Aceito...

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•POV S/N•

Acordei meio zonza e com dor. Muita dor! Espera... Eu acordei! Não é possível, nem isso eu não consigo fazer direito. Como que eu cheguei aqui nesse... Hospital, ou melhor uma clínica, que já é muito bem conhecida por mim. Alguém me trouxe pra clínica do Guilherme.

Essa história ninguém conhece além de mim e do Gui. Bom, depois que eu me livrei daquele relacionamento tóxico eu fiquei com muitos ferimentos e marcas na minha pele. Na época não tinha dinheiro para pagar um hospital particular então procurei atendimento em um hospital público aqui do Rio de Janeiro e por conhecidência ou não, foi bem no período em que o Gui fazia trabalho voluntário, e pra minha sorte ele me atendeu.

Além de ser meu médico ele virou um grande amigo. Guilherme é o único que sabe de realmente tudo que aconteceu em minha vida. Eu acompanhei as mudanças da clínica junto com ele, e pude ver o quão apaixonado ele é pela sua profissão.

batidas na porta•

S/N- Pode entrar!

Guilherme- Baixinha! Como você tá se sentindo?

S/N- Oi grandão! Pra falar a verdade tô com dor, mas nada que não dê pra suportar. Com certeza não é maior que a minha dor mental.

Guilherme- Ótimo, então agora posso perguntar. Que ideia foi essa S/N?! Você poderia ter morrido se a Paula não tivesse te trazido sabia?!

S/N- Essa era a ideia, mas... A Paula me trouxe pra cá?

Guilherme- Sim, ela me ligou desesperada falando que você tinha tomado vários remédios e que estava desacordada.

S/N- E onde ela tá?- pergunto me sentando mas logo me arrependo pela dor que senti.

S/N- Ai! Por que isso dói tanto?

Guilherme- Ela foi buscar algumas roupas pra você junto com a Carmen. E dói por que eu tive que fazer uma cirurgia em você! Você tem noção do que poderia ter acontecido S/N?! Eu poderia ter perdido você!- disse alterando um pouco a voz e eu me encolhi como pude na cama hospitalar.

S/N- Desculpa...- falei com um fio de voz.

Guilherme- suspira- Desculpa ter alterado a voz com você. Por favor não faz mais esse tipo de coisa. Você me promete?

S/N- Prometo- Ele me abraça.

Conversamos sobre mais algumas coisas até que ouvimos batidas na porta.

S/N- Entra!

Vejo Paula e Carmen entrarem no quarto, automaticamente meus olhos se enchem de lágrimas e eu abaixo a cabeça. Já estava pronta para ouvir as maiores broncas da minha vida mas elas simplesmente me abraçaram...

Pude ver Guilherme saindo da sala e Paula começou a soluçar e fungar, Carmen não estava muito diferente.

S/N- Desculpa- Disse com a voz falha pelo choro.

Carmen- Nunca mais faz isso na sua vida entendeu?- Segurou meu rosto entre suas mãos.

S/N- Entendi- Dei um sorriso fechado.

Paula- Eu fiquei com tanto medo de te perder- voltou a me abraçar.

S/N- Ei... Agora eu tô aqui, graças a você. Obrigada- segurei seu rosto entre aos mãos e fiz um carinho em sua bochecha com a mão direita e ela sorriu.

Uma boa furada- Carrare & S/NOnde histórias criam vida. Descubra agora