Capítulo 1 - O prazer Oculto

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"Ela tinha um prazer especial em ficar de joelhos na minha frente. Abria seu sorriso mais devasso quando via o meu pau duro, doida para pôr ele na boca. Sempre brinquei com ela a chamando de puta, mas não existia palavra chula o bastante para descrever aquela mulher quando tinha o meu pau na boca. O meu caralho era mamado com um desejo intenso, como se fosse a última das frutas. Pedia para eu esfregar ele em seu rosto e, por último, gozar na sua cara. Até gostava de engolir, mas não se sentia devassa o bastante se não tivesse o rosto inteiramente melado."

Na última semana de trabalho do ano, quando Denise já não pensava mais em trabalho e só tinha cabeça para o amigo oculto da empresa, apareceu em sua mesa um "presente" inesperado. Um caderno. Perguntou para os colegas em volta sobre o dono e ninguém soube responder. Sua primeira reação foi ignorar, mas ao longo do dia e com as poucas tarefas a executar, se permitiu uma espiadela. Seus olhos arregalaram logo nas primeiras frases, descrevendo uma cena de sexo oral carregada de submissão feminina. Ficou chocada ao saber haver algum escritor erótico entre seus colegas de escritório, e um bem ruim na opinião dela. Acostumada a best-sellers eróticos, não via valor algum em uma cena escrita de forma tão crua. Aquilo jamais a excitaria, pelo contrário, lhe causou repulsa ler uma mulher retratada daquela forma.

Ficou se perguntando quem seria o autor daqueles rascunhos. Pensou em todos os homens da empresa lembráveis no momento. Focou naqueles mais afoitos, pois provavelmente o autor seria um machista assediador, e fez sua lista de suspeitos. Seja quem fosse, seria um homem a vigiar de perto, pois não se sabe lá como ele se comporta com as demais mulheres na empresa. Como provas, fotografou algumas páginas e passou o resto do dia matutando sobre quem seria o responsável por aqueles textos chulos. Naquele momento, já não pensava em trabalho e nem no seu amigo oculto.

A noite, em casa, teve a ideia de pesquisa alguns dos trechos fotografados na internet. No meio de um extenso ecossistema de sites de contos eróticos, Denise encontrou o mesmo texto rascunhado no caderno. A partir dele, procurou os demais do mesmo pseudônimo. A infinidade de textos encontrada a assustou. Provavelmente aquele homem não fizesse outra coisa da vida a não ser escrever histórias com mulheres submissas e cenas de sexo brutas. Para ela, só um homem doente se dedicaria tanto a escrever aquelas obscenidades. Indignada, criou uma conta falsa de e-mail para se comunicar com ele e procurou conhecê-lo. Fingiu ser uma fã, procurando saber mais de seu "autor favorito".

Antes de dormir, seu e-mail foi respondido. Para sua surpresa, foi um agradecimento respeitoso. Denise percebeu nele a vontade em conversar e decidiu provocá-lo. Quis perguntar sobre seu processo de criação e de onde vinham as inspirações para a sua escrita. Leu dele sobre sua inspiração vir de fantasias suas e de seus leitores. Perguntou a Denise se ela teria uma fantasia própria e se ele poderia escrever um conto a respeito. A resposta dela foi um "talvez", com a intenção de deixar ele interessado. Planejava ter ele revelando segredos próprios e quando descobrisse o dono do caderno decidiria o que fazer. Ele pediu uma foto e ela alegou vergonha, mas ao ouvir um pedido de descrição, respondeu.

Denise era uma mulher bem resolvida. Vivia sozinha por escolha, geralmente por não ter paciência com os homens que a cercam. Seu gênio forte a ajudou a superar as diversas dificuldades impostas na sua carreira, sendo a principal delas, o machismo. Sempre brigou por espaço em cada empresa que trabalhou e comprou muitas brigas, principalmente quando se percebia subestimada. Isso lhe rendeu muitas promoções e algumas demissões. Os cabelos loiros, longos e ondulados combinavam com a pele branca e os olhos verdes criavam uma estética angelical, em uma mulher capaz de virar o demônio, seja na vida profissional, seja entre quatro paredes. Suas curvas eram tão desejadas quando sua personalidade, evitada. Para o autor ela fez questão de e como "uma mulher forte, decidida e muito segura de si. Linda e competente". Fez questão de não alongar mais a conversa, despedindo-se de seu autor e indo dormir.

O Departamento de Fantasias SecretasOnde histórias criam vida. Descubra agora