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MERCURY

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MERCURY

The night i met you.


ㅡ Já não mandei você cair fora, caralho?

Gritou com uma das garotas que trabalhavam ali, chamando a atenção de alguns na rua e principalmente Mercury.

A garota parecia muito assustada com o tipo de coisas que aconteciam ali, ele percebeu isso desde a chegada da garota ao local. Levantou da cadeira andando preguiçosamente até o bar onde a garota estava sentada.

Os ombros encolhidos e a mão agarrada a um copo de água a faziam parecer um coelhinho assustado em uma selva cercada de tigres e animais ferozes prontos para ataca-la a qualquer instante e mesmo que ninguém ali fosse realmente capaz disso, pelo menos o garoto queria ter a certeza de que não, ela agia como se estivesse sozinha em uma floresta escura, sendo observada por lobos que uivam avisando que aquela noite, teriam um banquete fenomenal.

ㅡ A sorte é que você não é forte suficiente para quebrar um copo de vidro. ㅡ a voz do garoto a fez respirar fundo e encara-lo com curiosidade, contraiu sua mandíbula ao ter os olhos cinzentos da garota sob si. ㅡ Agora entendi o porquê do Mercury..

ㅡ Não entendo o porquê do snake. ㅡ brincou com o canudinho verde água.

A risada e o sorriso do garoto fizeram-na sorrir também, uma risada gostosa que a fez sorrir involuntariamente. O garoto cobriu a boca com suas mãos acanhado e a medida que ia rindo, seus olhinhos fechavam.

Cobras podem ser belas e ao mesmo tempo, perigosas.ㅡ se sentou no branco girante e girou, ficando de frente para a garota.

Os joelhos se chocaram, dando uma agonia estranha em ambos. Desviando os olhos, Mercúrio bebeu um pouco da água com gás, sentindo o gosto amargo da água, detestava aquilo.

ㅡ O que a garota da coreia faz aqui e sozinha? ㅡ colocou uma mão apoiando seu queixo e manteve o olhar curioso sobre a acinzentada.

Poderia jurar ver a garota olhar em volta com medo e preocupação antes de olhar para o garoto e respirar fundo. Que estranho. Ela parecia realmente solitária e ele apenas queria saber o que uma garota como aquela fazia ali, em um local como aquele. Não era apenas um subúrbio qualquer, mas sim um dos subúrbios mais perigosos de Seul.

A taxa de criminalidade era alta suficiente para ninguém em sã consciência querer frequentar aquele local, não se não conhecesse alguém ali.

Ele estava acompanhado de seu amigo próximo, o que o deixava mais tranquilo, já que ele estava conhecido ali e evitariam mexer com ele. Mas não entendia o porquê de estar sozinha e assustada, não era a primeira vez que ele a via frequentar o bairro.

É uma ótima pergunta.

ㅡ Bom, uma celebridade não costuma frequentar esse tipo de local. Apenas aquelas que nasceram em um lugar como esse. ㅡ observou as pessoas que se divertiam com uma boa música e bebidas fortes.

A rua estava fechada dos dois lados, nenhum carro entrava ou saia e a música alta suficiente para duas festas, estourava diante dos ouvidos de homens e mulheres bêbados.

ㅡ O que não é o seu caso. ㅡ ela imitou a voz do garoto desanimada e ele sorriu.

ㅡ Mas é verdade, snake. ㅡ tirando um pirulito de seu moletom, ele tirou a embalagem e antes de colocar na boca, apontou para a garota, recebendo um não. ㅡ Até onde eu sei, a famosa dançarina aí, veio de berço de ouro.

ㅡ Me deixe adivinhar.. você é um garoto da vivência que detesta pessoas que nascem privilegiadas.

De fato era.

Ele estava sozinho. Seus pais estavam a sete palmos do chão e ele sete a cima. Morava sozinho em um prédio barato na região e trabalhava como hacker. Era um profissional, pelo menos era o que os ricos que o procuravam para dar golpe em seus irmãos, famílias e empresas diziam. Podia acabar com vidas apenas acessando e-mails pessoais e coisas do tipo. Além das provas que tinha contra seus clientes, caso necessário. Nunca se sabia se podia confiar em algum deles, o certo era não confiar e mesmo confiando, iria ter uma carta surpresa para usar. A polícia estava de cabelos em pé à procura do moleque, mas ele sempre dava um jeito de sumir pelo mapa.

Se não fosse por um de seus amigos, Vante, estaria atrás das grades.

Favores são excepcionais nestes momentos. Era o seu dilema.

ㅡ Já lidei com pessoas como você e acredite, não foi uma experiência agradável. ㅡ sussurrou para a garota.

A risada gostosa da garota o fez espremer os olhos e mostrar suas gengivas novamente, por algum motivo se sentiu bem com ela e esse sentimento era recíproco.

ㅡ E está aqui, senhor..?

ㅡ Tenho vinte e cinco anos, não sou um senhor.

ㅡ Ah claro, foi mal ai, oppa. ㅡ zombou, bebendo um pouco da água.

Revirou os olhos, tomando o copo da garota e entornando a água nojenta no chão. ㅡ Você detesta isso, por que não pediu o seu favorito? ㅡ chamou um dos atendentes, que fazia trabalho extra. ㅡ Me traz dois copos de gin com energético de melancia, Choi Yeonjun.

ㅡ É pra já. ㅡ o atendente disse hipnotizado na garota que sequer percebeu.

O garoto balançou a cabeça rindo de Yeonjun e voltou a olhar para a garota. Uma feição confusa dominava o rosto bonito dela e ele se sentou mais próximo, chocando os joelhos novamente.

ㅡ Como sabe que eu gosto disso? Que eu saiba, nunca falei para ninguém.

Ele quis rir. Era impossível ele não saber de algo sobre alguém.

ㅡ Coisas da vida, snake. E o meu nome é Park Jimin.

MERCURY [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora