Capítulo 28

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Pov-Carolyna Borges.

Estacionei meu Jeep na mesma vaga que eu costumava deixar e peguei minhas coisas antes de acionar o alarme no automóvel. Coloquei meus óculos escuros e comecei a caminhar em direção a entrada.

Por minha visão periférica consegui ver a morena sentada com as amigas no mesmo lugar de sempre. Priscila estava linda com seu tipico estilo despojado, a mesma estava com a perna direita por cima do banco enquanto conversava distraida.

Subi os degraus que davam acesso a entrada e acabei levando a mão em direção ao pingente do meu colar, alisei o mesmo e sorri para alguns alunos que me cumprimentaram pelo caminho.

Hoje eu trajava uma calça social na cor azul escuro que devo ressaltar, beijava minhas curvas, uma blusa social na cor branca e um salto scarpin. Meus cabelos estavam soltos com ondulações naturais nas pontas e no rosto eu havia passado uma maquiagem leve que cobrisse um pouco da minha cara de quem passou o dia doente ontem.

-Bom dia, meu amor - Ouvi a voz do meu melhor amigo atrás de mim, e não demorou para que seus braços viessem parar em meus ombros. - Como se sente?

-Bom dia, Cadu, me sinto bem melhor.- Ele abriu a porta e me deu passagem em seguida.

- Fico feliz. Escuta, ficou sabendo quem esta vindo para Miami?- Abri meu armário e neguei

- No momento não estou sabendo de nada.- Retirei os óculos e guardei em sua caixinha antes de pegar minhas lentes de grau.

-Allan  e Lucca vão vir fazer uma exposição ou algo do tipo, estão arrastando a Jessi junto-Abri um sorriso no mesmo instante.

-Está brincando comigo? Eu vou bater muito no Jeon por não me informar isso, Sentei ao lado do meu amigo e coloquei a pasta em cima da mesa.

-Bom, se a intensão era fazer surpresa, acabei de estragar.

Pensei a respeito, fazia sentido.

-Você é um lingua solta, Lindner- Levantei e ele veio atrás.

- Caroles, não fala a ele que eu contei - Ele pediu enquanto caminhava comigo pelos corredores. - Por favor, estou me sentindo mal agora.- Gargalhei e ele bufou.

-Eu prometo fazer cara de surpresa quando chegarem.- Abracei meu amigo pela cintura e continuamos nosso caminho ate a sala de aula.

- Senhorita Borges?- Olhei para trás e me deparei com diretor Cooper. Saltei meu amigo e paramos um pouco antes da sala de literatura - Bom dia.

-Bom dia, diretor. - Respondemos juntos.

-Podemos conversar em meu escritório?

-Claro, senhor.- Me despedido meu amigo e segui o diretor até sua sala.

- Fico feliz que esteja melhor, achei que fosse se ausentar por mais tempo.- Fez um gesto para que eu sentasse na cadeira e eu logo o fiz colocando minha pasta ao lado.

-So foi um mal estar bobo, não gosto de prejudicar meus alunos com problemas meus-O homem afirmou e se escorou em sua cadeira.

- Bom, o motivo para chamar a senhora aqui tem haver com as notas do segundo ano.- Mexeu em seu computador e voltou a atenção para mim. - Temos uma turma toda, com exceção de uma aluna, em recuperação. Devo ressaltar o quanto isso é péssimo para o nosso histórico?

-Não é necessário, eu tenho total consciência. Não consigo encontrar uma explicação plausível para essa ocorrência.-0 homem retirou os oculos de grau e passou a mão no rosto.

-Carol, se fossem dois, três alunos...- Ele respirou funda. - Foi uma turma completa restando apenas uma com uma nota alta.

-Sim senhor, mas devo lembrar do meu currículo.-O homem me olhou de forma séria e se encostou em sua cadeira novamente. - Esse é meu primeiro contato com alunos, mas o senhor tem ótimas recomendações minhas, e mais importante, eu sei do que sou capaz, sei dos meus métodos e sei que sou uma excelente profissional. Caso o senhor tenha alguma dúvida a respeito, pode perguntar a todos os meus outros alunos

My Literature Teacher - CAPRI GIPOnde histórias criam vida. Descubra agora