Capítulo 13

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P.o.v-Priscila Caliari.

Olhei mais uma vez em direção a cozinha e suspirei. Carol, não havia me deixado ajudar com a louça e eu estava aqui com cara de paisagem enquanto ela não terminava. Olhei ao redor e sorri ao ver uma foto que eu julgo ter sido tirada no dia da sua formatura.

- Pronto, acho que agora podemos conversar- Ela sentou a uma certa distância de mim, me fazendo revirar os olhos. A mulher se escorou de modo que ficasse de frente para mim e com as pernas cruzadas no estilo indio.

-Tudo bem.- Eu ja havia retirado os coturnos para ficar mais confortavel, então acabei sentando da mesma forma que ela. -Eu só vim falar oque você já sabe, que eu não namoro com Fefe.

- E isso não muda o fato de que vocês estão tendo algo.- Afirmei e cruzei os braços,

-Não estamos tendo nada, ao menos não por minha parte.- Dei de ombros e ela continuou a me encarar.

- E você está querendo me dizer que nunca deu esperanças ou algo do tipo? Porque não é oque parece, sabe?

- Olha, eu vou te explicar tudo da forma correta. Lembra do dia que nos encontramos na praia?-Ela afirmou enquanto esticava as pernas, resultou em uma pequena careta. - Eu tinha acabado de sair de uma festa e lembro que comentei com você a respeito-Me aproximei mais e puxei seu pé colocando em meu colo.

- Sim, o que vai fazer?- Comecei a apertar seus pés e vi um suspiro sair de seus labios.

-Eu conheci a Fefe naquele dia, a gente conversou à noite toda e depois eu fui embora.

- E voces só conversaram? Está falando sário?-Apertei um ponto em especifico e vi ela segurar um grito de dor.

- Aquí é onde doi?- Ela afirmou e eu fiquei apertando seguidas vezes no mesmo lugar. - Sim, eu estou falando sério. Mas preciso ser sincera, ela me deu um selinho e foi embora. Juro que não aconteceu nada mais.

-Entendo.- A mulher ficou me olhando por um tempo e então suspirou. -Acredito em você.

-E acredita quando eu falo que a única pessoa na qual eu penso e você?-Olhei em seus olhos.

-Eu... Acredito- Afirmei e peguei seu outro pé iniciando a
massagem.

- Carol, eu não sei o que você fez comigo. Nunca me senti assim em relação a ninguem, ao menos não de uma forma tão rápida, e eu quero que seja sincera comigo e me diga se e recíproco ou eu estou sendo uma idiota por insistir em vão.- A mulher segurou em minhas mãos e então se aproximou me fazendo encara-la.

-Se você está sendo idiota, eu provavelmente também estou.. Ela olhou para nossas mãos e sorriu. - Eu acho que estou ficando maluca, mas... Eu não quero me privar de viver isso.- Seus olhos entraram em contato com as meus e eu vi um brilho

-Esta falando serio?-Eu podia ouvir os batimentos em meus ouvidos, minhas mãos suavam em contato com as suas.

-Vamos deixar acontecer, mas você sabe que vou te tratar como uma aluna normal na escola, sim?- Afirmei abrindo um enorme sorriso. - E, por favor, não faça com que eu me arrependa disso.

-Eu prometo que você não vai se arrepender, céus .- Puxei a mulher para um abraço que logo foi retribuido.

- Ei, vamos com calma - Ela falou enquanto passava os braços em volta do meu pescoço. A essa altura já estávamos de joelho em seu sofá e meus braços estavam em volta de sua cintura mantendo seu corpo colado ao meu.

-Voce e tão linda.- Vi suas bochechas ficarem vermelha e sorri deixando um beijo em seu nariz.

-Não me deixe sem jeita.

My Literature Teacher - CAPRI GIPOnde histórias criam vida. Descubra agora