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O sábado provou ser o dia perfeito para um encontro: um dia ensolarado de céu azul, com a cálida brisa e um vento brincalhão que bagunçava seus cabelos.
A garota ria consigo mesma, lembrando do momento em que o rapaz a convidou para ir tomar sorvete com ele.
Seu rosto avermelhado e suas mãos trêmulas alugaram um triplex na cabeça da garota, achava tão fofo a timidez singela que ele sentia sempre que ela estava por perto. E bom, mesmo depois de estarem namorando isso não mudou muito.
[...]
Será que ela esqueceu? Será que ela me deu um bolo? Eu acho que ela me odeia...
Já faziam alguns minutos desde que o rapaz estava esperando ela, sentado no banco quente do parque, à procura da silhueta de sua amada vindo em sua direção. Pensamentos ruins habitavam sua mente, pensando sempre na pior situação que poderia acontecer. Ela ter esquecido, ou simplesmente não quis vir.
Ele tentava se ajeitar no banco, com suas mãos febris não sabendo onde colocá-las. Parecia que tudo estava dando errado, até Yuri levantar a cabeça, e ver a garota perdida na entrada do parque. Ela estava linda, usando um vestido de verão rodado, usando seus cabelos presos para trás, com uma presilha em formato de morango.
Ele não pode se impedir de fazer um raio-x na garota, linda da cabeça aos pés. Ele sentiu seu rosto quente, tão quente quanto o sol que estava por cima de sua cabeça. Yuri só percebeu que não parou de olha-lá quando a moça já estava na sua frente, ofegante.
── Ufa! Demorei um pouquinho, mas cheguei! ── ela disse, ajeitando uma mecha atrás de sua orelha e sentando ao lado dele.
Yuri não conseguiu dizer ao menos uma palavra, mas sabia exatamente oque queria fazer, só lhe faltava um pouquinho de coragem.
── Tá tudo bem? Você tá todo vermelho. ── delicadamente, ela passou a palma da mão da testa do mais velho, sentindo sua pele quente ── deveríamos sair desse sol, vamos pegar os sorvetes e...
Sem mais nem menos, o rapaz se inclina, deixando um selinho demorado nos lábios da garota. Yuri fica vermelho, tenta esconder o rosto, mesmo com um sorriso de orelha a orelha. Se sentia estranhamente feliz em roubar um beijo assim. Era excitante.
Mas, antes de se quer pensar em alguma coisa, (Nome) devolve na mesma moeda, e se joga nos braços do garoto, o enchendo de beijinhos.
── Como você consegue ser tão fofo assim?!?
[...]
Foram bastante agradáveis as duas últimas horas que (Nome) passou ao lado de Yuri. Risadas, sussurros e a alegria de estar ao lado do rapaz que ela tanto amava.
Tomaram sorvete, provaram o sabor um do outro, brincaram de se sujar, se arrependeram por Yuri quase desmaiar ao ver o rosto da garota todo sujo do líquido doce e branco. Foi simplesmente perfeito.
A luz rosada dos raios de sol caiu sobre os dois. O vento brincalhão se transformava em uma brisa fria e suave, fazendo (Nome) estremecer.
Percebendo isso, o garoto logo retira o casaco de si e o coloca sobre os ombros da menor, esfregando suas mãos freneticamente para aquecer o local. Um verdadeiro cavalheiro.
Yuri havia pedido para acompanhar (nome) até em casa, oque lhe pareceu uma perfeita ideia para entregar um pequeno poema que o mesmo havia feito a algum tempo para a namorada.
Os dois pararam em frente a casa da garota. Envergonhada, ela olhava esperançosa, esperando a mesma atitude dele de mais cedo, ela amou aquilo, mas pela expressão do mais velho, dessa vez ela teria que tomar atitude.
Sem pensar nem mais uma vez, ela segurou seu rosto e o beijou, mas, ao contrário do beijo de mais cedo, ela o encurralou. Os lábios da garota ardiam de desejo. Suas mãos se infiltraram nos cabelos do rapaz e o seguraram com força, o puxando contra si.
Yuri estremeceu, achou aquilo totalmente inesperado, mas, não pode dizer que não gostou, oque foi justamente o contrário.
Ele agarrou a cintura da garota, a puxou com força para mais perto de si, e devolveu o beijo com a mesma vontade, a apertando em seus braços como nunca.
(Nome) se surpreendeu com a vontade e a força de Yuri, mas admite que gostou de ver ele soltando esse lado "secreto" dele.
Os dois se separaram ofegantes, olhando um pro outro surpresos pelo oque aconteceu. Yuri ficou vermelho na hora, desviou o olhar e colocou as mãos nos bolsos, procurando o pequeno papel dobrado.
(Nome) apenas riu, seu rosto avermelhado e a expressão de vergonha no rosto de Yuri só deixavam a situação mais engraçada. Logo o mais velho deixou o pequeno papel dobrado nas mãos da garota, beijando sua bochecha logo em seguida e indo embora, quase que correndo de nervosismo.
A mesma não entendeu oque era aquilo, então o abriu, colocando a mão da própria bochecha, um pequeno rubor se infiltrou no seu rosto.
(Nome).
Seus cabelos e olhos são escuros, Mas o pescoço e os braços São brancos como a neve. Nenhum mortal consegue ver quão bela ela é, Pois é mais veloz que uma raposa. Tudo que se pode notar é a sua voz doce Ressoando na minha cabeça. Ainda estou me perguntando Será que eu a mereço? Ou só a aborreço? As vezes ouço sua risada, Sob as estrelas eu admiro sua foto Com a caneta em minhas mãos Tudo parece mágico. Mas quando vejo você eu me torno estático Não sei oque dizer e nem oque falar Meu rosto esquenta e eu começo a embalar Talvez isso seja um sinal Ou só mais alguma coisa sem final. Eu gostaria de te tocar Mas será que você vai gostar?
