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Pov Catherine McCall

Ela não chegou a se mexer, mas sua mira de outra flecha agora estava perto de meu peito.

- Você pode me matar, mas eu levo você comigo. -ela diz puxando a corda- Um corte, você morre entre seis no máximo sete horas.

- Cath solta a flecha. -Eli diz.

Antes de passar na minha cabeça soltar a flecha que estava no pescoço dela, vejo ela preste a soltar a corda do arco, mas a porta atrás de nós foi aberta brutalmente fazendo a flecha que antes era para mim acertar a mão de meu pai.

- Alisson para! -meu pai grita assustando ainda mais ela.

Nesse meio segundo meu pai nos puxa para fora, ele ajuda Eli a andar até no meio de muitos carros.

- Por que ela quer matar a gente pai. -pergunto no meio do caminho.

Era horrível andar pela chuva, ainda mais horrível se tem alguém perseguindo você para tentar te matar. Meu pai nos puxa para baixo agora, estamos bem perto da saída para a floresta, e a única que iriamos conseguir sair talvez.

- A gente vai correr, então preciso que se regenere. -meu pai diz olhando para Eli.

Os passos molhados da bota de Alisson estavam chegando perto cada segundo.

- Não dá, eu não consigo fazer nada. -Eli respondo encarando meu pai.

- Então vai aprender agora, assim como a Catherine aprendeu. -meu pai diz me olhando de relance.

Antes de Eli poder questionar algo, os olhos de meu pai brilham na tonalidade vermelha, logo um rugido alto sai dele, pude perceber os olhos de Eli mudarem de cor, agora amarelos, o corte de sua bochecha feito a poucos minutos se cicatriza de forma rápida.

Não chegou dar tempo o suficiente para falar algo, meu pai nos puxa novamente pela saída entre as grades pela floresta agora, a chuva já estava bem mais fraca do que quando chegamos ali, era melhor de correr, mas ainda está liso o suficiente para cair, o que foi exatamente o que aconteceu com Eli a poucos metros de onde paramos.

Parecia ser uma valeta, funda o suficiente para nos esconder agachados. Precisamos de tempo para pensar em algo, meu pai fica em silêncio por alguns segundos antes de voltar a falar:

- Escutem, vocês vão continuar sem mim. -ele diz recebendo um olhar de dúvida de nós dois.

- Não... -digo baixo sendo interrompida por meu pai.

- Eu preciso tentar chegar nela. -ele diz.

- E ela 'tá chegando em você, com flechas. -Eli diz o olhando.

Dou uma olha para meu pai me lembrando da flechada que ele levou seguro em sua mão puxando para cima, além do corte estava com uma mancha preta, que parecia se espalhar.

- Por que não cura? Pai por que não cura? -pergunto um pouco apavorada.

- Estava envenenada, ela passou acônito na ponta das flechas. -ele responde.

- Meu pai disse que quase teve que cortar o braço por causa do veneno do acônito. -Eli responde nos olhando.

Tenho certeza que nós três ouvimos a mesma coisa, tanto que meu pai corta Eli na conversa nos empurrando um pouco.

- Vocês precisam correr, não estamos longe da estrada, Cath cuida dele. -meu pai diz nos olhando- Não parem de correr até chegar na estrada.

- Papai... -digo baixo o olhando.

- Achem o Derek, vamos precisar dele. 

Percebo que não iria adiantar tentar pedir para ajudar ele aqui, aparentemente era algo que ele tinha que resolver com seu próprio passado, então olho para Eli que já estava me encarando e seguro em sua mão, suspiro e levanto começando a correr na direção que a estrada estava. 

Durante a corrida pude escutar outros passos na floresta sem ser o meu e de Eli, estavam mais distantes, mas não fortes o suficiente para ser de meu pai, ou era dela, ou tinha mais alguém pela floresta agora de noite.

Até chegar até a estrada tivemos que pular alguns galhos que pareciam estar caídos à muito tempo ali, não que fosse uma coisa tão fácil fazer pela quantia que estamos correndo, mas na hora do desespero acho que podemos ser capazes de fazer qualquer coisa.

Logo na beira da estrada Eli é o primeiro a sair, a pista parecia estar vazia, mas nos enganamos totalmente, por um milésimo puxo o garoto pela gola de sua blusa voltando para o canto da pista. O carro que quase atropelou para bem ao meio da rua, espera...

- A não. -meu vô diz assim que nos vê- O que vocês aprontaram?

- Para tudo se tem uma explicação, mas dessa vez não tem. -respondo meu vô que revira os olhos.

Por sorte, meu vô nos deu uma carona, atrás da viatura Eli me observava com certa preocupação. Sinto sua mão subir sobre a minha acariciando, minha atenção que antes estava na floresta volta para ele.

- Vai dar tudo certo, meu pai vai ajudar a gente. -Eli diz com um sorriso fraco.

- Eu sei... -respondo me aproximando mais do garoto apoiando minha cabeça em seu ombro.

- O que estavam fazendo na floresta? Está quase amanhecendo, acho que deviam estar em casa. -meu vô nos pergunta, pude perceber que observava a gente através do retrovisor da viatura.

- É uma longa história, bem longa na verdade. -respondo um pouco baixo.

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Demorou um pouco mas chegou...

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A filha do alfa| Eli HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora