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O noivado
(7 anos depois da despedida)

Ivy, 24 anos
Maio

Naquele dia tudo mudou.
Eu me sentia a mulher mais sortuda do mundo... ele era meu mundo.

- Você está linda! - ele fala enquanto nos conduz ao quintal da nossa casa.

- Não precisa ser tão romântico amor. - eu rio das pétalas que ele espalhou pelo caminho.

- Feche os olhos, é uma surpresa. - ele fala colocando as mãos nos meus olhos enquanto ainda andamos.

- Mike eu vou cair! - falo ainda rindo. Depois do nosso jantar à luz de velas e um buquê de rosas enorme estamos caminhando para a última surpresa da noite.

- Eu te seguro se isso acontecer. - ele acaba de falar e tira as mãos dos meus olhos os quais eu abro curiosa.

- Isso é... - eu o olho, apesar de ser apaixonada por ele não consigo deixar de pensar que ele substituiu outra pessoa. - ...é lindo.

- Não tão lindo quanto você. - ele me abraça enquanto eu olho o jardim decorado com pisca pisca em todos os lugares. - Você nunca pode viajar então eu trouxe Paris pra você.

- Paris? -  ele está tão feliz que eu não consigo evitar de também estar.

- Sim eu queria fazer isso lá, por isso as luzes.

Antes que eu pudesse entender do que ele estava falando Mike se ajoelha na minha frente com uma pequena caixinha vermelha na mão e eu fico completamente sem palavras.

- Ivy eu sei que não sou o melhor homem do mundo, mas eu posso ser o melhor homem do seu mundo. - ele pega minha mão esquerda e a beija. - Você me concede a honra de se tornar minha noiva?

- Eu, amor eu não esperava por isso. - eu rio dessa vez por não saber o que dizer. - Eu quero dizer, foi muito de surpresa. - os olhos dele esperançosos e o sorriso perfeito.

- Era a ideia, tem alguma coisa errada? - ele tenta se levantar mas eu me adianto.

- Não tem nada errado, tá perfeito. Me desculpe, vamos de novo. - eu sorrio pra ele mostrando que eu estou gostando.

- Amor, você me concede a honra de se tornar minha noiva? Eu prometo ser a melhor pessoa que eu puder, prometo te amar pela eternidade.

- Sim Mike, eu aceito. - respondo em um sussurro, lágrimas de alegria embaçam minha visão (apesar de não esperar isso dele, eu sempre sonhei com um pedido de casamento) e as luzes ficam ainda mais brilhosas. Ele coloca um belo anel em meu dedo anelar e se levanta.

Com os braços ao redor da minha cintura ele me puxa para um beijo suave, nossas bocas aproveitando o momento romântico enquanto nossos corpos dançam uma melodia só nossa.

- Você acabou de me pedir em casamento! - eu encaro ele ainda com meus braços em seus ombros.

- Eu fiz isso. - ele ri da minha surpresa.

- E quando vamos nos casar então? - a pergunta o pega de surpresa.

- Ano que vem. - o jeito convencido dele se mostrando.

- Ano que vem?

- Se você quiser, claro. Podemos nos casar em Janeiro.

- Mas ainda estamos em maio. Por que Janeiro?

- Porque Janeiro é o começo. - as mãos dele deslizando pelas minhas costas.

- Eu gostei disso, o começo.

Uma Noite em Londres Onde histórias criam vida. Descubra agora