dormi muito tarde ontem e eu acabaria passando da hora por que eu estava morta de cansada

O som irritante do despertador toca uma vez

- Perai... dá um tempinho só... - Digo sonolenta ainda capotada na cama

O despertador toca na segunda vez

- Só um minuto mano... dá um tempo aí... - Digo ainda deitada com os olhos fechados tentando voltar a dormir

Toca a terceira vez

- DÁ UM TEMPO CARALHO - Digo e pego o meu celular tacando do outro lado do quarto, escuto o barulho alto que se fez assim que meu celular entrou em contato com o chão, me levanto emburrada e pego mesmo vendo que a película rachou inteira - Eu falei pra dá um tempo, não me escutou por que não quis - Jogo o mesmo na minha cama e vou em direção ao banheiro escovar os dentes e me arrumar pra escola

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É isso galerinha, até amanhã

Espero que tenham gostado, não sou uma William Shakespeare mas tá aí, Tmj :)

Me apaixonei por uma babaca - Jenna Ortega E Emma Myers Onde histórias criam vida. Descubra agora