𝐂𝐀𝐏𝐇𝐓𝐄𝐑 𝐎𝐍𝐄- 𝐏𝐈𝐋𝐎𝐓𝐎

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NY-11h da noite
TW: depressão, suicídio

-Mike Wheeler

Hoje é o grande dia, chegou o dia em que finalmente tomei coragem para desistir de tudo oque eu ja "conquistei". -se é que eu ja conquistei alguma coisa - La estava eu, na cobertura do meu prédio, me preparando pra você sabe oque. Naquele momento era eu, os pombos e a grande cidade de Nova York e que por apenas um passo meu, ficaria apenas a cidade e os pombos.

Depois de eu ja ter feito minha decisão, que seria colocar o ponto final na minha história, uma história sem amigos, sem felicidade, com pais horríveis -em troca tenho irmãs maravilhosas- ,sinceramente eu diria que foram 17 anos jogados fora "Se Deus é um ser tão justo como dizem, ele não teria me feito tão triste." Era a única coisa que passava na minha cabeça antes de eu respirar fundo e com um rosto cheio de lágrimas dar o último passo de minha vida.

Eu me sentia voando, caindo "caindo no abismo infinito" bom, era um prédio de 20 andares, não tinha oque se esperar-  até que de repente, me sinto parado, como se algo tivesse me salvado.

Rezando para que eu estivesse em outro lugar, abro meus olhos, ainda cheios de lágrimas, com certa dificuldade eu vi que estava nos braços de alguém, alguém com uma roupa amarela e azul, com uma aranha bem no meio da roupa, eu estava no colo de um menino não tao musculoso, acho que um pouco menor que eu e que se segurava uma espécie de teia de aranha -isso explica a aranha na roupa- o garoto  usava máscara, mas eu criei a expectativa dele pelo menos ser bonito "eu provavelmente ja morri e esse anjo tá me levando pro céu, não é possível" eu pensei admirando o menino e juntando algumas peças, eu me notei que eu tava no colo de um total desconhecido na posição de noiva e a única coisa que podia me deixar vivo era uma linha branca mais fina que agulha, ou seja, eu provavelmente morreria -não sei se agradeço ou choro- de início eu pensei em me soltar dos braços do carinha, mas ai eu que era confortável ficar ali e eu me senti bem depois de muito tempo -mesmo sendo um completo desconhecido-.

Quando eu menos esperava eu estava no chão, e o garoto misterioso estava do meu lado, e eu obviamente não hesitei perguntar -eu nem sabia quando eu ia ver ele novamente.-

Quem é você? Perguntei direto e o menino me olhou aparentemente surpreso, o problema é que não tinha como ver nada por trás da máscara.

Passou alguns segundos e eu percebi que o garoto demorou pra responder, ele estava meio que gaguejando e aposto que por baixo da máscara estava vermelho.

Não enche —O menino respondeu rápido e ignorante, com uma voz tímida e ele até gaguejou de novo. E então ele rapidamente saiu "voando"

"Mas que menino metido, só porque ele voa se acha o tal! Ai mas que vontade de esmurrar ele. Sinceramente, era melhor eu ter me jogado do colo daquele ignorante" Eu pensei enquanto também saia do local, por sorte ninguém viu -eu acho- então eu me pouparia de ter que responder perguntas e dar satisfações pra alguém.

[Q.D.T]

E la estava eu, me virando de um lado para o outro na cama "quem será o tal ignorante que me salvou e por que ele me salvou?" Era essa a pergunta e várias outras que se passavam a minha cabeça, todas relacionadas ao Garoto aranha -eu decidi chamar ele assim, ja que ele aparentava ter aproximadamente a minha idade, então ele não era homem e sim garoto "eu só queria morrer e o cara foi la e me salvou, pode nem morrer em paz, e além do mais foi ignorante" eu pensei ainda revoltado olhando pro teto do meu quarto e tentando focar na música que tocava e não na briga dos meus pais.

De repente a briga para e escuto algo bater na minha janela, me assusto e fico um tanto em dúvida entre sair ou ficar total coberto tremendo de medo. Então escuto outra batida, e me tremo de medo novamente, e então eu junto toda minha coragem e me levantei junto com um caderno qualquer que estava ao lado da minha escrivaninha pra tentar usar como arma.

Me levantei da cama e fui em direção a janela com bastante cuidado -tenho que admitir que tava cagado de medo só na primeira batida- quando eu chego perto da janela eu abro a cortina e me deparo com o tal garoto aranha de hoje mais cedo, só que dessa vez acenando pra mim. Eu respirei fundo por ser só esse idiota e não um fantasma ou uma mulher com um facão, ou ate mesmo uma pessoa com a fantasia de pânico e inúmeras outras coisa assustadoras. Eu abri a janela e o menino entrou no meu quarto -abusado, eu diria- mas pelo menos dessa vez ele se esforçou pra ser simpático... eu acho.
O menino parecia nervoso, e gaguejava mais doque hoje de manhã.

Err... ahm, Oi? —O menino aranha disse, meio perdido nas suas próprias palavras e com a respiração um tanto errada.

Na hora eu tive uma ideia brilhante de devolver na mesma moeda, eu não sou do tipo que deixa fácil pra gente mal educada.

Não enche. eu disse indo em direção a minha cama e dando um dedo do meio ao garoto.

Eu... ah desculpa por hoje mais cedo, não to acostumado com... você sabe.. er.... Pessoas e toque físico.... Entende? —O garoto disse gaguejando mais ainda, bom, pelo menos mais doque o "normal".

Hum.... Ta, mas vai ter que me responder algumas perguntas antes.eu falei curioso

Continua?

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