Véu de Sangue

Lua de Dor

                      Véu de sangue

A marcha nupcial tocava, enfim o som que Lucia tanto sonhara ouvir desceu da limusine, o pai lhe estendeu a mão, subia os degraus euforicamente ao avistar seu futuro marido a sua espera no altar esboçou um sorriso feito criança inocente, cada passo dava a impressão de correr uma maratona, finalmente estava a frente do padre, de joelhos, as palavras já ensaiadas agora eram legitimas, o aceito dito pelos dois foi aclamado por todos presentes, a festa foi considerada a mais linda do ano, o buque foi pego por uma prima do interior, Lucia se despediu de todos, a lua de mel era em usa casa de campo da família, ela e Ricardo viajaram por três horas até o destino, uma bela casa isolada em meio a uma pequena reserva ambiental, ao chegarem , como se manda o ritual ela foi carregada nos braços ate o quarto, deitada na cama, seu marido a olhava com ternura, tudo acontecendo como ela sempre sonhou, a primeira noite de amor com seu primeiro amor,  virgem aos vinte anos, se sentia pronta para se entregar pela primeira vez.

- Eu já volto - disse Ricardo - esqueci meu celular no carro.

Ela não entendeu nada, ele deveria esquecer o celular, aquela era a noite deles, mas consentiu mesmo assim, ali sozinha olhava para o teto, nunca se sentiu tão feliz em toda vida, uma sombra emergiu vindo de fora na direção do quarto, uma não, duas, três, mais de cinco pessoas entraram no quarto.

Lucia se sentou, olhou para os donos das sombras, quatro homens, uma mulher, ela reconheceu a mulher, era sua prima, a da festa, a sortuda que pegara o buque.

- Ana - perguntou Lucia - o que você ta fazendo aqui? Quem são eles? Cadê o Ricardo?

- Vocês - disse Ana para os homens - sigam o combinado, acabem logo com isso.Lucia gritou por seu marido, mas ele não apareceu, levou uma forte pancada na cabeça, se sentiu sendo levantada, a ultima coisa que viu foi um dos homens a tirando do quarto, desmaiou, sem ao menos imaginar que o pior ainda estava por vir.