Blood and Death¹ - The Last of Us

Armadilhas.

Narrador pov:

— Isso é uma merda. - Ellie murmurou enquanto mexia em alguns discos de vinil, os três estavam olhando algumas lojas da cidade e até o momento não tinham encontrado o amigo de Joel, apenas alguns lembretes que tinham sido deixados e espalhados por ele em algumas lojas.

— O que? - Joel perguntou olhando a garota que finalmente o olhou.

— Toda essa música aqui parada, sem ninguém pra ouvir.

— Nem todo mundo tem um lugar seguro para ficar ou está atrás de muros, então é melhor que ela fique aqui parada do que atraindo a atenção de infectados. - As palavras simplesmente saíram da boca de Esmeralda que não se deu conta que a sobrinha acabou encolhendo os ombros levemente, mas quem percebeu e muito bem foi Joel, era como se a mais velha estivesse lhe repreendendo por algo mas não de forma direta. - Tem uma lanchonete aqui perto pelo o que eu vi quando estávamos na rua, vou dar uma olhada lá.

— Sozinha? - A garota perguntou e viu a tia arrumar a alça da mochila.

— Eu não demoro. - A mulher saiu da loja os deixando para trás, Ellie voltou a mexer em alguns discos, Joel se manteve em silêncio por um momento.

— Vem, talvez tenha alguma coisa útil em outro lugar.

— Tá bom. - Joel saiu da loja sendo seguido pela garota, atravessaram a rua para entrar em outra loja, mas seus movimentos foram interrompidos pelo barulho de uma explosão que soou. - ESME! - Ellie gritou correndo em direção ao barulho, Joel foi logo atrás dela, o homem acabou passando em sua frente e abriu a porta da lanchonete com força encontrando Esmeralda caída no chão com a faca em mãos e o corpo de um estalador jogado para trás sem uma parte da cabeça, Ellie correu até a tia e se ajoelhou a sua frente a segurando pelos ombros. - Esme? Vamos acorda, acorda, acorda! - A balançava pelos ombros e se desesperou ao finalmente notar o machucado em sua testa, Joel se aproximou e ficou do outro lado da mulher tocando em seu pescoço para ter certeza que respirava, enquanto tinha seus dedos contra sua pele, Esmeralda abriu seus olhos de repente puxando o máximo de ar que conseguia enquanto arqueava levemente suas costas e tossia com força por conta do pó. - Ei, ei. - Joel ajudou a mulher a se sentar à ouvindo gemer por tal ato.

— Você teve muita sorte de sobreviver. - Joel murmurou enquanto Esmeralda guardava sua faca e trazia suas pernas para perto de seu peito antes de apoiar seus braços em seus joelhos.

— Mas por que caralhos tinha isso aqui? - Ellie perguntou irritada olhando para Joel.

— Bill tem armadilhas espalhadas pela cidade.

— Oh, obrigada por avisar. - Esmeralda sorriu de forma irônica sentindo o sangue escorrendo por sua testa, preciso fechar seu olho para que não entrasse nele, Joel levou sua mão até o queixo da mulher e o segurou, podendo assim ver melhor o corte.

— Vai precisar de pontos. - Esmeralda afastou seu rosto, passando a manga de sua camisa por seu olho, acabando por sujá-lo um pouco mais.

— Minhas coisas devem estar molhadas.

— Eu tenho. - Ellie puxou sua mochila para frente a colocando no chão e a abrindo e pegando uma pequena maleta de primeiros-socorros, a entregou para Joel em seguida. - Vou dar uma olhada para ver se encontro mais álcool, não tem muito aí. - A garota se levantou e a passos apressados passou pelo balcão começando a procurar pela cozinha, Joel colocou a maleta no chão e a abriu pegando o pouco de álcool para limpar suas mãos.

— Eu sei fazer um curativo.

— E vai dar os pontos como? Com a força do pensamento? - Esmeralda respirou fundo enquanto revirava seus olhos, Joel pegou uma gaze e a molhou antes de passar no corte, o contrabandista segurava seu queixo novamente, a mulher mantinha seu olhar baixo, não iria admitir isso em voz alta mas estava se sentindo um pouco constrangida com a situação, apenas Ellie a ajudava com essas coisas, claro que era difícil de pedir isso para a sobrinha e também tinha a Anna, ela fazia questão de cuidar de cada machucado da irmã e diferente dela, Joel não sabia ser nem um pouco cuidadoso e não tinha certeza se ele estava tentando fazer isso, a mulher acabava por se mexer levemente.