Chapter 4

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Quem é vivo sempre aparece!!!!

Depois de pouco mais de 1 ano de um hiatus não planejado resolvi voltar e postar mais um cap da fic. Eu fiquei mto tempo com um bloqueio fodido, além de q o meu ultimo ano do ensino medio foi intenso, quase não tinha tempo e por isso acabei parando de escrever, mas esses 2 últimos dias me deixaram motivada pra voltar a postar.

Não tenho garantia de q vou conseguir terminar essa fic mas eu espero mto q sim pq tenho um carinho por essa história. Tbm não terá atualizações mto frequentes pq essa semana ainda minhas aulas da faculdade começam e imagino q vou ficar bem ocupada, mas ainda assim pretendo tirar um tempinho pra escrever.

Não gostei mto de uma parte desse cap pq escrevi de madrugada e minha cabeça é meio zoada nesse horário kkkkk

Espero q tenham gostado desse comeback da fic e tbm espero q gostem do cap.

Sem mais delongas, boa leitura!!

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Estava passando por um corredor um tanto escuro, a iluminação dali nunca tinha sido uma das melhores. Olhei para minha mão que era segurada por uma maior, segui meu olhar para cima até encontrar seu dono: Mori. Um leve desespero tomou conta de mim fazendo meu coração bater mais rápido dentro do meu peito. Tentei manter a calma e continuei seguindo o trajeto.

Um dos seguranças que guardava uma das portas do imenso corredor a abre e seguimos para dentro do lugar. O ambiente era mal ventilado, de péssima iluminação e tinha um cheiro enjoativo de sangue. Aquela era uma das salas de interrogatório, ou tortura, da Máfia do Porto.

Em minha frente havia um homem com a aparência acabada. O sangue e o suor escorriam e se misturavam enquanto sua feição estava tomada pelo medo. Ele implorava por piedade por parte do líder da máfia, dizia que tinha família. Mas Mori não dava a mínima.

— Será a mesma dinâmica de sempre: eu farei perguntas e você só irá tocar quando eu mandar. Está entendendo?

Assenti esperando o sinal para começar a tocar. Os momentos seguintes foram de pura tortura, não só para o homem a minha frente como também para mim. Enquanto a melodia da minha flauta ecoava pela sala mal iluminada, o homem agonizava e se remexia na cadeira por sentir dor. Seu rosto sangrava por toda a parte. Ele se recusava a contar sequer uma palavra, apenas choramingando pedindo para que poupasse sua vida.

— Você não é uma criança, você é um monstro!

Após a fala, Mori manda finalizar o trabalho, o que gera mais gritos agonizados do alvo e mais pavor a mim, que apenas queria que acabasse logo. Poucos segundos depois a vítima se encontrava sem vida.

— Bom trabalho, meu pequeno demônio.

Ele dá um sorriso macabro e de repente a imagem de pessoas, infelizmente conhecidas por mim, começam a passar em flash, uma atrás da outra no mesmo cenário: a pequena sala escura com cheiro de sangue. E todas diziam a mesma coisa, que eu era um monstro.

A cada pessoa que passava a voz ficava mais alta, enquanto eu tentava abafar as vozes tampando meus ouvidos. "Eu não sou um monstro, eu não sou um monstro!" Repetia para mim, mas a verdade é que nem eu mesma acreditava tanto nisso.

Morte. Acontecimento que marca o fim de uma vida, um ciclo. O temor de uns e o livramento para outros. Mas sobretudo, algo que criança alguma deveria presenciar, porém se tornou presente em minha rotina ao começar a conviver no mundo da máfia. Durante todo o tempo em que passei naquele lugar fui obrigada a cometer tantas mortes que nem mesmo sei quantas foram. A única coisa que sei é que sujei minhas mãos de sangue o suficiente para nunca conseguir limpá-las totalmente ou sequer diminuir o sentimento de culpa de ter tirado tantas vidas. Eu nunca quis ser uma assassina, mas essa era a realidade. Eu era uma. Não, eu sou uma assassina. E o que aquelas pessoas diziam era apenas a verdade que eu sempre me neguei a acreditar.

𝐃𝐚𝐧𝐠𝐞𝐫𝐨𝐮𝐬 - Chuuya NakaharaOnde histórias criam vida. Descubra agora