Na sala oculta:
— Eu achava que o Roberto era o dono de um harém, mas pelo visto a Amanda é quem manda nesse puteiro.
Amanda, Sandra e Rebeca gargalham.
— Vou deixar o Roberto se aproveitar disso sozinho? Claro que não.
— A Amanda é tudo de bom, viu? Eu estava doida para pegar essa ruiva gostosa.
Sandra e Rebeca se beijam.
— Então, foi assim que a Rebeca entrou?
— Quase, eu ainda não sabia do Roberto.
Quando Rebeca saiu do banheiro, após o sexo com as novas amigas, se lembrou da presença de Roberto no outro banheiro. Sentiu-se terrivelmente constrangida ao ver ele esperar por elas no lado de fora, pois achava impossível ele não ter ouvido os gemidos de todas elas. Sandra e Amanda se comportavam com um naturalidade assustadora na frente dele, como se fossem íntimos. Refletindo a respeito, Rebeca duvidou que ele fosse tão íntimo assim, sendo tão calado, cogitando a possibilidade dos sons não saírem daquele banheiro em hipótese alguma. Escolheu acreditar a hipótese mais confortável.
Trabalhou pela manhã normalmente e no almoço pediu para acompanhar Sandra.
— A Amanda não vai com a gente?
— Ela vai com o Roberto, além dos exercícios a médica mandou ele melhorar a alimentação. Daí ela vigia ele de perto.
— Eles são próximo, não é?
— Estão namorando.
— Sério? Meu Deus... será que ele ouviu a gente?
Rebeca olhava para Sandra com os olhos arregalados e uma expressão cheia de culpa.
— Não se preocupa, não deve ter ouvido nada.
— E o que a gente fez?
Sandra então se deu conta de sua noa amiga não estar sabendo de tudo.
— Não tem problema, eles tem um relacionamento aberto, sabe como é?
— Sei mas— Rebeca faz uma pausa, pensativa — A Amanda, eu entendo, mas quem mais ia querer sair com aquele rapaz?
Sandra riu.
— A vida é cheia de surpresas, meu amor. Vamos almoçar.
As duas foram de mãos dadas para um restaurante próximo. Almoçaram trocando olhares e sorrisos e algumas confidências. Foi o suficiente para Rebeca expor sua curiosidade.
— Eu te ouvi falando do seu "namorado".
Sandra faz uma expressão de estranhamento por um tempo até entender a referência.
— Ahh sim! Ando lendo textos eróticos. Descobri um autor com uns textos maravilhosos. Daí brinco falando que ele é meu namorado.
— Pensei ser sério.
— Bom, ele me faz gozar melhor do que qualquer homem que já conheci. Só escrevendo.
— Eu sei, eu comecei a ler ele também.
— Mentira!
— Sim, te ouvi falando outro dia e fiquei curiosa. Comecei a ler e não consegui parar mais.
— Que delícia. A gente podia ler um texto dele juntas.
Sandra abre um sorriso malicioso.
— Eu quero!
— A gente vai fazer. Enquanto isso, sugiro que mande um e-mail para ele.
— Ele responde?
— Oh, se responde! Preciso trocar de calcinha sempre que converso com ele.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Departamento de Fantasias Secretas
KurzgeschichtenPROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS. Denise descobre que seu pacato funcionário possui um caderno cheio de anotações eróticas. Ao dar vazão à sua curiosidade, se vê inundada de novas fantasias, com algumas incluindo o autor.