Epílogo - Visita médica

1.5K 14 2
                                    

No elevador, ela se olhava no espelho enquanto retocava o batom vermelho nos lábios. Ajeitava o vestido amarelo, justo no corpo, puxando — o para baixo. Raramente usava aquela roupa e estava pouco acostumada a deixar suas coxas tão expostas. Apertou os seios fartos entre si, deixando-os ainda mais evidentes no generoso decote. Se olhava procurando um motivo racional para o que estava fazendo ali. Não havia.

Fora semanas lendo aqueles textos e despertando fantasias sexuais até então impensadas. De tanto desejo despertado, se imaginou retribuindo. De tanto imaginar, queria ser uma daquelas mulheres provocantes, capazes de desnortear os homens. Sabia de sua beleza, mas nunca se comportou como uma mulher fatal.

O coração acelerava pelo nervosismo e o medo de como seria recebida, a seguravam. Era o formigamento crescente entre as pernas o responsável por incentivá-la naquela visita insensata.

Roberto acabara de acordar quando o interfone o chamou. Apesar de não entender por que aquela pessoa estaria ali, não tinha motivos para recusar. Vestiu uma camisa para ficar um pouco mais apresentável enquanto olhava para o interior do seu quarto. Achou melhor fechar a porta. Aguardou, pensando numa possível bronca pelo tempo sem se verem e no olhar sério dela, julgando-o constantemente.

Ao abrir a porta, o olhar de Roberto percorreu todas as curvas de íris. As coxas grossas, bem exibidas pelo vestido curto, o quadril largo, apertado pelo fino tecido. Subiu até os seios, fartos, redondos, expostos no decote até chegar aos seus olhos azuis. Pela primeira vez sua doutora o olhava com um sorriso simpático no rosto. Não parecia a médica séria do consultório.

— Estava passando por aqui e pensei em ver como estava — disse Íris com sua melhor desculpa.

Roberto, boquiaberto, levou um tempo até convidá-la para entrar. A doutora tinha um sorriso vitorioso, percebendo o efeito do seu visual enquanto se dirigia para se sentar no sofá.

— Você não voltou no consultório, o que aconteceu?

— Eu estava pensando em voltar.

Íris sorriu.

— Estava mesmo ou você está dizendo isso porque tem medo de mim?

— Eu? Medo de você?

Íris suspirou.

— Sei do meu jeito. Intimido as pessoas, principalmente pacientes. Não sei se é pelo fato de eu ser mulher ou por não sorrir muito.

— Provavelmente os dois.

Íris exibe um raro e aberto sorriso.

— No consultório é melhor assim, pois é um jeito de controlar a consulta. Não se preocupe, não estou no consultório.

Roberto respira fundo ironicamente.

— Percebo você bem leve também. Lembro quando me disse sentir mais à vontade em uma sala. É essa aqui?

— Não, era uma sala no meu trabalho. Na verdade, eu já me sinto bem melhor e não tenho mais aquela dependência.

— Que ótimo saber disso. Então não preciso ir até a tal sala oculta para te conhecer melhor?

— Pode me conhecer quando e onde quiser.

Roberto não sabia se olhava para as grossas pernas cruzadas, o decote ou os incríveis olhos azuis de Íris. A provocação da doutora junto às formas deliciosas fizeram brotar a ereção entre suas pernas.

— Vejo que melhorar a qualidade de vida teve efeito para você.

Os lábios vermelhos, carnudos, atraíam Roberto para um beijo quando a porta do quarto se abriu.

O Departamento de Fantasias SecretasOnde histórias criam vida. Descubra agora