Eu nunca serei sua!

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•POV S/N•

Já se passaram quatro dias e eu ainda não saí do hospital. Paula passa boa parte do tempo comigo e Carmen fica tomando conta da empresa, mas vem sempre que pode e traz Marcelo junto.Gui também fica comigo quando encontra uma brecha entre o trabalho e a família.

Eu estava sozinha no quarto, minha garota de Ipanema estava aqui mais cedo porém falei que ela poderia ir embora descansar um pouco. Ela estava comigo a todo momento e as vezes não dormia por preocupação, então achei que esse momento em casa a faria bem.

•batidas na porta•

S/N- Entra!

A porta se abriu lentamente e tive a visão de um passado que eu com certeza não gostaria de relembrar tão cedo de novo...

S/N- Da-Daniel?

Daniel- S/N! Que bom que ainda lembra do seu namorado- sorriu cinicamente.

S/N- Não sei se você lembra mas nós não somos mais namorados a um bom tempo. Agora por favor, saia antes que eu chame o Guilherme.

Daniel- Guilherme? Aaaah o médico né? Acho que ele não vai poder te ajudar... Que pena.

S/N- O QUE VOCÊ FEZ COM O GUILHERME SEU IDIOTA!

Daniel- VAMOS BRINCAR DE GRITAR AGORA?!- Segurou meu braço com força, e por mais que meus olhos estivessem cheios d'água eu o olhava com ódio.

Daniel- Riu- Você é patética S/N!

S/N- O que você quer ?- Perguntei virando a cara para não olha-lo mas não adiantou pois ele segurou meu queixo com força e o virou para si, me fazendo derramar as lágrimas que tanto tentava conter.

Daniel- O que eu quero? Você já foi mais inteligente... Eu quero você S/N! Você vai ser minha novamente...- passou a mão sobre meu pescoço.

S/N- EU NUNCA VOU SER SUA!!

Daniel- Não? Seria uma pena se algo acontecesse a uma de suas novas namoradas né...

S/N- Como... Como você sabe delas?

Daniel- Você achou que eu ia te deixar ir assim tão fácil? Eu tenho te vigiado desde que se mudou para o Rio.

S/N- Não ouse encostar um dedo sequer nelas...

Daniel- Se não o que? A pobre e inocente S/N Herzsage vai me matar?- Riu.

Daniel- Eu estou falando sério- Aumentou o aperto que agora estava em meu pescoço- Você vai voltar pra mim se não quiser que as suas namoradinhas se machuquem!

S/N- EU NUNCA VOU VOLTAR PRA VC!!!

Daniel- Já esperava por isso- suspirou em derrota- Henrique,pode traze-la!

Vi um homem de grande porte entrar com Paula no quarto. Automaticamente comecei a chorar. Ela estava com os pulsos amarrados para trás, com uma mordaça na boca e o homem a segurava com força. Sua expressão demostrava que ela estava com medo e ela também chorava.

Nesse momento tudo congelou, todos pararam no lugar em que estavam e um forte vento passou por mim, me arrepiando. Logo vejo uma mulher alta, de cabelos negros e olhos escuros entrando na sala e parando em frente a maca.

S/N- Qu- Quem é você?!

Morte- Alguns me chamam de morte, o ceifador, o fim e até o começo. Mas não vim me apresentar.

S/N- E pra que você veio? Eu vou morrer?!- perguntei já desesperada.

Morte- Você pode mudar o seu destino S/N...

S/N- Mudar o meu destino? Mas como eu faço isso?- Antes de me responder ela sumiu e tudo voltou ao normal, e então me lembrei que minha garota ainda estava ali, ela tentava gritar porém a mordaça a impedia.

S/N- SOLTA ELA SEU DESGRAÇADO!!- Ia correr até ela porém Daniel me segurou pelos braços- ME SOLTA!

Daniel- Tsc, tsc, tsc. Seja uma boa menina S/N, não acho que gostaria de vê-la machucada.

S/N- SEU ASSUNTO É COMIGO DANIEL E NÃO COM ELA, SOLTE-A.

Daniel- Eu a solto... Mas só se você terminar essa coisa que chama de relacionamento e voltar pra mim, seu verdadeiro namorado.

Vi Paula balançar a cabeça negando.

S/N- Posso... Pelo menos me despedir dela?

Daniel- Claro. Você tem 5 minutos, depois será só minha para sempre! Henrique, desamarre-a e retire a mordaça- parou de frente para Paula.

Daniel- Escute bem madame. Se você falar alguma coisa para a polícia, você e a minha namorada não serão as únicas a morrer.

Eles saíram da sala e Paula correu para me abraçar.

Paula- S/N você não pode! Não... Eu não posso te perder. Não de novo...

S/N- Eu também não queria ir, mas não suportaria saber que ele te fez algum mal por minha causa. A gente... Precisa terminar- a última frase saiu com um fio de voz devido ao meu choro.

Paula- Não... Isso não. Você vai voltar pra nós...

S/N- Mas eu não sei quanto tempo isso vai durar... Eu não quero te dar falsas esperanças.

Paula- S/N...

S/N- Acabou...- Lhe dei um longo beijo, porém não era um beijo desejoso ou com malícia. Era um beijo calmo, terno, carinhoso. Era nosso beijo de despedida...- Eu te amo minha garota de Ipanema...

Paula- Eu te amo minha menina- Beijou minha testa e eu beijei suas mãos.

S/N- Diga a Carmen que a amo- sussurrei próximo ao seu ouvido.

Desvencilhei nossas mãos aos poucos e saí daquele quarto, deixando nele uma Paula devastada.

S/N- Pronto! Satisfeito?

Daniel- Muito- sorriu maliciosamente- Vamos querida, temos muito para aproveitar no dia de hoje.

S/N- Espera! O Guilherme, o que fez com ele?

Daniel- Nada de mais, só o coloquei para dormir durante um tempo, inclusive jajá ele acorda, temos que ir antes que isso aconteça, vamos logo.

Fomos caminhando para fora do hospital e ele me colocou dentro de um carro.

S/N- Para onde está me levando?

Daniel- Para a nossa nova casa querida! Nós vamos ser muito felizes lá.

S/N- Eu jamais serei feliz com você!

Daniel- Meu bem... Não dificulte as coisas.

S/N- Para de me chamar assim!

Daniel- Você será minha novamente S/N.

S/N- Eu nunca serei sua!

•NOTAS DA AUTORA•

Eai povin! Olha quem apareceu na história 😃!
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Uma boa furada- Carrare & S/NOnde histórias criam vida. Descubra agora