Capítulo 11

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POV Jenna Ortega

Olhava pras minhas mãos e pro seu relógio na parede e nada dessa menina terminar o banho, vai dormir na banheira caralho?

Bato meus pé freneticamente e fico pensando no próximo passo, vesti ela, oh meu Deus essa cena não vai sair da minha cabeça nem tão cedo

- Terminei! - Ela grita do banheiro, finalmente, vou até o mesmo e esvazio a banheira, meu cérebro por um estante deu tela azul porém me contive, pego e dou uma toalha a ela e a mesma enrola ao redor do corpo, pego ela no colo e levo até a cama, já falei que essa menina é pesada?

- Obrigada - Ela diz tímida

- Tá suave... Essas são as roupas - Agradeci mentalmente por ela pegar as roupas e se vestir sozinha

- Valeu mesmo por tudo que está fazendo por mim Jenna... Eu me sinto tão idiota - "Eh você não pensou em fazer nada pra mim quando faziam isso comigo né" pensei

- Idiota você é, só não percebeu ainda

- Obrigada pelo elogio - Ela fala e sinto ironia em sua frase

- Bom... Eu já vou - Digo me levantando

- Espera... E o gelo e a pomada?

- Como é meu anjo?... Quer café na cama também senhorita?

- Você falou que ia me ajudar - Que saco

- Caralho, quanta exigência... Vou buscar a bosta do gelo - Digo e saio do quarto indo em direção a cozinha com a cara mais emburrada de todas, abro o congelador, tiro cubinhos de gelos e coloco numa sacolinha, subo as escadas novamente - Olha aqui

- A pomada está naquela gaveta - Ela fala e aponta pra mesinha que tinha em seu quarto, pego a mesma e começo a passar em seus hematomas massageando, em que ponto cheguei - Não sabia que era tão boa de luta

- Tive que aprender a me defender de pessoas da sua espécie

- Não fala isso - Ela diz e abaixa a cabeça - Eu pensei que a gente poderia se dar bem

- Tirou essa teoria do rabo

- Não... Tirei essa teoria no momento que eu fui na sua casa, vi você cantar, vi você se enturmar comigo e do nada você ficou grossa e impossível

- Eu tinha esquecido das maldades que fez comigo, principalmente quando você retornou a escola...

- O que? - Ela diz confusa

- Você... Estudou comigo no 4 ano e depois saio da escola, anos depois voltou diferente

- Eu era criança Jenna - Ela fala cabisbaixa

- Então você ainda é criança, por que não se desenvolveu, parou na 4 série né?

- Eu sei que errei... E não, eu não sou criança, sou infantil... Eu nunca fui bem recepcionada em casa, meus pais nunca ligaram muito pra mim, não fazem questão de ligar até hoje, na maioria da vezes fico irritada e desconto nos outros e desculpa tá? Eu sei o quanto isso é babaca, não preciso de ninguém me lembrando

- Eu não ligo pras merdas dos seus problemas... - Falo e ela me interrompe

- Eu faria de tudo pra ter uma mãe como a sua... Sei que não estou muito na condição de pedi algo pra você... Mas poderia cuidar bem da sua mãe? Ela parece ser tão gentil e legal

- Tanto faz

- Vai se vingar de mim também?

- Não, a surra que você levou já foi o suficiente... Agora por que não se afasta dos idiotas dos seus amigos? Não vê que eles fazem mal pra você?

- Eles são meus únicos amigos e ainda são amigos de infância, sem eles não sou nada

- Tem a escola toda aos seus pés, tem vários amigos espalhados por lá

- Não... não tenho, sabe o que eu tenho? Vários interesseiros em meus pés

- Infelizmente posso fazer nada, cada um com seus problemas

- Bem que a gente poderia se acertar né?

- Não... Isso é algum tipo de teste psicológico?

- Não Jenna

- Ah... Não podemos nos acertar... Você... Você me machucou demais... Eu estava tão bem, se não fosse aquela bosta de festa nada disso estaria acontecendo... Você abriu uma ferida que estava quase cicatrizada

- Me desculpa...

- Eu já vou... - Digo e me levanto vou em direção a porta e a mesma fala

- Ei! Preciso avisar aos meus pais que estou aqui, eles meio que quebraram meu celular - Ela diz e eu fecho a porta

- Se vira - Grito já do lado de fora e saio pela porta principal, terei que chamar um Uber

[...]

Decidir ir pra casa, não ia adiantar mais nada ir pra escola, já perdi metade das aulas mesmo

Abro a porta e não tinha ninguém no andar de baixo, mas posso ouvir a voz da minha mãe no andar de cima, provavelmente dando aula no EAD

Vou pro meu quarto e jogo minha bolsa na cama me sentindo frustada, pego maconha na minha gaveta, enrolo a mesma num pedaço de papel apropriado e acendi um esqueiro

- Que saudades eu tava de você minha ervinha - Digo dando uma tragada e soltando tudo pelo nariz, sento no chão encostada na cama e na minha cabeça passa um backup de tudo que havia acontecido hoje

Emma... Nua

Pensamentos impuros passam pela minha cabeça, por que justo ela, tantas pessoas pra eu me atrair

As curvas do seu corpo... Seu pescoço... Sua boca

Puta que pariu, com tão pouco sinto meu corpo ficar em chamas... A maconha não tá fazendo o efeito de me relaxar, e eu também não tô me ajudando pensando na Emma, que saco

Sinto minha intimidade pulsar, imediatamente fico corada

- Não se atreva - Digo pra mim mesma - Não... Pare de piscar caralho, virou luzes de natal agora? - Não adianta, minha intimidade continua a piscar

Pensa na vó
Pensa na vó
Pensa na vó

Escuto batidas na porta, caralho que susto

- Jenna? - Escuto vozes da minha mãe do outro lado da porta

- O que é?

- Matou aula de novo? - Por que as pessoas insistem em fazer perguntas tão imbecis?

- Não, vai lá na escola vê se estou lá - Digo e posso ver por de baixo da porta que ela se retirou

"Poderia cuidar bem da sua mãe? Ela parece ser tão gentil e legal"

A voz de Emma se fez presente na minha cabeça, merda

Sou orgulhosa demais pra pedir desculpas

[...]

As horas de passam e eu fico jogando videogame, eu sou o tipo de adolescente que não precisa de muito pra ficar relaxada, meu celular por exemplo é inútil

Não faço ligações pra ninguém e também não tenho amigos, então não tenho com quem conversar, os únicos três "amigos" que eu fiz, fizeram aquela merda com a Emma, que maravilha

Eu lá no fundo tinha colocado espectativas neles, estão tão ferrados... Bateram na aluna de um dos empresários mais ricos dos Estados Unidos

No mínimo suspensos

E eu? Provavelmente advertência, por ter quebrado o braço do Nick e ter feito o nariz de Hunter sangrar, mas uma pra coleção

Ambos mereceram uma surra, as vezes a vida precisa dar um empurram, pra ver se esses acéfalos crescem, mas enfim

Abro meu frigobar e vejo que tem uma cerveja e um saco de batatinhas, esse será minha janta, tô sem nenhuma vontade de descer

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Mas um capítulo pra vcs, espero que estejam curtindo :)



Me apaixonei por uma babaca - Jenna Ortega E Emma Myers Onde histórias criam vida. Descubra agora