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Enid POV

Hoje assim que acordei me arrumei para ir até a Comic-Con representar a Editora, coloquei uma camiseta preta dos X-Men’s, uma calça preta e meus coturnos, caprichei na maquiagem também já que meu chefe disse que o pessoal vai querer tirar foto comigo, vai ser um pouco diferente ir até a Comic-Con sem ser de cosplay.

Assim que levantei, Wednesday não estava na cama, aposto que já estava com Wendy, as duas são acostumadas a tomar café juntas todo dia quando vou para faculdade. Assim que desci vi Wed dando iogurte para a nossa filha.

— Wow… nossa, mais que gata! – Diz minha esposa

— Claro, hoje tive que caprichar. –bDisse dando uma volta.

— Mamãe tá linda, né Wendy? – Wed pergunta a nossa filha que balbucia alguma coisa concordando com a cabeça.

— Obrigada amor. - Agradeço a minha esposa.

— Me dá um beijo. – Pede ela fazendo bico.

— Vou te sujar de batom Wed.

— Não tem problema.

Abraço Wednesday juntando nossos lábios e lhe dou beijo intenso, o sabor de seu beijo é sempre tão gostoso e relaxante. Afasto nossos lábios e limpo os da minha esposa que está todo sujo de batom e ela me lança um olhar apaixonado. Meu Deus, como eu amo essa mulher.

Tomamos nós 3 o café e assim que dá o horário me preparo para sair.

— Amor…- A encaro séria. – Não esquece de ir a Comic–Con ouviu bem, deixei o ingresso em cima da mesa do seu escritório. Eu sei muito bem como você pode se esquecer da vida quando está no seu "QG"

—Pode ficar tranquila eu não vou esquecer.

— Acho bom mesmo, ou você já sabe o que vai acontecer! -bA ameaço.

— Um mês sem…- Ela limpa a garganta. –…fazer amor. – Diz ela disfarçando para Wendy não ouvir, apesar de ela ainda ser um bebê.

— Que bom que lembra. – A beijo antes de sair.

Wednesday POV

— Eu vou LEMBRAAAR! – Grito para Enid depois que ela sai de casa.

— Sua mamãe acha que eu sou esquecida Wendy, só porque eu perco um pouquinho a noção das horas quando estou criando o meu jogo. – Digo para minha filha enquanto a carrego até seu quarto e brinco um pouco com ela.

— Mas por via das dúvidas vou colocar um alarme no meu celular pra me lembrar , não é? – Minha filha sorri pra mim e eu acho que ela está concordando comigo.

— Vou pegar a sua roupinha pra te levar ao melhor evento da sua vida. – Digo a ela abrindo seu armário. - Acredite, sua mamãe aqui já foi várias vezes e é um dos lugares mais legais do mundo.

Desço com a roupinha de unicórnio que eu comprei pra minha filha ir a Comic-Con, tenho certeza que Wendy vai ficar muito fofa nela e linda também, aposto que Enid vai adorar. Entro no QG pendurando a roupa lá, e deixo minha filha junto de seus brinquedos e resolvo adiantar algumas coisas no computador, Enid havia pendurado a credencial na tela do meu PC pra ter certeza de que eu me lembrasse do evento.

Assim que da a hora do almoço faço a a papinha do meu bebê e depois da sujeira que eu fiz tentando alimentá-la, decido dar um banho nela e arrumá-la, minha esposa já me mandou 3 mensagens para eu não esquecer e eu respondi que sua mulher e sua filha já estão se arrumando para ir.

Visto o macacãozinho azul bebê em minha filha e depois coloco o capuz de unicórnio em sua cabeça que era azul também com detalhes em rosa.

— Você ficou linda minha filha! – Disse beijando seu pescocinho e ela gargalha. – Aposto que sua mamãe vai adorar.

— Ba! – Murmura Wendy… ultimamente toda vez que falo mamãe ela fala "ba".

Essa era primeira vez que não iria de cosplay a Comic-Con, até porque nesses eventos eu gosto de ir com a roupa muito bem personalizada, e como dessa vez eu fui pega de surpresa com as credenciais, não deu muito tempo de fazer uma coisa legal, mas também eu iria lá com outro propósito, pra falar a verdade com outros dois propósitos, primeiro e mais importante, prestigiar a minha esposa obviamente, segundo para mostrar a minha "invenção".

Termino de me arrumar e vou com o carro de Enid, minha esposa tinha ido de táxi, pois Wendy precisaria da cadeirinha.

Ao chegar lá, já fico impressionada ao perceber que esta Comic-Con é uma das maiores em que eu já fui, afinal de contas ficava no meio do Vale do Silício, a maior concentração de tecnologia e geeks do mundo.

Entro na fila com Wendy em meu colo e mostro a minha credencial para o segurança, quando a gente iria passar, ele me barra.

— Algum problema, senhor?

— Não, é que sua credencial é para a área vip dos quadrinistas, a área vip é naquele corredor exclusivo ali.

— Ah obrigado. – Disse agradecendo.

— Parece que a gente se deu bem Wendy, agora só precisamos achar sua mamãe.

— Ba! – Fala ela.

— É…a ba!!!

Entro e já fico maravilhada com tudo, não tem jeito, toda vez que eu vir a Comic-Con terei a mesma reação de sempre.

— Ahhhh mas que bebê unicórnio lindo! – Diz alguns adolescentes próximo a mim.

— A gente pode tirar uma foto com vocês?! – Perguntam empolgados.

— Ah claro. – Me posiciono e tiramos a foto com eles.

— Sua filha é linda. – Dizem um dos adolescentes antes de ir embora.

— Obrigada, divirtam-se na Comic-Con! – Desejo a todos e me lembro dá época, não muito distante, em que tinha a mesma idade deles.

Caminhamos mais um pouco pela área vip e vejo minha esposa junto com outros desenhistas de outras editoras em uma grande mesa dando autógrafos e tirando fotos com alguns leitores.

Assim que ela me vê ela lança um sorriso fofo para Wendy, aposto que adorou a roupinha dela. Fico longe para o povo não achar que estou furando a fila e Enid me pede pra ir até ao lado dela.

— Ah Wed, nossa filha tá tão fofaaa! – Diz enquanto dá um beijo em Wendy.

— Eu sei, eu sabia que você iria adorar.

— Amor, eu só vou terminar de atender essa fila aqui e eu peço pro pessoal uma pausa tá, aí a gente pode dar uma volta juntas.

— Tá bom, eu vou estar aqui por perto.- Me levanto enquanto Enid volta atender o pessoal.

Vejo um telão onde está passando repetidamente o trailer do filme do Star Wars e olho para minha filha.

— Wendy…- A chamo e ela olha pra mim. -…quando você crescer, eu vou tentar ser uma mamãe que não obriga os filhos a gostar das mesmas coisas que eu gosto, eu vou tentar te dar a liberdade pra você gostar do que quiser, mas por favor, tente gostar de Star Wars, tá bom? – Falo pra ela e Wendy olha pra mim como se tivesse entendendo o que estou falando.

— Já os X-Men’s é uma outra história, os X-men’s você tem que gostar, por bem ou por mal, ouviu bem mocinha, você vai ficar de castigo caso contrário. – Digo séria pra ela.

— Quem vai ficar de castigo? – Diz minha esposa se aproximando e me dando um beijo na bochecha.

— Wendy, caso ela não goste de X-Men.

— Mas é claro que ela vai gostar de X-Men. – Diz ela pegando nossa filha no colo e a abraçando.

— Ba! – Fala nossa filha.

— Vamos passear com a ba! – Diz Enid enquanto saímos da área vip.

Passeamos por toda Comic-Com, visitamos vários stands de vídeo games, ganho um pôster dos X-Mens que colaria na parede de quarto de Wendy, e compro pra nossa filha um robozinho colorido que toca músicas de criança.

— Wednesday… – Me chama Enid. – Lá na frente fica os stands das empresas de vídeo games e softwares, se você quiser ir até lá eu fico com Wendy, até levo ela pra pra dar autógrafos e tirar fotos junto comigo.

— Confesso que quero sim, você não vai ficar chateada se eu deixar Wendy com você um pouquinho enquanto eu estiver lá.

— Não… eu sei o quanto isso é importante pra você, pode ir lá.

— Ok, eu vou pegar o meu jogo lá no carro e vou lá para os stands.

— Vai lá meu amor, boa sorte. – Ela me deseja me dando um selinho.

— Obrigada Nid. – Beijo ela e nossa filha e vou a passos largos ao estacionamento.

Abro o porta-malas do carro pegando a luva que eu e os meninos conseguimos desenvolver e o demonstrativo do jogo. Entro novamente pela área vip da Comic-Con e assim que passo próximo onde Enid está, vejo ela dando autógrafos com Wendy em seu colo e o povo tirando foto junto com elas, acho que o povo adorou a fantasia de unicórnio de minha filha.

Chego no stand com uma cara séria e me apresento e peço pra falar com os empresários de lá. Eles me levam até uma sala de vidro onde tem algumas pessoas de terno conversando e trocando cartões, tem algumas televisões e alguns computadores de última geração também. Assim que entro um deles me cumprimenta.

— Olá. – Falo simpática. – Eu me chamo Wednesday Addams e gostaria de apresentar a vocês um video game que inventei.

— Ok Srta. Wednesday, o meu nome é Thomas, você tem o jogo aí para que eu possa dar uma olhada.

— S-sim senhor Thomas. – Digo nervosa abrindo minha mala. – S-será que posso usar uma dessas televisões.

— Claro! – Ele diz educado. – Do que consiste esse seu jogo?

— É um jogo de realidade virtual. – Digo enquanto ligo rapidamente o fio do vídeo game na televisão. –Um jogo de super-heróis, misturado com realidade virtual.

— Uhnn interessante. – Ele diz.

— Quer testar primeiro. – Digo mostrando a luva para ele.

— Sim, sim, gostaria. – Disse ele sorridente.
Ele tira seu paletó, depois dobra a manga de sua blusa e eu coloco a luva em seu braço, aperto o botão de ligar da luva e o vídeo game logo reconhece a luva já entrando automaticamente no jogo.

Peço para ele mover os seus braços enquanto passa pelo menu do jogo e graças a Deus até agora o jogo não deu nenhum "bug". Ele agora move os braços escolhendo com qual super-herói quer jogar.

— Dá para escolher jogar com os vilões também, diz ele olhando alguns personagens.

— Sim… só que o jogo só irá habilitar todos os vilões conforme o jogador for passando de fase.

— Interessante isso…- Diz ele. – Faz com que a pessoa se apegue ao jogo até habilitar todos os personagens. – Ele fala e eu dou um leve sorriso, acho que ele está gostando.

Conforme ele vai jogando alguns empresários vão se aproximando e se interessando pelo jogo também, alguns até se empolgam e jogam, depois que eu apresentei o meu jogo a quase todos que estão ali, alguns me dão o cartão da sua empresa, mas Thomas é o único que pede para marcar uma reunião comigo e os demais desenvolvedores em seu escritório.

— Apareça lá Wednesday, seus sócios também, acho que podemos fazer negócio.

— Claro, e muito obrigado pela oportunidade Sr. Thomas. – Digo antes de sair.

E dependendo dessa reunião, acho que finalmente o meu jogo poderá dar certo!

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